Capítulo: 16/02

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O que parece muito tempo depois, estamos em algum lugar do país.

- É aqui que fica a sua nova casa? - Franzo a testa.

- Uh-huh. - Acena com a cabeça, seus olhos permanecendo grudados na estrada.

- Quando se mudou para cá? - Ele me contou sobre a compra de um novo lugar, mas nunca perguntei onde era.

- Hoje.

- Então, esta é sua primeira noite aqui?

- Sim.

- Oh. - Tento esconder meu sorriso bobo; gosto de poder passar sua primeira noite aqui com ele. Ele sai da estrada principal e vejo uma placa de pedra, embora não consiga entender o que diz. - Esta é a sua entrada?

- Esta é a minha garagem.

- A sua garagem? - Suspiro. - Toda essa terra é sua? Puta merda, Christopher.

Um traço de sorriso cruza seu rosto enquanto subimos a colina na pequena estrada. Não consigo ver muito porque está muito escuro, mas há muitas árvores na vista iluminada.

- Isso é apenas temporário - diz, com os olhos ainda na estrada.

- O que quer dizer?

- Vou morar na casa por alguns meses como está, ver o que funciona e o que não funciona e depois renovar ou reconstruir. É muito - faz uma pausa como se procurasse a palavra certa - original, em seu estado atual.

- Gosto do original.

- Eu gosto de você - dispara de volta enquanto seus olhos passam rapidamente.

Sorrio.

- Eu também gosto de você.

Ele se estica e passa a mão pela minha coxa.

- Pode me mostrar o quanto em um minuto. - Desliza a mão por baixo do meu vestido e esfrega as costas dos dedos sobre o meu sexo.

E lá está ele, o maníaco sexual genuíno que conheço tão bem.

- Se você se comportar - sussurro.

Ele solta uma risada profunda e olho pelo para-brisa, e meus olhos se arregalam em choque.

- Esta é a sua nova casa?

- Sim. - Para o carro em uma grande área de estacionamento circular e desliga o carro.

- Puta merda, Christopher.

Ele se inclina e me beija.

- Venha. - Sai e abre minha porta, pega minha mão e me leva até a varanda da grande casa. É enorme e parece algo saído de um filme, e é escuro como breu por dentro.

- Acenda a luz do seu telefone para mim.

Eu me atrapalho com meu telefone e ligo a lanterna e aponto na porta.

Ele tira um molho de chaves do bolso e, ao longe, ouço sons de animais nos campos que nos cercam. Olho para a escuridão deserta. É um pouco assustador aqui, para ser sincera.

Ele coloca uma chave e ela não gira, então tenta outra.

- Fodidas chaves - sussurra.

Sorrio enquanto o vejo lutar; tão diferente dele não saber fazer algo.

- Você quer que eu tente? - Pergunto.

- Não - encaixa-se. - Sou perfeitamente capaz de abrir uma fechadura, Dulce.

- Será que é?

Ele olha para cima, impressionado.

Rio e levanto minhas mãos de brincadeira.

algún día  ( Adaptação )Onde histórias criam vida. Descubra agora