Uma hora depois, preciso ir ao banheiro, mas Dulce ainda está segurando minha mão com firmeza. Mexo um pouco e ela franze a testa e me agarra com mais força.
— Não — murmura sonolenta.
— Volto já — sussurro.
— Eu disse não.
Bruxa exigente. Estou morrendo de fome “pra” caralho e prestes a me mijar.
Bem, azar do caralho.
Eu me levanto e entro em seu banheiro e olho ao redor; é pequeno.
Uma cesta com roupas sujas; toalhas rosa e um tapete de banho combinando. Vou ao banheiro, lavo as mãos e volto para o quarto. Vou até a estante de livros e vejo todas as fotos nos porta-retratos – uma de um casal mais velho e uma dela ainda jovem com eles, devem ser seus pais. Uma foto de um cachorro, um border collie preto e branco.
Uma foto dela e de um homem que parece ter sua idade, tirada alguns anos atrás. Eu me pergunto, era um namorado?Ela disse que não tinha namorado. Eu continuo olhando seus pertences – alguns cristais estrategicamente colocados.
Não me diga que é uma daquelas malucas que acredita na cura pelo cristal.
Hmm.
É muito eclético aqui. Tão diferente da minha cobertura perfeitamente estilizada.
Olho ao longo das lombadas dos livros – o que ela lê?
Ugh, leitora de romance. Nunca teria adivinhado essa.
Há um pequeno prato de cristal e uma coleção de joias de ouro. Sorrio enquanto pego um de seus anéis e coloco na ponta do meu dedo mindinho.
Mãos minúsculas.
Eu o tiro e coloco de volta e continuo olhando suas fotos.
É como mostrar e contar e estou aprendendo tudo sobre ela.
E, surpreendentemente, nenhum caldeirão à vista.
Pego o telefone da sua bolsa, volto e me sento ao seu lado, ela rola em minha direção e coloca a mão nas minhas coxas.
O meu estômago se agita.
Pare com isso.
Eu realmente deveria ir, estou aqui há horas.
Onde diabos está aquele Daniel estúpido e seus dentes brancos doentios agora?
— Dul. — Chamo-a. — Dul. — Seguro o telefone à sua frente. — Desbloqueie seu telefone para mim, ligarei para alguém.
Ela franze a testa e se aninha mais perto da minha coxa, e corro meus dedos por seus cabelos. Ficamos sentados assim por um tempo e estaria mentindo se dissesse que não gostei.
Estou com fome porém; agora são quase 22h
— Dul. — Seguro o telefone perto do seu rosto. — Desbloqueie seu telefone, por favor.
— Hmm.
— Dul.
Ela se atrapalha com ele com os olhos ainda fechados e o devolve para mim.
Ela se aninha em minha coxa e a observo por um momento.
Ok, vou admitir. Gosto dela.
Não como ela, como ela, só não a odeio como pensei que odiava.
Examino a lista de contatos enquanto procuro o nome Daniel. Hmm, sem Daniel.
Não sei o seu sobrenome... Porra.
Esse cara é inútil em todas as frentes.
Mais uma hora depois.
Talvez apenas desça e pegue algo para comer? Então, talvez... dormirei aqui com ela?
Quer dizer, não posso deixá-la sozinha. Sim, farei isso.
A porta do quarto se abre e olho para cima, assustado. É Daniel.
Dulce está dormindo e sua mão está na minha. Ele franze a testa quando me vê e olha entre mim e Dul.
— Ela está desmaiada — ofereço como uma explicação.
— Umm... O que está acontecendo?
— Pergunta enquanto entra no quarto.— Ela teve uma reação a algum medicamento e estava grogue. Eu a encontrei desmaiada no escritório e a trouxe para casa.
Os seus olhos se arregalam.
— Precisamos levá-la ao hospital.
— Já liguei para os serviços de emergência e ela está bem. Só com sono, já verifiquei. Está consciente, apenas dormindo.
Ele a encara.
— Uau.
Levanto.
— Vou agora que você está aqui.
Ele se senta ao lado da cama, ao seu lado.
— Baby? — Diz. — Você está bem?
Uma sensação desconhecida gira em meu estômago enquanto o observo com ela.
Não a chame de baby.
Aperto minha mandíbula enquanto me movo em direção à porta.
— Deixarei você com ela.
Daniel se levanta e aperta minha mão.
— Muito obrigado, realmente aprecio você cuidar dela. Eu cuido a partir daqui.
Fico olhando para ele; ok, não gosto desse cara. Ele também é... familiar.
— Não tenho certeza se devo deixá-la com você? — Digo.
O seu rosto cai.
— Por que não?
— Quero dizer, como saberei que você não vai tirar vantagem dela.
— Porque sou seu amigo... e moro com ela.
Endireito minha gravata enquanto analiso minhas opções.
— Hmm. — Reorganizo minhas abotoaduras.
— Olha, Sr.... — Diz.
— Christopher Miles — eu o interrompo.
Ele me dá um sorriso abafado.
— Sr. Miles, obrigado por cuidar dela, mas estou em casa agora. Agradeço tudo o que fez.
— Ok. — Dou uma última olhada ao redor do quarto. — Entrarei em contato.
Sigo em direção à porta e então paro e pego a caixa de cartão de visita dourada do meu bolso, entregando meu cartão.
— Ligue-me se algo estiver errado ou se alguma coisa mudar.
Ele franze a testa enquanto pega o meu cartão.
— Tudo bem, eu aviso.
— Boa noite.
Desço as escadas e saio pela porta da frente, vou até meu Bentley e sento no banco de trás.
— Para onde, chefe? — Andrew pergunta enquanto entramos no trânsito.
— Qualquer lugar com comida.
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algún día ( Adaptação )
Lãng mạn- Sinopse - O meu passatempo favorito é irritar Christopher Miles. Só a visão do rosto bonito do meu chefe desencadeia o meu sarcasmo. Deus sabe como ele ganha sua reputação de Casanova -se um milhão de mulheres o desejam com sua personalidade, que...