- Depois que o novo vizinho chegou, parece que tudo gira em torno dele. Eu tentei não me interessar por ele, eu sabia que não iria ser recíproco oque eu iria sentir, mas... não foi bem oque eu pensei... -
×||Lee Hannah Hye-Rin é uma estudante...
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— HANNAH. Lembre de mim.
Música indicada: Mirrors - Justin Timberlake
O dia da mudança finalmente chegou, e eu mal consigo acreditar que isso tá acontecendo. Acordei cedo, com um nó no estômago, sabendo que em algumas horas eu vou deixar pra trás a casa onde passei tanto tempo. Não só a casa, mas também o lugar que se tornou meu refúgio e, principalmente, as pessoas que amo. A Asa tá aqui comigo, e ela é uma das minhas melhores amigas, sempre pronta pra me ajudar em tudo.
— Vamos, Hannah! A gente ainda tem muita coisa pra arrumar! – Asa me chama, e eu respiro fundo, tentando me convencer a levantar da cama. Ela tinha dormido na minha casa para me ajudar com as caixas e etc... A verdade é que eu tô com medo. Medo de deixar tudo pra trás, medo do que vem pela frente e, acima de tudo, medo de deixar o Ni-ki.
A sala tá cheia de caixas, e eu começo a organizar algumas delas, enquanto Asa pega mais uma.
— Você tá bem? Porque parece que você tá em um dia de chuva, sabe? – Ela diz, colocando a caixa no chão e me olhando com preocupação. –
— É só... é tudo tão diferente, sabe? E eu não quero ir embora. Não quero deixar tudo isso. – Minha voz sai um pouco mais baixa do que eu queria. – sei que minhafamília vai para todos os cantos toda hora, mas eu queria pararpra viver uma vida normal...
Ela se aproxima e me abraça.
— Eu sei que é difícil, mas você ainda vai ter suas memórias e vai poder voltar sempre que quiser. Não esquece que, mesmo longe, a gente sempre vai estar aqui pra você. – Quando ela disse isso, eu senti uma vontade enorme de chorar e um nó na garganta segurando para não desabar ali mesmo. –
Eu agradeço e tento me concentrar no que realmente importa agora: terminar a mudança. Assim que a gente termina de arrumar as coisas, ouço a campainha. É o Ni-ki e o Jake. Quando vejo os dois entrando, uma onda de emoções me invade. Ni-ki tá com a cara fechada, e, mesmo tentando disfarçar, posso ver a tristeza nos olhos dele. Jake tenta ser o animado de sempre, mas a tensão no ar é palpável.
— Oi, pessoal! – Jake diz, tentando quebrar o clima, mas eu percebo que o olhar do Ni-ki tá fixo em mim, e é como se ele quisesse dizer algo, mas as palavras não saem. –
— Oi, Ni-ki. –eu digo, forçando um sorriso. Ele tenta retribuir, mas o sorriso dele não chega aos olhos. – Você trouxe as coisas que combinamos?
— Sim, tá tudo aqui. – Ele responde, pegando algumas caixas. A voz dele tá mais baixa que o normal, e eu sinto meu coração apertar. –
Enquanto trabalhamos, o silêncio se torna cada vez mais pesado. Eu tento puxar assunto, mas a conversa sempre morre rapidamente. Olhando pro Ni-ki, sinto que ele tá lutando contra algo, e isso me machuca. Assim que a última caixa é carregada, eu me permito um momento pra puxar o Ni-ki de lado.