VAELOR verifica novamente amilie, ela está sob um feitiço de sono, ele desfaz o feitiço rapidamente.
Amelie recobra a consciência e seu amado a abraça forte, falando entre o abraço- Eles não acharam.
Amelie sentiu os braços de Vaelor ao seu redor, e a intensidade do abraço dele deixou claro o quão grave era a situação. Ela piscou, tentando recuperar seus sentidos, enquanto sua mente ainda estava enevoada pelo feitiço que a havia prendido em um sono pesado. O calor e a força com que Vaelor a segurava contrastavam com o frio que parecia se espalhar pelo ambiente.
-Eles... quem, Vaelor?-ela perguntou, sua voz um sussurro trêmulo.
Ela percebeu o tom de medo e nervosismo na voz dele, algo que raramente havia escutado antes. Vaelor sempre fora seu porto seguro, sua rocha, mas vê-lo abalado dessa forma fazia o terror crescer dentro dela.
Vaelor respirou fundo, lutando para manter a calma, embora soubesse que precisava ser honesto com ela.
- Algo, ou alguém, nos encontrou, Amelie.- Eu... vi uma figura, um ser de trevas, falando de vingança e cobrança. Alguém do meu passado... alguém que conhece o nosso sangue.
Amelie ficou em silêncio por um momento, tentando processar o que ele estava dizendo. Ela sabia que Vaelor havia deixado sua aldeia para protegê-la e proteger sua filha, e que existiam perigos tanto entre os humanos quanto entre os próprios elfos. Mas o medo nas palavras dele indicava uma ameaça que ela nunca havia imaginado.
-Mas... como eles nos encontraram? Pensamos que estávamos seguros aqui…
Amelie sussurrou, sua mão repousando sobre o ventre onde sua filha crescia. A ideia de estar em perigo agora, tão perto do nascimento de sua bebê, a deixava em pânico. Seu instinto materno a fazia querer lutar e proteger sua família a qualquer custo, mas ela se sentia impotente.
Vaelor a segurou pelo rosto, seu olhar azul fixo nos olhos verdes dela, tentando transmitir-lhe força e confiança, mesmo quando a incerteza corroía suas entranhas.
-Eu não sei como, meu amor, mas agora sabemos que não estamos mais sozinhos. Vou reforçar as barreiras mágicas e criar novas proteções. Mas, se eles conseguirem atravessá-las novamente, precisaremos estar preparados.
Amelie assentiu, respirando fundo para conter o pânico. Ela sabia que a única maneira de proteger sua filha era manter a calma e confiar em Vaelor, como sempre havia feito.
-E o que podemos fazer? -perguntou, sua voz firme, embora seu coração estivesse acelerado.
Vaelor a puxou para mais perto, pressionando a testa contra a dela em um gesto de carinho e promessa.
-Vamos ser fortes, Amelie. Eu prometo que não deixarei nada te ferir, nem à nossa pequena. Mas, a partir de agora, precisamos ficar em alerta. Algo está se movendo lá fora, algo sombrio... e eu vou descobrir o que é.Enquanto Vaelor falava, Amelie sentiu um nó se formando em seu estômago, mas também uma determinação crescente. Ela sabia que, para o bem de sua família, precisaria enfrentar o medo e se preparar para o que viesse. De algum modo, ambos sabiam que a paz que haviam construído estava ameaçada, e que o destino havia os alcançado.
Amelie respirou fundo, lutando para conter as lágrimas, e apertou a mão de Vaelor com força.
-Estamos juntos nessa, meu amor. Seja o que for, enfrentaremos como sempre fizemos… juntos.Ele pega um baú onde está guardado seu cajado segurando com firmeza, um artefato que ele não tocava há anos, desde que havia decidido deixar o passado para trás e começar uma vida nova com Amelie. A madeira do cajado parecia pulsar com uma energia antiga, quase como se estivesse respondendo ao chamado de seu dono depois de tanto tempo de inatividade. As runas esculpidas brilhavam com uma luz suave, refletindo a intensidade de suas emoções.
Ele olhou para Amelie ao seu lado. A mão dela apertava a dele com força, enquanto a outra mão acariciava suavemente sua barriga, como um lembrete constante da vida que crescia dentro dela. A expressão de Amelie era uma mistura de determinação e preocupação. Ela sabia que não havia como voltar atrás; o que quer que estivesse vindo, eles enfrentariam juntos.
-O que vamos fazer, Vaelor?- Amelie perguntou em um sussurro, tentando manter a calma. Ela sabia que, apesar do medo, precisava se manter forte por sua filha.
Vaelor respirou fundo antes de responder. Ele sentia a tensão no ar, o murmúrio inquieto da floresta lá fora, como se a própria natureza pressentisse a chegada de algo sombrio.
-Vou reforçar as barreiras, mas também precisamos estar prontos para lutar, se necessário. Eu não sei quanto tempo temos antes que voltem, mas não vamos ser pegos desprevenidos.
Amelie assentiu, sentindo o peso da situação, mas determinada a apoiar Vaelor em qualquer decisão que ele tomasse.
-Você acha que são elfos… ou humanos? ela perguntou com cautela, sabendo que ambos poderiam representar ameaças diferentes.
-Talvez ambos, meu amor. Quem quer que seja, eles sabem sobre mim, sobre nós. E se souberem onde estamos, sabem o que estou protegendo,- Vaelor respondeu, sua voz firme, mas com um toque de angústia.
Ele não estava apenas protegendo sua família; estava protegendo seu lar, o único lugar onde se sentia verdadeiramente livre de julgamentos e velhas rivalidades.
Amelie olhou para Vaelor e, por um momento, uma vaga lembrança de seus dias tranquilos juntos lhe passou pela mente, um tempo antes de toda essa escuridão pairar sobre suas vidas. Ela sabia que aquele tempo havia acabado, mas se recusava a desistir da paz e felicidade que haviam conquistado.
-Seja o que for, vamos enfrentá-los juntos,-ela disse, sua voz soando mais forte do que ela esperava. Nossa filha merece crescer em paz. E nós merecemos a chance de criar uma vida para ela sem medo.
Vaelor apertou a mão de Amelie, encontrando força nas palavras dela. Ele sabia que qualquer hesitação ou dúvida poderia custar caro. E enquanto olhava para ela, para o futuro que carregava em seu ventre, sentiu uma nova determinação se acender dentro de si.
A tranquilidade de suas vidas havia chegado ao fim, mas o amor deles, sua coragem, e a vida que haviam construído juntos eram mais fortes do que qualquer ameaça que surgisse. E isso, Vaelor prometeu silenciosamente, seria o que o guiaria até o fim, por mais escuro que fosse o caminho à frente.
Com o cajado em uma mão e a mão de Amelie na outra, ele estava pronto para enfrentar o que viesse.
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Elvenheart ("Coração Élfico)
FantasyEnquanto amelie seguia os rastro de sangue, um arrepio percorreu seu corpo. Havia algo profundamente errado ali, e sua intuição lhe dizia para voltar, para se mater segurança. Mas a curiosidade pulsava dentro dela, uma voz insistente que a empurrava...