Um mundo sobrenatural onde seres considerados impossíveis de existir, um mundo onde a ignorância é uma bênção, não ter as respostas que procura pode ser a sua salvação, um casal unidos por forças maiores e inexplicáveis que esta acima da compreensão...
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Eu olhava ao redor, sentindo o pânico crescer no peito. O quarto onde estava era completamente desconhecido, o que só aumentava meu desespero. Com as mãos trêmulas, levantei o cobertor azul que me cobria, verificando se minhas roupas ainda estavam no lugar. Ufa, tudo certo. Meus sentidos começaram a despertar devagar, e um cheiro familiar tomou conta do ambiente. Jake. Era a casa dele, o quarto dele.
O que eu fiz?
A porta lateral rangeu ao se abrir, e Jacob saiu de um banheiro anexo. Ele tinha uma toalha preta enrolada na cintura, e gotas de água escorriam por seu corpo malhado, revelando músculos que eu não imaginava ser tão... impressionantes. Ele passou a mão pelos cabelos molhados, e, Deus me perdoe, mas rezei baixinho para toalha escorregar.
Um aroma fresco de sabonete masculino tomou conta do quarto, misturado a um perfume marcante, com notas cítricas e um toque floral que, surpreendentemente, soava totalmente másculo. Ou talvez o cheiro fosse puro Jacob, difícil dizer.
Demorei demais analisando, tempo suficiente para ele perceber. Um sorriso de canto surgiu no rosto dele, e ele ajeitou a toalha. Eu definitivamente não vou para o céu.
— Acordou, Bela Adormecida? Ou fui eu que te acordei? — ele perguntou, o sorriso divertido iluminando seu rosto.
— Jake, o que aconteceu ontem? Lembro de não ter bebido, mas não faço ideia de como vim parar na sua cama. A gente não...?
Ele me encarou, um brilho de malícia no olhar.
— Tá brincando? Tivemos a melhor noite das nossas vidas, e você não se lembra? Não fui bom o suficiente para ficar na memória? — A confusão e a decepção na expressão dele fizeram meu coração disparar.
— Espera, A gente...? — Fiz um gesto meio desesperado, tentando ser clara sem precisar dizer.
— Você tá mesmo perguntando se transamos? — Ele parecia ainda mais decepcionado. — Não acredito que esqueceu.
— Ah, meu Deus! Não acredito! A gente, a gente fez isso mesmo? — Minha cabeça girava e o rosto queimava de vergonha.
Jake explodiu em uma risada rouca, tão alta que quase me fez cair da cama. Eu estava tão mortificada que queria me enterrar ali mesmo.
— O que é tão engraçado? Foi tão ruim assim? — perguntei, apavorada.
— É brincadeira, sua bobona! — Ele ria tanto que o corpo todo tremia. — Não acredito que caiu nessa.
— Seu idiota, eu te odeio! — Meu rosto devia estar de um vermelho ridículo.
— Tinha que ver sua cara, foi hilário, como se você fosse esquecer se tivéssemos feito sexo.
