Capítulo 9
Zelo
O despertar de Deidara foi preguiçoso como nunca. A cama que ele divide com seu companheiro está impossivelmente quente; os braços fortes de Itachi ao seu redor mostrou-se ser a melhor sensação de proteção e conforto em uma intensidade até então desconhecida pelo ômega e o corpo firme do moreno pressiona suas costas, terminando com suas pernas entrelaçadas. Contudo, mesmo todo esse sentimento de pertencimento não encobriu o estranho incomodo que o despertou em primeiro lugar.
Ainda sonolento, Deidara se aconchegou contra o tórax firme de Itachi, seus dedos da mão esquerda ocupadas em uma caricia leve no braço repousado em sua cintura, enquanto seus dedos da mão direita se embrearam nos fios escuros caídos sob o rosto sereno. Esquecendo-se completamento da sensação desagradável, Deidara quase cochilou, a paz em seu interior era como uma maré calma o ninando no calor do seu Alfa, motivo pelo qual seus lábios flexionaram em um sorriso singelo.
Entretanto, o sentimento de estar sendo observado voltou tão intensamente, que um arrepio subiu pela sua espinha. Abrindo os olhos como um falcão em plena caça, Deidara levantou a cabeça, forçando seu pescoço a manter a posição desconfortável enquanto seus olhos procuravam o invasor, pois o seu lobo interior sabe que há alguém vigiando seu ninho, vigiando seu companheiro, invadindo seu lar! As pupilas azuis com um anel dourado nas íris do ômega vasculharam toda a tenda em busca da fonte da sua inquietação. E, meio escondido entre a fresta da abertura do couro que serve como entrada da tenda, há uma silhueta. Do ângulo em que Deidara está – o corpo deitado e semi perfil na cama, sendo puxado em direção ao seu Alfa pelo abraço dele, com apenas seu pescoço flexionado, ele não consegue distinguir nada do intrometido, somente uma sombra que aparenta estar inclinada. Sutilmente, fingindo estar se acomodando melhor contra a cama em meio ao sono, Deidara ajeitou sua posição em um perfil completo, pousando lateralmente o rosto no colchão, sua visão desimpedida para a entrada da tenda. Ele se aquieta, o mais relaxado possível, e aguarda com a audição apurada para saber se o desconhecido vai se retirar. Por alguns instantes, apenas a respiração tranquila de Itachi se faz presente, mas o estranho não se mexe, então quando Deidara acredita ser tempo suficiente, ele abre os olhos, que agora estão dourado, visto que seu lobo está furioso com a intromissão em seu lugar mais sagrado, logo depois do seu acasalamento, nada mais!
Ele se depara com o pedaço de um rosto pálido; íris negra como a noite mais escura o observa sem pudor pela fresta, dedos pálidos segurando um pouco do couro afim de impedir que ele feche. E no instante que o invasor percebe que Deidara o viu, ele foge assustado, seus passos barulhentos contra o silêncio do sol recém-saído do horizonte. Inconscientemente, Deidara se levanta com intenção de seguir o atrevido que bisbilhotou seu ninho, porém os braços protetores do seu companheiro se fecharam com força ao seu redor, sendo perceptível que infelizmente ele acordou Itachi.
— O que há, meu lindo companheiro? — Itachi perguntou enquanto se remexia em busca de deitar o ômega novamente.
Sua voz, rouca pelo sono, desconcentra por um momento Deidara, que se inclinou, a boca em busca da de Itachi. — Tinha alguém nos observando do lado de fora da tenda. — Deidara respondeu depois de deixar um selinho nos lábios macios do mais velho, seu descontentamento obvio em seu tom de voz irritado. E mesmo em meio a sua chateação, ele não pode deixar de sentir sua garganta seca, cortesia da visão deslumbrante que era o Alfa na sua frente: Itachi está com o cabelo solto, corpo desnudo e muitos músculos desenhados sob uma pele de alabastro.
Não totalmente alheio aos pensamentos do seu companheiro, que a cada segundo se tornam mais ousados, Itachi sessou os beijinhos que distribuía nos ombros magros do ômega, para então se mover na cama, sentando-se por completo, guardando as costas de Deidara; enquanto seus braços rodeavam o quadril da sua preciosidade, sua postura tornou-se tensa, como se ele tivesse se preparando para um futuro combate, e Deidara não pode deixar de se perguntar com quem Itachi planejava lutar. O clima, no entanto, mudou de descontraído para uma névoa pesada onde possessividade se misturou com preocupação, os lábios de Itachi não se afastaram de sua nuca, as mãos apertando a cintura do companheiro protetoramente, quando ele se pronunciou:
— Você reconheceu o invasor? — sua voz não era menos ameaçadora, mesmo que os seus beijos não desviassem de seu intento contra a nuca de Deidara.
Deidara foi surpreendido por um alívio que inundou seu peito, como se a mão que estava segurando seu coração em um aperto de morte finalmente abrisse seus dedos e o largasse. Esse sentimento, aparentemente infundado, impactou Deidara com seu significado, pois ele percebeu que não era apenas a invasão de privacidade que estava o incomodando, o grande motivo da sua angústia deriva do seu subconsciente inseguro que infiltrou em seus pensamentos a dúvida de que o Alfa acreditaria em sua história improvável de uma intromissão imperdoável como essa quando ele delatasse o invasor, visto que não havia prova alguma do ocorrido além das suas palavras.
— Acordei a um tempo sentindo um incômodo estranho, tentei voltar a dormir por estar tão tranquilo, mas a sensação de que havia alguém nos observando deixou meu lobo alerta, por isso eu procurei o que era mesmo sem realmente acreditar que eu acharia alguma coisa, então quando olhei para a entrada, vi uma sombra que parecia estar inclinada, tentei observar melhor a pessoa, porém pouco do seu rosto ficou visível, e, no momento que os olhos escuros encontraram os meus pela brecha, a pessoa percebeu que eu estava acordado e fugiu.
O breve silêncio de Itachi causou um nó na garganta de Deidara, que nunca admitiria em voz alta sua falta de coragem de se virar e encarar a expressão de descrença do seu companheiro em sua história. Racionalmente, o loiro sabe que é compreensível Itachi não acreditar em suas palavras, visto que há muito pouco detalhes para tornar sua história crível. Deidara não é obtuso sobre o absurdo aparente de uma invasão imperdoável onde alguém se atreve em bisbilhotar um casal recém acasalado – mesmo sem a consumação, o cheiro de sexo é inconfundível. Do seu Alfa, nada menos! Porém sua parte machucada, o seu eu torturado e maltratado, seu lobo ômega que deseja seu companheiro mais que tudo, teme a desconfiança.
Mas seu receio era infundável, Itachi o provou quando um rosnado ameaçador saiu de sua garganta, forte e tenso como se o próprio lobo estivesse diante de um inimigo que seus dentes gostariam de rasgar com alegria. Deidara pensou que poderia ter se assustado caso essa reação fosse contra sua pessoa, contudo, há seu instinto que não acredita em temer o homem raivoso ao seu lado, mesmo em meio a sua vulnerabilidade, mas por um motivo desconhecido esse comportamento não o afetou.
— Todos nessa aldeia sabem que é fortemente desaprovado rondar nas proximidades dos ninhos, então essa pessoa sabia melhor do que vim em direção a nossa tenda quando com certeza estaremos indispostos a receber alguém. — Itachi suspirou como se uma dor de cabeça já estivesse se formando no fundo da sua mente. Por alguns instantes, Deidara acreditou que o discurso servia apenas para que Itachi descartasse suas suspeitas com palavras de suaves escondendo nas entre linhas sua humilhação. — Essa atitude desrespeitosa com meu companheiro não reclamado, tenho de confessar, provoca a parte impiedosa do meu lobo. — o nariz afilado de Itachi entrou em contato com sua nuca e ele inspirou com considerável força. — Saber que o intruso se atreveu a provar do seu cheiro, a observar seu belo corpo desnudo, a sentir seus feromônios de pura necessidade... — as mãos do Alfa estavam possessivamente apertando firme os ossos do seu quadril, enquanto sua boca distribuiu mordidinhas no lado direito do seu pescoço. — Terei prazer em aplicar a punição certa para essa intromissão assim que eu descobrir a identidade do culpado.
Com coragem recém-descoberta, Deidara espirou sob o ombro direito o semblante do companheiro. Contrariando tudo o que Deidara acreditou, a expressão de Itachi estava longe de ser algo como descrença, os olhos vermelhos e as presas descobertas não davam margem a dúvidas; a fúria fria do seu Alfa estava em exibição despreocupada, seus feromônios prometendo a mais doce tortura contra o infame que desonrou sua intimidade. No íntimo do Ômega, há aquela voz sussurrando sobre o perigo que o esconde Alfa, em sua mente há a parte lucida que teme essa nova faceta do moreno, e naquele momento, Deidara subitamente percebeu que não conhece nada sobre o homem que esteve dormindo ao seu lado. Entretanto, nenhum desses alertas puderam sobrepor o calor que invadiu seu peito com tanta força que quase o queimou de dentro para fora, ou o sentimento de gratidão que se alastrou de tal forma que quase o deixou sem ar.
Diante de tantas emoções desconhecidas, porém não exatamente indesejadas, Deidara não poderia se impedir, ou se censurar, do seu ímpeto de virar seu rosto totalmente em direção a Itachi, buscando seus lábios em um beijo estalado com dentes colidindo, onde sua inexperiência não conseguiu ofuscar o fervor da sua expressão de afeto.
— Obrigada. — sussurrou com uma emoção indescritível apertado sua garganta.
Apressadamente, Deidara voltou a beijar Itachi, propositalmente não dando brecha para possíveis questionamentos do companheiro sobre sua inesperada gratidão.
— É imperdoável que almejem vê-lo em seu esplendor depois que me permitir amá-lo. — Itachi assegurou entre os beijos. — Essa honra é unicamente minha.
Sua possessividade é ostentada com um tom sedoso, suave tal como seus lábios contra o pescoço sensível de Deidara. Essa sombra de perigo agitou o estomago do Ômega sem que ele entendesse como isso é possível, pois sua consciência o alertando do risco de se envolver ainda mais com alguém que ele não conhece. Mas o anseio que o queima por dentro não abre opção para que ele se afaste; seja por causa da atração de companheiros, ou o acasalamento iniciado, a verdade é que as pontas dos dedos de Itachi deixam um rastro de fogo por onde deslizam em suas coxas, o fantasma de seus lábios contra a sua espinha dorsal deixa Deidara tonto, e nesse momento não importa o risco, as consequências, tudo em Deidara se resume aos cuidados de Itachi.
— Essas curvas, essa pele dourada, o seu cheiro picante que me diz o quanto você está satisfeito sob os meus cuidados... — a voz rouca de paixão some para dar lugar aos dentes que distribuem mordidas de amor contra o pescoço e mandíbula de Deidara. — Suas expressões de prazer, sua voz rouca chamando meu nome, tudo o que envolve você, Deidara, é meu e apenas eu posso testemunhar o quão lindo você é.
Assim como Itachi disse, os olhos azuis tremularam e ficaram escondidas sob as pálpebras quando Deidara jogou a cabeça para atras em uma expressão de puro prazer. Seus lábios se separaram e não se demoraram em soltar os sons vergonhosos causados pelos dedos longos de Itachi contra sua ereção dura e pulsante.
O Alfa se posicionou sentado atras do Ômega, enquanto sua mão direita se empenhou em manipular com destreza a intimidade do companheiro, a mão esquerda se esgueirou para brincar com os pequenos botões de Deidara. O ouvido de Itachi se manteve atento aos sons pecaminosos do loiro, e sua atenção está totalmente voltada para o prazer do seu Deidara. É fascinante, de fato, quando o homem de personalidade forte, língua afiada e pose desafiadora, se transformava na mais bela criatura apaixonada sob seus lábios e dedos.
Dedos esses que escaparam os mamilos levemente abusados, para sondar a pequena entrada enrugada, que se contraiu diante da ação inesperada. Deidara se contorceu, suas pernas tentaram se fechar, suas mãos seguraram com força os pulsos de Itachi, suas costas se arquearam e seu corpo tremeu. Itachi não deixou o medo do desconhecido atrapalhar o seu momento de conexão, ele rapidamente molhou os dedos com saliva e os direcionou para massagear a entrada tímida de Deidara. Suavemente, ele acariciou sem pressa, seus lábios judiando da área erótica atras da orelha do Ômega. Sem perceber, Deidara se abriu para a caricia, excitado com a mão que envolvia seu pau e o longo dedo que se atreveu a entrar nele.
— Isso. — Itachi rosnou contra seu ouvido. — Me sinta dentro de você, tocando aquele ponto doce. — seu dedo torceu para encontrar sua próstata ao mesmo tempo que o punho se apertou contra o membro hiper estimulado de Deidara. — É bom?
A pergunta é retorica, e a parte racional de Deidara sabe disso, porém ele não pode impedir que sua cabeça acenasse entusiasmada. Mas Deidara não era o único animado. Itachi acelerou o ritmo da punheta, adicionou mais um dedo para a exploração do prazer anal do companheiro, empenhado em fazê-lo gritar em êxtase.
— Sim! — Deidara cantou enquanto seu corpo tremia ao ponto de explosão. — Por favor.
Pelo que ele implorava? Ele não fazia ideia. E não importava. O que importa é o aperto em seu abdômen que anuncia um orgasmo fantástico. Onde ele não foi decepcionado, pois quando suas bolas apertaram, ele explodiu, sua essência disparando em todas as direções, sua voz adotando um tom alto suficiente para que os aldeões no centro escutarem, quando então Deidara cair contra o peito firme do seu Alfa.
Mas Itachi ainda não tinha terminado. Ele gentilmente colocou Deidara deitado de perfil, subiu a perna esquerda dele, escondeu sua ereção entre as coxas fortes e quentes, e passou a simular estocadas firmes, mas carinhosas, contra o seu homem. Seus olhos atentos vigiavam se alguém se atrevia em chegar próximo a tenda deles, ao que seu ritmo progredia em velocidade. Sua voz cantou no ouvido do companheiro enquanto seus movimentos se tornaram erráticos à medida que seu orgasmo se aproximava.
— Assim também é bom! — Deidara avisou em tom de surpresa. O pau de Itachi consegue estimular sua entrada, cutucando-a com a cabecinha ao deslizar para cima, passando pelas suas bolas sensíveis e amassando seu pau amolecido, porém ainda interessado. — Eu quero mais forte. — Deidara pediu de forma tímida, contudo, ainda em tom decisivo.
Como sempre mandão, Itachi pensou com carinho. Ele não deixou de obedecer, é claro. Na verdade, ele o fez não apenas mais forte, como também mais rápido, em um ritmo impiedoso que exigiu esforço de todos os músculos do seu corpo. Sua vigor não poderia ser mais bem testado, pois Itachi usou cada grama de energia para dar prazer a ambos.
E quando os dois atingiram seus orgasmos, praticamente ao mesmo tempo, Deidara percebeu com uma clareza um tanto quanto assustadora, que estar junto ao seu companheiro nunca, jamais, seria como estar preso novamente. Que, na verdade, Deidara nunca se sentiu mais livre em toda a sua existência.
Após a conexão que ele e seu companheiro estabeleceram naquela manhã, Itachi foi um verdadeiro amante buscando a refeição para que ambos recuperassem as forças. A princípio, Deidara não quis deixá-lo sair; além de sentir uma necessidade absurda da pele quente do Alfa contra a sua, seu lobo interior choramingou diante da possibilidade da perca de proteção que a ausência, mesmo que temporária, de Itachi representa. Contudo, Itachi habilmente acalmou seus receios, lembrando-o que por eles terem iniciado o ritual de acasalamento, é impossível que Deidara seja escondido de Itachi, visto que seu DNA agora está entreposto às células do alfa, motivo pelo qual o primeira ato é ingerir a semente do companheiro – mas, na verdade, Deidara não sabia disso, e ficou aliviado ao ser informado que, assim que ele provasse de Itachi, também poderia encontrar o Alfa em qualquer lugar.
Não somente os benefícios de um acasalamento em processo acalmou os medos do ômega. Itachi explicou que a refeição já deveria ter chegado, no entanto, seus feromônios deixaram claro que ninguém poderia se aproximar, então ele precisava pegar nas redondezas, principalmente porque ele mataria quem quer que chegasse tão perto do seu ninho depois de eles terem feito amor, palavras do Alfa, não suas.
Depois que Itachi retornou, ambos se fartaram com a comida que parecia estar ainda mais saborosa se comparada ao da noite anterior. Em seguida, Itachi o carregou até a bacia de madeira, onde o banhou carinhosamente. Esses gestos, de amor e cuidado, tocou o coração de Deidara mais uma vez, e dessa vez o ômega não se impediu ao derramar mais algumas lágrimas. Por algum motivo, a água salgada escorrendo através de seus olhos parecia levar consigo todo o peso que antes esmagava seu coração.
Quando ambos estavam prontos, Deidara se inclinou olhando para fora da tenda, buscando a sombra silenciosa de Izumi. Subitamente, sua mão foi agarrada, e em silêncio, Itachi o puxou para sair do ninho e seguir para a floresta densa e fechada que ocupa a parte de trás da tenda, sua aparência não é convidativa e Deidara nunca precisou explorá-la. Mesmo com a iluminação natural do sol, há um receio em seguir por este caminho assombrando seu peito, não que ele fosse admitir que essa área parece assustadora diante a luz do dia.
— Não acho que seja bom para a aldeia que você perca tempo com meu treinamento. — Deidara disse ríspido, porém menos ácido do que de costume. — Tenho certeza de que você tem coisas mais importantes a fazer.
Itachi deu um sorriso ladinho não visível a Deidara por ele estar um pouco mais atrás do companheiro resultado do pouco espaço de locomoção entre as árvores estreitas. A princípio, Deidara aparenta não suporta estar com Itachi, seu comportamento sugere sua impaciência em se ver longe da presença do Uchiha o mais rápido possível – certamente pareceu assim para seu irmão e seus pais, porém, Itachi é muito bom em ler as pessoas, e desde que Deidara entrou na floresta, Itachi não pode deixar de entender que tudo o que seu ômega mais quer, é sua atenção e dedicação integral. O Alfa conclui, inclusive, que nem o próprio Deidara percebeu como a ausência de Itachi e seus longos momentos longe um do outro, o afetam negativamente, distorcendo seu senso de segurança e sua autopercepção de seu valor.
Itachi esteve analisando essa questão, entre um dever e outro, há um tempo agora. Seu silêncio é contemplativo, sem compartilhar sua percepção com mais ninguém, por saber que seu ômega jamais o perdoaria por expor algo tão íntimo dele. Ele quer que Deidara queira ficar, não apenas por eles serem companheiros, e sim por quer que Deidara veja a aldeia como seu lar e os lobos negros como sua família. Itachi sente a profunda solidão de seu ômega, mesmo antes de iniciar o acasalamento, esse sentimento está muito transparente naquelas pedras azuis preciosas. O que o levou a pensar em uma forma de manter Deidara ao seu lado por mais tempo, visto que é impossível que eles estivessem juntos todo o dia, por enquanto.
A resposta não foi difícil. Embora Itachi seja bem ocupado, ensinar sobre a política, e mesmo parte do treinamento de defesa, à Deidara é facilmente encaixado entre suas obrigações, o que o ajuda a se conectar de outras formas com Deidara. Itachi também sente que, levando o companheiro para ver como as coisas acontecem na rotina dentro da aldeia, melhor será a compreensão do que ele precisará fazer como o segundo chefe da matilha, e do que o povo espera dele.
— Eu precisei de um tempo para organizar o espaço do seu treinamento em minha rotina. — apesar de não olhar na direção de Deidara, Itachi apertou suavemente a mão que não se desgrudou da sua. — Você é a pessoa mais importante em minha vida, e eu quero que você entenda onde está e que, se você permitir, seu lar será aqui, comigo, por isso, vejo a necessidade de uma ligação mais forte entre você e o meu povo, afinal, ele será o seu povo também, quando concluirmos o acasalamento.
Deidara não respondeu de imediato, tão pouco parou a caminhada, ou puxou sua mão. Pelo que Itachi poderia dizer, Deidara está absorvendo o que o Alfa disse, e analisando a situação em seu próprio ponto de vista.
— Há algo sobre o qual estive curioso. — Deidara finalmente se pronunciou.
Mesmo que ele não tivesse concordado com a as palavras de Itachi, ou anunciado sua decisão de ficar junto ao companheiro, o Alfa não desanimou. Ele acredita, em seu âmago, que Deidara não irá à lugar nenhum, principalmente depois que suas almas se conheceram de forma tão profunda, por isso seu empenho em ligá-lo intimamente com sua matilha.
— Diga-me.
— Todos na matilha têm os mesmos aspectos fisiológicos, o que me leva a concluir que todos são Lobos Negros. — Itachi acenou, concordando, já prevendo para onde os pensamentos de Deidara estavam indo. — Todos, exceto um.
— Uchiha Karen. — Itachi respondeu à pergunta não feita, mais uma vez surpreendendo Deidara com sua incrível habilidade de percepção. — Uma pequena Loba ômega que o Ancião Madara encontrou nessa floresta quando nos refugiamos aqui.
Caminhando calmamente atrás do Alfa, Deidara olhou ao seu redor com curiosidade. Se Karen era uma sobrevivente de uma matilha massacrada, como ele próprio, poderia ela ser outra espécie perdida de Lobos?
— Então vocês não sabem quem ela é? De onde ela veio?
— O Ancião Madara diz que não encontrou rastros de sua matilha, por isso, podemos apenas supor que a família dela a protegeu e, em sua fuga, ela foi atraída pela Deusa para a segurança da floresta, assim como todos os Lobos Negros.
Deidara ficou em silêncio novamente. Itachi não o apressou, esperando com paciência que ele desse voz as perguntas que o incomodavam em sua mente.
— Que tipo de Lobo ela é?
Como Itachi havia deduzido, Deidara está interessado na espécie desconhecida que Karen representa para ele, pelo motivo dela não ter se transformado na frente dele. É compreensível, no entanto. Deidara não sabe nada do mundo fora de sua prisão, provavelmente mal se lembra da matilha de onde veio, ter esperanças de encontrar outros dos seus é quase uma obrigação se levar em conta a situação pelo qual ele passou.
— A origem de Karen não é conhecida, no momento. Procuramos em todos os registros encontrados em nossas explorações, mas não há menção da sua criação. — Itachi desviou para a esquerda. Há um novo tipo de vegetação que não é exatamente prateado como o resto da floresta que Deidara até então viu, contudo não foge do cinza, quase como se as folhas fossem na verdade, fumaça. — Contudo, pela cor dos seus pelos, o formato da sua fisionomia, eu diria que ela tem alguma conexão com a terra.
Enquanto olha para os seus pés revestidos por um pedaço firme de borracha e tecido que o lembra a lã, Deidara tenta resolver o que lhe parece ser um quebra cabeça. A primeira peça, em sua opinião, é a “Deusa” dos Lobos Negros. De acordo com o que ele observou, há uma crença em entidades superiores e Deidara achou que isso explicaria toda a existência de Lobos que se transformam em humanos, na opinião dos Lobos Negros, contudo, agora o Alfa revela que seu povo faz explorações procurando pela sua história e de seus semelhantes, o que deixa Deidara confuso.
Então há a segunda peça, que é a própria criação de Deidara. Ele não se lembra de ter uma entidade em que sua matilha acreditava, não há misticismo ou lendas quando ele recorda o passado, tampouco, não há informações registradas nas quais seu povo poderia se basear, o que resulta na dúvida de Deidara sobre como ele sabia sobre os Lobos Negros, ou até mesmo sobre os Cinzentos, em primeiro lugar. No fundo da sua mente, Deidara pensa que, quando viu o primeiro Lobo cinza, em sua primeira fuga, ele já sabia quem eles eram, ele sabia que eles viviam nas montanhas, e quando Itachi se aproximou, além de perceber imediatamente que ele era seu companheiro, Deidara também soube que ele é um Lobo Negro, que viviam na floresta negra. Mas, de onde vem esse conhecimento? Qual a explicação para a existência de lobos que tomam forma humana? Há humanos e lobos que são incapazes de tomar outras forma, entretanto, eles são capazes desde o nascimento, por quê?
E Deidara não pode deixar de fora a terceira peça; ele escutou por diversas vezes as palavras de fascínio dos cientistas sobre a mutação de gênero existente entre os “humanos transformistas”; ao que parece, ser Alfa, ou Ômega, feromônios e ciclo de procriação, só existe nos semelhantes de Deidara, essa ocorrência é inexistente em humanos normais, ou mesmo em lobos selvagens. O que criou, ou foi responsável pela criação, dos lobos como Deidara?
Abruptamente, Deidara reparou que a areia dessa parte da floresta perdeu sua aparência de sangue e agora imita micros cacos de vidros pigmentados de vermelho. Olhando mais a frente, ele viu o que parecia um acampamento com várias tendas próximas, pessoas transitando, e homens e mulheres treinando. Deidara observou o arredor mais uma vez, e realmente, eles não estavam no campo de treinamento que o ômega já conhece, porém ali também parecia um centro de treinamento.
— Alfa. — o beta, que Deidara sabe ser irmão mais novo de Itachi, saudou-o com respeito em seu tom que assegura ao ômega que Sasuke tem Itachi como uma importante figura de autoridade. A mesma afeição não foi dedicada a Deidara quando os olhos negros encontraram os seus azuis e esfriaram mais do que seu lar ancestral, Deidara poderia apostar. — Cadela Alfa. — sua gesto de reverência perdeu o significado diante do seu tom impolido e do título que Deidara verdadeiramente detesta.
— É uma ótima manhã, você não concorda, Beta Sasuke? — seus olhos azuis gelo desmentem seu tom gentil enquanto Deidara se aproxima sutilmente de Itachi. A mandíbula de Sasuke se contrai de obvia irritação com o uso desrespeitoso do seu nome de nascimento que desvaloriza seu alto escalão dentro da matilha; se fosse qualquer outro forasteiro, Sasuke relevaria por acreditar que foi uma conduta impensada interligada a ignorância dos costumes da aldeia, mas por ser Deidara, de alguma forma, ele sabe que não é o caso. — A luz brilhante do sol me leva a ponderar que é de vital importância que você use meu nome quando for falar comigo. — o ômega continua sem se importar com os feromônio de indignação que Sasuke deliberadamente direciona à Deidara.
— E o sol lhe diz qual seria a ocasião para tanta urgência? — Sasuke pergunta entredentes, seu tom zombeteiro, quase como se a mente de Deidara funcionasse de forma especial e tudo o que sai de sua boca não fosse melhor que absurdos.
Itachi, que até o momento discretamente se divertia com as farpas trocas entre os dois Lobos jovens, que pareciam filhotes com tais comportamentos, precisou controlar seus próprios feromônios para não atacar seu irmão diante do tom ofensivo, quase cruel, voltado ao seu companheiro, ninguém menos! Porém Deidara parecia já esperar tal conduta, muito vergonhosa na opinião de Itachi, ao se inclinar para Sasuke em um gesto de desafio, adotando uma expressão ar propositalmente soberba.
— Talvez seja porque você não será agraciado com seus raios calorosos se continuar a usar esse título nojento comigo. — todo o semblante de Deidara endureceu e, de repente, Itachi entendeu como um ômega pode fugir de tantos cientistas armados e da espécie de lobo mais rápida conhecida. Deidara é a imagem do homem que sobreviveu a mais cruel das guerras, alguém está pronto para rasgar até o último ser vivo se isso significar sua segurança.
Sasuke pareceu concluir o mesmo que o irmão. O Uchiha mais novo deu um passo para trás e se curvou em verdadeira reverência dessa vez. — Me perdoe, senhor Deidara. — hesitantemente ele olhou para o irmão, dando outro passo para trás ao constatar o que já sabia que iria encontrar; profundo desgosto. — Não sei se assim o senhor acredita, — Sasuke pigarreou diante do silêncio incomodo onde Deidara ainda tem aquela expressão assustadora. — Mas Cadela Alfa é uma forma honrosa que nossos antepassados escolheram para se referirem aos Ômegas que estão acasalados aos Alfas chefes de matilha, não estamos tentando o ofender ao chamá-lo assim.
A cabeça de Deidara inclinou para a esquerda, seus olhos fixos como águias no Beta a sua frente. Mesmo sendo a segunda vez que conversa diretamente com Sasuke, Deidara pode dizer que ele é um homem deveras orgulhoso. Pela sua expressão corporal, e seu tom cauteloso, parecia que Sasuke estava se desculpando, contudo, ainda há o tom de superioridade que sugere que Deidara deveria saber a origem do título, entender seu significado, e ficar honrado em usá-lo. De certa forma, Deidara sabe que Sasuke tem razão em suas palavras não ditas, mas não há o que fazer quando sua criação não foi guiada para tradições de lobos e sim preconceitos humanos, até certo ponto.
— Ao norte de Konoha, nos tempos em que os humanos escreviam em pedras, na caverna mais profunda da Floresta Negra, o sábio Ancião, conhecedor dos caminhos perdidos, encontrou o primeiro Lobo de pelagem negra, Indra, sozinho em seu ninho. Ele lhe disse que Indra seria abençoado com seu companheiro e que este Lobo, semelhante em pelagem, seria sua contraparte e equilíbrio e que juntos eles criariam a matilha mais forte e abençoada de Konoha. Indra diz que o Ancião se referiu ao seu companheiro como Cadela Alfa, e Indra não entendeu o que o título significava, então o Ancião recitou: Cadellis Arpheus sempre será a segunda sabedoria da cabeça da matilha. — da voz de Deidara adota um tom monótono enquanto ele narrou obedientemente a história que Mikoto repete em todas reuniões. — Indra contou sobre seu encontro singular com o Ancião para seus filhos, que contou para os netos de Indra, e assim foi passado o conhecimento de geração em geração até que o Ancião Uchiha Indra, sucessor direto do primeiro Lobo Negro, adotou o termo Cadela Alfa como forma respeitosa para a pessoa Acasalada ao Alfa da matilha que, de acordo com ele, essa pessoa sempre dará sabedoria e continuidade à matilha.
Ao fim da narrativa entediada de Deidara, Itachi abraçou a cintura do ômega enquanto seus olhos afiados não deixaram de seguir a reação do irmão. Sasuke, por sua vez, se manteve impassível sem mover um músculo, escondendo bem a surpresa, e confusão, que saber que o ômega conhece a história por traz do título que detesta, e como ele poderia continuar detestando.
— Eu entendo o que esse termo significa e compreendo o orgulho dos outros ômegas em ostentar este título, porém vocês tem que aceitar o fato de que não sou como os outros lobos, passei minha vida inteira convivendo com humanos, e mesmo que me envergonhe admitir, apreendi a palavra “cadela” com um significa depreciativo e não consigo me desvincular a isso.
Saindo dos braços confortáveis do seu Alfa, Deidara se aproximou de Sasuke, dando um voto de confiança que não seria atacado por ele, pelo menos não em respeito a Itachi que se manteve por perto.
— Não importa o quanto você desgaste da minha aparência, eu seu segundo em comando, você terá de me respeitar e de obedecer minhas ordens. — mais um passo a frente e Deidara estava face a face com Sasuke. — Não será mais benéfico para todos se você guardar sua insatisfação com a escolha do destino em me unir com seu irmão para si mesmo e me orientar para que eu me torne verdadeiramente a contraparte sábia para sua matilha e para meu Alfa.
Surpreendentemente, Sasuke não mostrou injúria ou chateação com a aproximação de Deidara. Para o ômega, ele estava apenas sendo um Beta orgulhoso, mas Itachi, que conhece aquele homem desde seu nascimento, sabe que Sasuke se sente respeitoso com Deidara a contra gosto. E como não estar quando um ômega ignorante que foi solto em um novo mundo enfrenta a todos com tanta dignidade? Itachi está muito orgulhoso, de fato.
— Me perdoe pelo meu comportamento rude, senhor Deidara, não irá se repetir.
Deidara acenou em reconhecimento ao pedido de Sasuke. Itachi lançou mais um aviso em direção ao irmão, porém deixou o assunto morrer.
— A estratégia está finalizada? — Itachi perguntou ao seu Beta.
— Recrutamos todos que já passaram pelo seu primeiro ciclo. — Sasuke acenou para o grupo de homens que se reunião ao redor de algo que Deidara não pode identificar. — O senhor Nakami finalizou os escudos e Shisui esta com Izuno colocando-os nos pontos que definimos ontem.
Itachi assentiu em aprovação. Ele pegou a mão de Deidara e o guiou justamente para o grupo que, a medida que se aproximavam, mais homens apareciam no campo de visão de Deidara. Os Lobos, decididamente adultos, são grandes e volumosos em seus músculos, alguns ainda mais que Itachi, mas assim que Deidara e seu companheiro alcançaram o amontoado de lobos, todos reverenciaram o Alfa, mostrando ao ômega que a autoridade de Itachi não está ligado ao seu tamanho ou sua força, e sim em algo mais que o lobo branco ainda desconhece. Itachi fez um gesto em reconhecimento do respeito de sua matilha e se aproximou do centro. No meio dos homens há um pilha com um grande número de escudos.
— É feito de Androsir. — Itachi constatou apenas com um toque. — Resiste e leve, uma ótima escolha.
— Karen quem escolheu. — um homem alto e de boa aparência parado de frente a Deidara informou ao Alfa.
— Não deixou a desejar, como sempre. — Itachi respondeu, seu tom de voz concordo com o flagrante orgulho do homem desconhecido.
— O que é Androsu? — Deidara sussurrou a pergunta a Itachi, o mais baixo que pode, tendo não envergonhar o companheiro com sua ignorância.
— Androsir. — Itachi corrigiu gentilmente. — Um matéria prima colhida na caverna que tem atrás da cachoeira Andrer, em contato com nossa chama turca, ela pode ser moldada antes de endurecer e adotar a aparência de pedra, sendo que é tão leve quanto o linho que você veste.
Deidara afastou o rosto dos lábios de Itachi, que sussurrava em seu ouvido, a princípio buscando se alguém presenciou sua vergonha, mas ao perceber que aparentemente ninguém escutou sua conversa com o Alfa, o ômega observou mais de perto o objeto.
Androsir realmente parecia uma parede de pedra na altura de um homem, e se Itachi não tivesse avisado, Deidara não tentaria lentá-lo, nada que fosse tão grande e tão negro poderia ser leve. Curioso sobre seu peso, Deidara levantou o primeiro escuto, e sentiu-se soberbo ao ver que, como sempre, Itachi estava certo: pesava como se Deidara estivesse carregando um par de vestes sobressalentes.
— Quão resiste ele é? — um dos homens aparentemente mais jovens, perguntou.
— Resiste a espadas, facas, presas, garras e flechas por um longo período de tempo. — o homem que antes declarou o nome de Karen com orgulho, respondeu.
— Quem é este? — Deidara sussurrou a pergunta, estando mais uma vez acolhido nos braços de Itachi.
— Kazumo, filho mais velho de Nakami, que é nosso principal ferreiro, sendo Kazumo e Karen seus assistentes e futuros sucessores. — Itachi sussurrou de volta, seus dedos carinhosamente dedilhando a cintura do companheiro.
O cenho de Deidara franziu enquanto ele observava Kazumo, mas seus pensamentos estavam na loba ruiva. Vergonhosamente, Deidara esta cheio de ideais dos humanos imundos, ele vem percebendo isso desde que começou seu treinamento de Companheiro Alfa, e achou estranho um ômega estar lutando, então no momento em que ele quis zombar da idéia de Karen, uma loba ômega, ser capaz de criar materiais tão pesados e para fins de guerra, ele se recriminou, querendo não estar no mesmo nível dos humanos que lhe aprisionaram. Além do mais, sua curiosidade estava mesmo em qual seria a relação de Karen com Kazumo. Pela sua expressão satisfeita quando informou a participação da loba na criação dos escudos, o que parece a Deidara ser um trabalho importante designado por Itachi, Deidara diria que é uma ligação próxima. Seriam eles companheiros?
— Qual foi o maior tempo de resistência do escudo? — alguém do grupo perguntou.
— Um dia inteiro e ele apenas rachou nas extremidades, o centro continuou intacto. — respondeu um homem ao lado de Kazumo, sua aparência sugerindo seu nascimento posterior ao primeiro.
— O armamento está pronto? — Itachi questionou.
— Sim, estou apenas finalizando as cordas dos arcos. — uma voz bem feminina respondeu, ela veio das costas de Deidara.
O ômega se virou de perfil, não realmente surpreso com a presença de Karen após saber que ela participou da criação dos escudos. A ruiva passou por ele, reverenciou Itachi e seguiu para próximo de Kazumo.
— Armamento? Vocês não estarão na forma de lobo? — Deidara quase esqueceu de sussurrar sua pergunta diante do medo de Itachi estar vulnerável na sua forma humana.
— São para os Aldeões se protegerem caso alguém consiga invadir. — Itachi respondeu em tom calmante, sentindo a apreensão do companheiro.
— Vocês planejam treiná-los? — Deidara não conseguiu esconder a surpresa em sua voz.
Itachi sorriu fechado ao responder:
— Todos foram ensinados na arte da defensa. — virando-se para seus guerreiros Itachi disse: — Certo. Quero Dasuke e Isuke verificando o leste da barreira. — dois dos mais baixos homens, a esquerda de Kazumo, assentaram. — Aran e Yumi na parte oeste. — duas mulheres, que Deidara não viu antes, concordaram. — Natsu e Narume observem o sul, apenas para nos certificarmos se os humanos irão tão longe.
As duas últimas citadas assentiu e todos que foram ordenados saíram. Itachi se virou para o irmão.
— Quero você e Shisui observando os lobos e os humanos no norte da barreira, revezem com Hiroko e Toromi, não deixem a barreira desguarnecida em hipótese nenhuma, chamem reforço se precisarem. — olhando seriamente para o irmão, seu homem de maior confiança, Itachi concluiu: — Qualquer movimento me avise imediatamente.
Sasuke assentiu, o peito estufado em orgulho indiscreto causado pela confiança pela sua referência do que um Alfa deve ser.
Itachi e Deidara observaram Sasuke sair, então Itaxhi seguiu monitorando todas as atividades do que certamente era o centro de comando dos Lobos Negros. Ouvindo e aprendendo como o grupo que protege a matilha funciona por dentro, Deidara não pode deixar de se sentir excitado continuar seu treinamento caso ele continuasse tão realista assim.
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Raça Pura
FanfictionApós a humanidade descobrir que lobisomens não eram somente lendas sobrenaturais e que existem sim "humanos" capazes de assumir uma forma lupina completa, houve uma caça onde todos os Lobos das Neves foram aprisionados em laboratórios, ou mortos na...