Raça Pura

C.I.P.E.E. e D.E.A

Capitulo 13

C.I.P.E.E. e D.E.A

A exaustão não demorou a alcançar Deidara depois de sua mente finalmente entender que sua matilha e aldeia estão seguras, no momento.

Ele se mantém teimosamente silencioso enquanto tenta não demonstrar fisicamente o resultado da luta frenética de poucas horas atrás.

Claro, ele não engana Itachi, que silenciosamente enrola seu braço direito ao redor da sua cintura, ajudando em sua caminhada e retirando um pouco do seu peso da sua coxa esquerda, onde, por não ter adrenalina correndo nas suas veias, Deidara percebe ter algum tipo de lesão impedindo seus movimentos. Porém, em que momento se machucou, ele não tem ideia.

— Meu lindo e teimoso companheiro, o que posso fazer para que deixe um pouco seu orgulho de lado e sinta que pode se apoiar em mim? — Itachi questiona em tom falsamente bem-humorado, enquanto tira ainda mais o peso da perna machucada de Deidara com um abraço firme no seu quadril.

É em momentos como esse que o Ômega percebe que, por detrás da fachada tranquila e compreensiva do seu companheiro, na verdade, não passa de mágoa disfarçada. De certa forma, Deidara sabe que deve ser mais receptivo ao seu Alfa, mas a criança medrosa e o adulto desamparado dentro dele continuam dominando suas ações e por hábito, Deidara opta pela autossuficiência.

— Não é que eu não confie em você, — Deidara suspira e hesitantemente solta todo seu peso no Líder, que o ampara com facilidade, tomando-o em seus braços, já preparado para vir em auxilio do seu Ômega a qualquer momento, e por qualquer motivo. — Eu apenas estou tão acostumado em me proteger, sempre tendo de resolver tudo sozinho, que acabo tomando essas atitudes por hábito.

Os braços ao seu redor são tão amorosos que Deidara se sente trêmulo. Ele quer ser mais aberto, mais gentil e amoroso com Itachi, não apenas por ele ser seu companheiro, mas também por ele ser esse homem íntegro e gentil que cuida com afinco de todos ao seu redor.

Contudo, Itachi se mantém em silêncio mesmo depois de Deidara ceder. E isso preocupa Deidara, pois Itachi sempre procura retorna ao carinho mostrando compreende-lo quando Deidara expõe seus sentimentos assim.

— Me perdoa, Alfa. — Ele murmura, seu coração apertado com o pensamento de que Itachi está tão chateado com ele ao ponto de rejeitar Deidara. — Não quero que sinta que não preciso de você, porque você se tornou tudo para mim. Prometo que vou me esforçar pra demonstrar mais isso.

Itachi puxa o ar com força e seus braços se apertam onde seguram Deidara. — As coisas que você me diz... — então a boca dele então está na sua orelha, com a respiração tentando seu corpo exausto, — Me faz ter vontade de provocá-lo até sua doce voz cantar seu desejo por mim.

Deidara não tem tempo de responder a provocação do companheiro, pois Itachi se abaixa, passa o braço esquerdo por baixo das suas pernas, e o levanta, carregando Deidara sem se importar com uma possível reprimenda. O ômega abre a boca para reclamar, mas se lembra da chateação de Itachi a momentos atrás e decide por se permitir ser mais dependente.

— Obrigada... — ele aconchega o rosto no pescoço de Itachi. — ...Amor. — ele experimenta a palavra, gostando de como ela soa.

Itachi o aperta mais, seu peito vibrando na lateral do torso de Deidara.

— Você é minha perdição, meu Ômega.

A silhueta de uma pessoa ajoelhada em frente a entrada da tenda do líder corta qualquer resposta bem-humorada de Deidara. Eles vieram pela parte de trás da Tenda e foi preciso rodeá-la, por isso a pessoa não esteve visível até que chegassem próximo da entrada.