Capítulo 6

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2h da manhã.
- Ah! Hum!

3h da manhã.
- Ah! Hum!

4h da manhã.
- Ah! Hum!

7h da manhã. Eram 7 horas da manhã.

Normalmente, eu acordava a essa hora para ir à escola, mas hoje é sábado. Eu desejava poder acordar tarde e me revirar na cama sem preocupações, tarefas ou lições de casa. Sentei-me, irritada e com dor de cabeça pela falta de sono. Minhas pálpebras estavam muito pesadas mas, meu cérebro não estava cooperando. Na minha cabeça, eu ouvia repetidamente Wanviva gemendo na banheira e me perguntava que sensação estranha era aquela. Decidi me levantar e seguir com minha rotina, quando a escutei.

- Ah! - Wanviva exclamou surpresa ao me ver em pé logo cedo. Seu "Ah!" soou tão diferente agora... tão sexy.

O que havia de errado comigo? O que era aquele som?

Envolvi meus braços ao redor do peito e tentei agir como se nada tivesse acontecido, ignorando a sensação delicada que sentia dentro de mim.

- Onde você estava?

- Fui ao templo com minha mãe. Pensei em você quando fiz a minha oração.

- É por isso que me sinto tão bem hoje. Recebi a bênção que você me deu. Espera! Eu não estou morta!

- Ah! Não, claro que não! - A garota riu e eu precisei desviar o olhar. Por que o riso dela parecia diferente?

Eu não sabia o que fazer, então movi meu cabelo para o outro lado e fiz uma careta, tentando me controlar mas, Wanviva me conhecia bem demais. Ela me olhou com curiosidade.

- O que há de errado? Você está bem?

- Nada.

- Tem algo, eu consigo ver.

Olhei para a garota e suspirei profundamente. Isso era muito difícil de explicar pois, nem eu conseguia entender.

- Eu não gostei quando você fez aquele som.

- O que? - Wanviva franziu a testa e revirou os olhos, sem entender o que eu disse. - O que você quer dizer?

- Eu não sei. Parece... - Eu hesitei em explicar. - Ok, vamos tentar... quero saber se ainda soa estranho.

- Ok, o que eu devo dizer?

- Ah!

- Sério? - Wanviva parecia confusa. Eu a olhei seriamente e ela repetiu.

- Ah! - A voz nasal dela estava realmente sexy hoje, mas não teve tanto impacto quanto ontem à noite.

- Hum!

- Hum! Por que eu tenho que dizer essas coisas?

- Ok, isso é o suficiente. - Eu sorri aliviada por não estar tão sensível como estava na noite passada. - Vou tomar um banho e descer para o café da manhã.

Virei-me e estava prestes a subir as escadas para tomar um banho, quando ouvi Wan esbofetear o pescoço e gritar.

- Ah! Um mosquito me picou! - A garota coçava o pescoço enquanto eu a observava, sentindo-me sensível. Fiquei preocupada com a pele delicada do pescoço dela.

- Não coce. - Eu estendi a mão para impedi-la de coçar e vi a marca vermelha que se formava em seu pescoço. - Quanto mais você coçar, pior.

- Mas está coçando.

- É apenas um mosquito. - Passei o dedo sobre o inchaço vermelho que começava a surgir na pele dela por causa da picada do mosquito. - Coloque um pouco de pomada, você vai se sentir melhor.

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