- Depois que o novo vizinho chegou, parece que tudo gira em torno dele. Eu tentei não me interessar por ele, eu sabia que não iria ser recíproco oque eu iria sentir, mas... não foi bem oque eu pensei... -
×||Lee Hannah Hye-Rin é uma estudante...
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—NI-KI prada.
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As luzes do palco ainda tão piscando na minha cabeça, e o som da galera já começa a sumir enquanto eu ando pro camarim. Mais um show terminado, mais uma noite que devia me deixar cheio de orgulho… mas, no fundo, esse vazio é impossível de ignorar.
Assim que fico sozinho, pego o celular. Passo pelas notificações, meio sem pensar, mas logo já tô abrindo o perfil dela. Eu sei, é péssima ideia, mas eu não consigo evitar. Cada foto nova que ela posta tá lá, como se fosse uma janela pra vida dela… a vida que ela tá vivendo sem mim.
Ela tá diferente. Não só pelas roupas caras ou pelo olhar meio sério nas fotos. Ela tem um brilho, sabe? Aquele mesmo brilho que fazia eu querer largar tudo só pra estar do lado dela. Só que agora parece um brilho distante, como se ela fosse outra pessoa, ou talvez só estivesse fingindo. Eu sei que ela tá crescendo na carreira, que é a modelo que todo mundo comenta, mas tudo isso só me lembra que ela tá seguindo em frente, sem olhar pra trás.
Solto um suspiro e deixo o celular de lado, tentando afastar esse aperto que sempre vem. Eu escolhi me afastar, e tinha um motivo. Sabia que, se continuasse ali, perto dela, uma hora ou outra as coisas iam explodir e a gente ia acabar machucando um ao outro. Só que, por mais que eu tente fingir, isso aqui tá doendo demais. Ignorar que ela tá lá… é uma mentira que eu tô contando pra mim mesmo, porque, no fundo, ela nunca deixou de ser importante.
Eu acompanho cada passo dela de longe, como se fosse só um espectador da vida que eu poderia ter tido ao lado dela. Ela parece tão inalcançável agora, tão longe da garota que me fazia esquecer de tudo. E isso dói. Dói saber que a única maneira de proteger a gente foi justamente me afastando. E, mesmo tentando seguir, a verdade é que eu sinto falta dela em cada segundo… mesmo nos segundos em que eu finjo que ela não existe mais.
Eu tô ainda perdido nesses pensamentos quando ouço a porta do camarim abrir. Tô tão distraído que quase não noto quando os meninos entram, falando alto e rindo. Jay dá uma batidinha no meu ombro, e eu quase dou um pulo.
