Capítulo 29

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- Pleng está doente. Estou te ligando para avisar que ela não tem condições de trabalhar hoje. Espero que entenda. Obrigada. - Wanviva falou ao telefone com Ek. Ela desligou assim que chegamos à porta do apartamento.

- O que ele disse?

- O que ele poderia dizer? Você está doente.

- Eu me sinto mal mentindo.

- Não sinta.

Wanviva fechou a porta e me agarrou. Éramos como dois ímãs fortes que se atraíam. Fizemos exatamente o que dissemos que faríamos no hospital. Nossas roupas pareciam ser o maior obstáculo entre nós.

- Acho que não devemos usar roupas em casa. - Falei enquanto ela tirava as roupas, uma por uma, revelando sua pele macia. Ela estava tão impaciente que me ajudou a puxar a camisa pela cabeça e me mordeu.

- Ótima ideia. - Gastamos muita energia na noite passada e não tivemos tempo para descansar, mas, nosso tesão era maior. - Eu quero te comer.

- Eu quero te comer inteira.

Parecia uma competição onde a vencedora seria quem gemesse mais alto. Terminamos em duas horas. Agora, estávamos tão exaustas que ficamos deitadas olhando para o teto com as sombras da luz externa em nossos corpos.

- Você acha que vamos perder peso? - Perguntei. Wanviva subiu em cima de mim e tocou meu nariz de brincadeira. - As pessoas dizem que sexo é o melhor exercício.

- Nós duas seremos super magras, então.

- Faremos isso por muito tempo.

- Podemos fazer isso todos os dias. - A mulher beijou meu queixo. - Ainda acho que estou sonhando. Estou muito animada. Meu coração está batendo como se fosse minha primeira operação.

- Você compara nosso sexo a uma operação? - Eu ri porque achei engraçado. Levantei-me sobre os cotovelos e olhei para ela. - Como foi quando você era estudante de medicina? Como você se concentrava quando sentia a minha falta?

- Você era meu foco. Quando eu segurava um bisturi e cortava pessoas, eu pensava em você.

- Você pensava em mim enquanto cortava as pessoas? - Eu fiquei surpresa. Wanviva riu alto e mordiscou meu nariz.

- Pensava na sua cara de orgulho quando me visse formada, me tornando oficialmente uma doutora. Essa foi a minha grande motivação.

- E você conseguiu. - Beijei seu queixo como um elogio. - Fiquei muito emocionada em ver você de uniforme, com touca, máscara e aquela calça folgada.

- Eu sei o quanto você adora aquele uniforme verde. Seus olhos dizem o quanto você me quer quando estou nele. - Mas, tiveram momentos ruins na faculdade e no trabalho também. Há algumas lembranças que eu não gostaria de ter.

- O que aconteceu?

- Hora da morte. Quando os médicos têm que anunciar a hora da morte. Adivinhe que horas
eram.

- 4h da manhã.

- 4h da manhã foi a hora do falecimento do meu primeiro paciente e eu tive que declarar isso. Foi uma triste coincidência. Não faltava nem um minuto... eram exatamente 4h da manhã, como quando você me deixou.

Puxei a mulher para mais perto de mim e a virei para que ela ficasse por cima. Sua pele macia me deixou excitada.

- Ei! Eu estou aqui com você agora. Você deveria esquecer isso... 4h da manhã é quando faremos amor.

- É um momento muito importante na minha vida. Muitos incidentes aconteceram. - Wanviva apoiou a testa em mim. - Estar aqui com você é
como um sonho. É um sonho tão bom, que eu nunca mais quero acordar. Seria ótimo se eu pudesse ser feliz assim todos os dias.

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