Draco Malfoy
Desde o momento na cabine do trem eu tive uma curiosidade genuína por aquela garota. Ela não parecia uma Lufana comum.
Eu a observei por um tempo, depois passei a irritá-la, pra ver até onde iria aguentar. Com suas reações, comecei a pensar que ela se parecia muito com alguém da Sonserina, e quando sugeri isso à ela um dia, eu tive certeza de que ela deveria estar na Sonserina.
Como pode uma garota como ela pertencer a duas casas tão opostas? Eu não sabia que uma única pessoas poderia ter tal personalidade. Até conhecer ela.
-Draco, você tá obcecado naquela Lufana. - Pansy reclamou um dia na Sala Comunal.
-Pelo menos parou de irritar aquele garoto Potter. Já estava achando que tinha sentimentos por ele, Draco. - Blásio não perdeu a oportunidade.
-Ela é... interessante.
-Qual o nome dela mesmo?
-Eu não sei. - respondi. Isso era uma das coisas que me deixava tão fissurado nela: o fato de alguém conseguir esconder quem era até mesmo de mim.
Eu só tinha um sobrenome, Callix, e isso não me dizia muita coisa, não podia sair por ai perguntando às pessoas quem era ela, senão iam me achar um maluco.
A proximidade dela com o Potter e seus amigos, o Trio de Ouro de Hogwarts, me incomodava bastante. Isso reduzia drasticamente as oportunidades que eu provavelmente teria para conseguir arrancar alguma coisa dela. Os gêmeos Weasley eram como seguranças dela no ano passado, e eu até mesmo acho que rolava alguma coisa entre ela e um deles, não sei qual. Agora, tinha a Weasley mais nova, e ela estava sempre com aquela outra garota de Lufa-Lufa, a baixinha.
A curiosidade era tanta que eu me matriculei em aulas que não precisava apenas para chegar mais perto dela. Feitiços, Poções, até mesmo a insuportável da Astronomia. Ela tinha algo que me atraía, me fazia querer conhecê-la mais e mais.
-Assim vamos achar que está apaixonado nela, Draquinho. - Pansy me provocou, passando a mão em meu cabelo. Me afastei rapidamente de seu toque com cara feia. Ela deu uma risada.
Blásio já tinha me dito algumas vezes que Pansy Parkinson era caidinha em mim, mas eu não sentia nada por ela. Era um mal da Sonserina. Eu andava com ela, porque querendo ou não, representamos poder, dinheiro, e por causa da minha família, medo. Eu não me orgulhava das coisas que tinha feito até ali, mas eu não podia mais parar, não dava mais para voltar atrás.
Não com o que eu tinha que fazer.
Quando eu a conheci, eu tinha sido acabado de me tornar responsável por uma tarefa que eu não fazia a menor ideia de como faria: matar Alvo Dumbledore. O homem já era velho, mas era poderoso demais, nem mesmo o Lorde das Trevas se atrevia. Então deixaram essa função para um adolescente.
A única outra pessoa que sabia daquilo era o Professor Snape. Caso eu não conseguisse, ele teria que finalizar a missão, e eu não sabia o que aconteceria. Tínhamos um plano a ser colocado em prática, e eu estava obcecado com uma garota.
No primeiro jantar, percebi que talvez não fosse difícil matar Dumbledore. Ele já estava morrendo. Seus dedos estavam tomados aos poucos por uma cor negra, e aquilo não podia ser bom. Além disso, ele não parecia mais o mesmo, parecia estar doente. Por causa disso, eu negligenciei minha tarefa.
***
Mais da metade do tempo, eu passava observando e analisando aquela garota, cuja única coisa que eu tinha era o maldito sobrenome. Passei a chama-lá de Lufa-Lufa, ou Callix. Se minha função fosse ficar de olho nela, eu estaria sendo a pessoa mais empenhada do mundo.
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Obsessed × D.Malfoy
FanfictionComo Lufana, lealdade era minha sina, minha benção e minha maldição, meu defeito mortal. A Morte não discrimina pecadores e santos, por isso eu perdi algumas das pessoas mais importantes da minha vida, e eu sobrevivi do mesmo jeito. O Amor não discr...