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DANTE

Saio do carro pisando duro. Acho que nunca me senti tão puto como agora. Ainda não consigo acreditar que o maldito conselho aceitou as condições propostas por Della Guardia.

- Patrão…

- Agora não, Rita. - Passo por ela feito um furacão.

- Preciso vê-la. Mesmo que eu não possa tocar nela agora. Preciso ver Nicole - penso enquanto sigo determinado pela escada.

Imagino que ela esteja com as meninas, devido ao horário. 

- Meu Deus! - A garota grita.

Mas, não é Nicole. 

- Rita! - A mulher já está dentro do quarto. - Onde?

- Ela sumiu.

- Como é? - Minha respiração não está mais ofegante. Estou bufando de ódio. - Como assim, sumiu?

- Ela se foi, patrão. - A mulher ergue o braço e vejo um envelope em sua mão. - Nicole deixou apenas isso.

- Fabian!

Grito já saindo do quarto das minhas filhas. 

- Estou aqui, padrinho. 

- Nicole… ela… encontre a garota. Está me ouvindo? Não me importa o que você tenha que fazer. Encontre Nicole, agora!

- Sim, padrinho.

Olho para o que tenho na mão trêmula. A porra de uma carta. É tudo que me resta dela depois da noite incrível que tivemos. 

Entro no meu quarto e bato a maldita porta com tudo. Ando de um lado para o outro. Milhões de cenas e possibilidades passam pela minha mente agitada.

A primeira vez que a vi na boate. Nicole sentada no meu colo. Sua língua afiada. As respostas espertas. Seu sorriso. Os olhos amendoados que me encantam. O cheiro dos cabelos claros, longos e macios. A sensação do toque de sua pele sedosa contra a minha.

Eu me sento na cama e apoio os cotovelos nas coxas. Sigo me lembrando. Ouvindo os gemidos dela. Suas expressões de prazer e dor. A forma como se entregou, mesmo com medo. O prazer que a pequena anja virginal me proporcionou.

- Meeeerda! - Olho para o envelope e pego o papal de dentro. Está escrito à mão. A letra dela é linda. Inclinada e bem desenhada. Tão linda quanto quem a escreveu.

“Obrigada por tudo, Rita. Jamais esquecerei tudo que você fez por mim, Como me ajudou e cuidou de mim quando adoecemos. Vou te levar no coração para onde eu for. Jamais te esquecerei. Jamais serei capaz de esquecer as meninas. Luna e Sara são dois anjos lindos. Cuide delas por mim. Tá bom? Adeus.”

Viro a folha de um lado para o outro. Não há mais nada.

Então, algo me chama a atenção no envelope branco. A letra é tão pequena, que mais parece uma mancha do que algo escrito. 

“Não!”

Isso é tudo.

Sua decisão. A resposta que eu não esperava. Nick me rejeitou. Pela terceira vez ela se nega.

A primeira,  há dois dias, quando tentei beijá-la.

A segunda, hoje, quando ela usou a palavra de segurança.

A terceira, agora, através de uma palavra. 

Uma palavra minúscula, quase imperceptível, em um envelope onde deixou uma carta para a minha governanta. Para mim, apenas a porra de uma palavra me rejeitando.

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⏰ Última atualização: 5 hours ago ⏰

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A babá perfeita - EM ANDAMENTOOnde histórias criam vida. Descubra agora