Definhando

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CAPITULO: 15

Definhando

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Viciante

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Viciante. Incontrolável. Delicioso.

Essas três palavras eram o resumo perfeito dos meus últimos dias. Tirei umas férias, não oficiais, claro, da escola. Eu precisava disso, sabe? Precisava me cuidar, me redescobrir, dar uma pausa na loucura e acalmar a minha mente. A cada manhã, eu me sentia mais inteira, como se cada passo longe de tudo fosse uma camada de peso que eu deixava para trás. Ignorava as ligações insistentes da Bella, e nem ficava tempo suficiente em casa para arriscar esbarrar com ela se viesse me procurar.

Eu sabia, lá, no fundo, que estava sendo meio infantil em fazer isso. Mas lidar com o turbilhão da vida dela agora? Não ia rolar. Eu tinha uma prioridade clara, eu. E nessa nova rotina, meu foco era completamente outro. Comecei a fazer refeições de verdade, não só qualquer besteira rápida. Descobri o prazer de banhos demorados, daqueles que você sai quase em outra dimensão, sabe? Correr e fazer trilhas na floresta virou uma espécie de ritual, era o meu momento. E a meditação... bem, nunca pensei que fosse minha praia, mas ali estava eu, sentada em silêncio, me encontrando. Pela primeira vez, a paz não parecia um sonho distante. Ela estava aqui, comigo.

Só faltava resolver as coisas com a Bella. Era o último pedaço dessa transformação. Precisava encarar, resolver tudo de uma vez e, quem sabe, finalmente me sentir cem por cento.

O corredor da escola parecia mais longo, as paredes mais cinzentas, mas eu andava com propósito. A paz que eu havia conquistado me guiava a cada passo. Foi aí que a vi. Bella estava sozinha, distraída, parecendo em outra órbita. Perfeito. Não pensei duas vezes. Cruzei o corredor e agarrei o braço dela, sentindo o leve susto dela pelo toque gelado da minha mão, e puxei-a direto para o vestiário vazio.

Havia uma garota por ali, devia ser do primeiro ano, e se olhava no espelho, ajeitando o cabelo como se fosse o centro do mundo. Ela deu uma olhada rápida para gente.

— Aí garota, dá o fora. — Gritei com a menina, que me encarava em choque, meu olhar deixou claro que era melhor dar meia-volta e sair dali. Ela não demorou a entender o recado e sair correndo do banheiro.

Assim que a porta bateu atrás dela, me virei para Bella.

A tensão no ar era densa, quase palpável, e meu coração batia rápido, mas dessa vez não era de insegurança.

— Precisamos conversar, Bella. — Minha voz saiu firme, direta, enquanto eu a encarava.

Bella arregalou os olhos ao ouvir o tom. — Oi, Aurora, que bom que você me procurou, eu...

— Espera — interrompi, levantando a mão. — Deixa eu falar primeiro. — Respirei fundo, sentindo um peso no peito se dissipar enquanto eu soltava as palavras. — Olha, eu sinto muito... por tudo que eu disse. Você não é um peso e nunca será. Eu te amo, Bella, e me sinto uma idiota pela forma como te tratei.

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