Capítulo: 04

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Entro no elevador como o Hulk

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Entro no elevador como o Hulk. Depois do pior dia da história, estou pronta para lutar contra alguém... qualquer um.

Venham para mim, vadias, porque estou pronta para fazer barulho.

Depois do meu encontro com o cara de merda do Miles esta manhã, o dia começou a espiralar. Antes da pausa para o chá, tivemos uma falha no computador que apareceu sem motivo e não ia embora. Então, quando estava no intervalo, recebi uma chamada urgente informando que toda a rede havia travado. Tive que voltar correndo do almoço antes mesmo que minha comida chegasse e ir reparar os danos.

Acabei tendo que desligar todo o sistema e reiniciar o prédio inteiro, então, para encerrar o desastre, recebi um telefonema do cara de merda me dizendo para me apressar.

A minha fúria borbulha no fundo do meu estômago.

Apressar-me. Vou dar-lhe pressa sobre isso.

Agora são 19 horas e estou saindo, estou cansada, com raiva e, o pior de tudo, estou com fome. Poderia comer um cavalo e perseguir o cavaleiro.

Estou indo direto para o bar mais próximo e comer o maior prato de frango com batatas fritas, e dez mil vinhos.

As portas do elevador se abrem, olho para a rua e reviro os olhos. Claro que está chovendo “pra” caralho. Este dia é um inferno.

Expiro pesadamente e caminho em direção às portas, ouço o barulho do elevador.

— Dulce. — Uma voz profunda chama atrás de mim. — Espere. — Viro-me para ver Christopher saindo do elevador.

Ugh, sério?

Bem quando acho que o dia não pode piorar, os céus se abrem e aparece mais uma.

Quero ignorá-lo e marchar, mas então parecerei uma criança petulante. Fico no local enquanto espero o Rei Idiota chegar.

— Oi — diz enquanto se aproxima de mim com um sorriso. — Dia ruim?

Olho para ele sem rodeios. De toda a porra de coragem.

— Pode-se dizer que sim. — Eu me viro em direção às portas e ele segue para andar ao meu lado.

— Qual era o problema com o servidor?
— Pergunta.

— Você terá um relatório sobre isso pela manhã.

— Por que não pode simplesmente me dizer agora?

Viro-me para ele.

— Porque eu não quero.

— Por que não?

— Porque minha opinião desta manhã ainda se mantém, você é um idiota e se eu falar com você, aparentemente estou tentando
— levanto meus dedos para cima em aspas
— excitá-lo e fazer você quebrar.

Ele abaixa a cabeça para esconder o sorriso.

— Ainda falando sobre isso, não é?

Olho para ele enquanto meu temperamento atinge um crescente.

— Você está falando sério? — Sussurro com os dentes cerrados.

— Bem. — Encolhe os ombros casualmente.
— Eu tinha uma preocupação e a expressei.
— Ele olha para a chuva torrencial.
— Devíamos tomar uma bebida para discutir o assunto.

O meu rosto se contorce.

— Que porra é essa? — Sussurro com raiva.
— Você me acusa de tentar incriminá-lo por assédio sexual e depois quer beber alguma coisa?

— Acabou para mim. — Encolhe os ombros casualmente. — E por que não tomar uma bebida, foi um dia ruim. Pode ser bom desabafar.

— Não acabou para mim, ninguém pode ser tão estúpido?

— Tenho certeza de que ambos gostaríamos de uma taça de vinho.

Expiro pesadamente. Esse cara é muito idiota.

— Sr. Miles, como afirmei esta manhã, não tenho interesse em você. Estou muito ofendida com sua acusação esta manhã, e para sua informação, estava na porra da sauna primeiro!

A diversão passa por seu rosto.

— Está dizendo muito “porra” hoje, Dulce.

Eu tenho uma visão de mim mesma dando um soco bem na sua cara.

As minhas narinas dilatam enquanto luto pelo controle.

— Ótimo. Adeus. — Eu me viro e marcho em direção à porta e a chuva realmente começa a cair. Vejo o Bentley preto e seu motorista esperando na vaga de desembarque.

Foda-se... agora tenho que sair correndo na chuva enquanto ele assiste do banco de trás de seu carro-idiota.

Mate-me agora!

Eu abro a porta.

— Quer uma carona? — Pergunta.

Eu o ignoro e tento me arrastar enquanto me concentro no chão molhado. Escorregar agora na sua frente seria o meu fim. Marcho virando a esquina e procuro a cobertura mais próxima. Não me importo onde ou o que seja, apenas me tire daqui.

Vejo uma farmácia – ah, tenho uma receita.

Vou dispensar isso agora enquanto estou aqui e isso me tirará da sua vista. Corro para dentro e me viro para ver o Bentley preto sair devagar e entrar no tráfego. Solto um suspiro de alívio;
graças a Deus, ele se foi.

Pego a receita e entrego no balcão para o farmacêutico.

— Posso ter isso, por favor?

— Tudo bem. — O homem idoso de aparência amável sorri ao pegá-la de mim. Ele lê por cima dos óculos e depois olha para cima.
— Você já tomou esse medicamento antes, querida?

— Não, vi um novo médico esta semana e esta é a primeira vez que foi prescrito.

— É muito forte, se importa se eu perguntar para que serve?

— Tenho endometriose e menstruação muito dolorosa. Aparentemente, deve ajudar no primeiro dia.

Ele concorda.

— Ok, faz sentido. Certifique-se de tomá-lo com alimentos, sem álcool ou operando máquinas pesadas.

— Tudo bem. — Sorrio. — Obrigada.

O trovão ressoa alto do céu e ambos olhamos para fora para ver a chuva quicando na rua ao cair.

— Está realmente acontecendo lá fora — diz. — É uma boa noite para ficar acomodado em casa.

— Sim. — Sorrio.

Isso, ou ficar bêbada sozinha em um bar.

Sinto-me relaxar um pouco pela primeira vez no dia.

Estou escolhendo a opção dois.

algún día  ( Adaptação )Onde histórias criam vida. Descubra agora