Capítulo: 05

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Uma hora depois, preciso ir ao banheiro, mas Dulce ainda está segurando minha mão com firmeza

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Uma hora depois, preciso ir ao banheiro, mas Dulce ainda está segurando minha mão com firmeza. Mexo um pouco e ela franze a testa e me agarra com mais força.

— Não — murmura sonolenta.

— Volto já — sussurro.

— Eu disse não.

Bruxa exigente. Estou morrendo de fome “pra” caralho e prestes a me mijar.

Bem, azar do caralho.

Eu me levanto e entro em seu banheiro e olho ao redor; é pequeno.

Uma cesta com roupas sujas; toalhas rosa e um tapete de banho combinando. Vou ao banheiro, lavo as mãos e volto para o quarto. Vou até a estante de livros e vejo todas as fotos nos porta-retratos – uma de um casal mais velho e uma dela ainda jovem com eles, devem ser seus pais. Uma foto de um cachorro, um border collie preto e branco.
Uma foto dela e de um homem que parece ter sua idade, tirada alguns anos atrás. Eu me pergunto, era um namorado?

Ela disse que não tinha namorado. Eu continuo olhando seus pertences – alguns cristais estrategicamente colocados.

Não me diga que é uma daquelas malucas que acredita na cura pelo cristal.

Hmm.

É muito eclético aqui. Tão diferente da minha cobertura perfeitamente estilizada.

Olho ao longo das lombadas dos livros – o que ela lê?

Ugh, leitora de romance. Nunca teria adivinhado essa.

Há um pequeno prato de cristal e uma coleção de joias de ouro. Sorrio enquanto pego um de seus anéis e coloco na ponta do meu dedo mindinho.

Mãos minúsculas.

Eu o tiro e coloco de volta e continuo olhando suas fotos.

É como mostrar e contar e estou aprendendo tudo sobre ela.

E, surpreendentemente, nenhum caldeirão à vista.

Pego o telefone da sua bolsa, volto e me sento ao seu lado, ela rola em minha direção e coloca a mão nas minhas coxas.

O meu estômago se agita.

Pare com isso.

Eu realmente deveria ir, estou aqui há horas.

Onde diabos está aquele Daniel estúpido e seus dentes brancos doentios agora?

— Dul. — Chamo-a. — Dul. — Seguro o telefone à sua frente. — Desbloqueie seu telefone para mim, ligarei para alguém.

Ela franze a testa e se aninha mais perto da minha coxa, e corro meus dedos por seus cabelos. Ficamos sentados assim por um tempo e estaria mentindo se dissesse que não gostei.

Estou com fome porém; agora são quase 22h

— Dul. — Seguro o telefone perto do seu rosto. — Desbloqueie seu telefone, por favor.

— Hmm.

— Dul.

Ela se atrapalha com ele com os olhos ainda fechados e o devolve para mim.

Ela se aninha em minha coxa e a observo por um momento.

Ok, vou admitir. Gosto dela.

Não como ela, como ela, só não a odeio como pensei que odiava.

Examino a lista de contatos enquanto procuro o nome Daniel. Hmm, sem Daniel.

Não sei o seu sobrenome... Porra.

Esse cara é inútil em todas as frentes.

Mais uma hora depois.

Talvez apenas desça e pegue algo para comer? Então, talvez... dormirei aqui com ela?

Quer dizer, não posso deixá-la sozinha. Sim, farei isso.

A porta do quarto se abre e olho para cima, assustado. É Daniel.

Dulce está dormindo e sua mão está na minha. Ele franze a testa quando me vê e olha entre mim e Dul.

— Ela está desmaiada — ofereço como uma explicação.

— Umm... O que está acontecendo?
— Pergunta enquanto entra no quarto.

— Ela teve uma reação a algum medicamento e estava grogue. Eu a encontrei desmaiada no escritório e a trouxe para casa.

Os seus olhos se arregalam.

— Precisamos levá-la ao hospital.

— Já liguei para os serviços de emergência e ela está bem. Só com sono, já verifiquei. Está consciente, apenas dormindo.

Ele a encara.

— Uau.

Levanto.

— Vou agora que você está aqui.

Ele se senta ao lado da cama, ao seu lado.

— Baby? — Diz. — Você está bem?

Uma sensação desconhecida gira em meu estômago enquanto o observo com ela.

Não a chame de baby.

Aperto minha mandíbula enquanto me movo em direção à porta.

— Deixarei você com ela.

Daniel se levanta e aperta minha mão.

— Muito obrigado, realmente aprecio você cuidar dela. Eu cuido a partir daqui.

Fico olhando para ele; ok, não gosto desse cara. Ele também é... familiar.

— Não tenho certeza se devo deixá-la com você? — Digo.

O seu rosto cai.

— Por que não?

— Quero dizer, como saberei que você não vai tirar vantagem dela.

— Porque sou seu amigo... e moro com ela.

Endireito minha gravata enquanto analiso minhas opções.

— Hmm. — Reorganizo minhas abotoaduras.

— Olha, Sr.... — Diz.

— Christopher Miles — eu o interrompo.

Ele me dá um sorriso abafado.

— Sr. Miles, obrigado por cuidar dela, mas estou em casa agora. Agradeço tudo o que fez.

— Ok. — Dou uma última olhada ao redor do quarto. — Entrarei em contato.

Sigo em direção à porta e então paro e pego a caixa de cartão de visita dourada do meu bolso, entregando meu cartão.

— Ligue-me se algo estiver errado ou se alguma coisa mudar.

Ele franze a testa enquanto pega o meu cartão.

— Tudo bem, eu aviso.

— Boa noite.

Desço as escadas e saio pela porta da frente, vou até meu Bentley e sento no banco de trás.

— Para onde, chefe? — Andrew pergunta enquanto entramos no trânsito.

— Qualquer lugar com comida.

algún día  ( Adaptação )Onde histórias criam vida. Descubra agora