Infelizmente, ou felizmente. - 10.

480 37 6
                                    

Kriscya/Katrina:

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Kriscya/Katrina:

Sentada no banco da praça, eu esperava ansiosamente meu pai. Nós havíamos marcado para nos encontrar às 19h00, e eu já o esperava há uns 15 minutos. Meu coração batia forte, e minhas mãos estavam frias.

Olhava em volta, observando as pessoas que passavam. A praça estava tranquila, com apenas alguns casais e crianças brincando.

Onde ele estava? Será que havia esquecido?
Respirei fundo, tentando acalmar meus nervos. E se ele não viesse?

Justo quando começava a duvidar, vi uma figura familiar se aproximando. Era meu pai.

Meu coração pulou de alegria. Ao mesmo tempo, senti uma mistura de emoções: alívio por ele ter vindo, ansiedade pelo que iríamos conversar e uma ponta de decepção pelo atraso.

— Desculpe o atraso, filha — disse ele, abrindo os braços para me abraçar.

Eu me aninhei em seu abraço, sentindo-me segura e amada.

— O que houve? — perguntei, me afastando para olhar para ele.

Meu pai sorriu. — Fiquei preso no trânsito. Mas estou aqui agora.

Seus olhos castanhos brilhavam com sinceridade, e eu sabia que ele estava dizendo a verdade.

— Pai, posso te perguntar uma coisa? — digo enquanto olhava para ele com curiosidade.

— Claro, filha. Pergunte o que quiser. — respondeu ele, com um sorriso encorajador.

— Por que você foi embora? — perguntei, minha voz quase um sussurro.

Meu pai hesitou por um momento antes de responder. — Eu errei, Kriscya. Errei muito. Mas eu sempre amei você e sua mãe. — disse ele, olhos brilhando de emoção.

Eu senti um nó na garganta, mas continuei. — O que aconteceu? Por que você não voltou?

Meu pai respirou fundo antes de começar a contar. — Foi uma combinação de coisas...fui ameaçado, pressão, medo... Eu me senti perdido e não sabia como lidar.

Ele fez uma pausa, olhando para o chão. — E então, eu fugi. Minha única solução era fazer isso. Mas me perdoe, por tudo!

Começamos a reconstruir nossa relação, passo a passo. Meu pai começou a me contar sobre sua vida nos últimos anos, sobre seus erros e acertos. Eu ouvi atentamente, tentando entender.

À medida que conversávamos, eu percebi que meu pai não era mais o homem que eu lembrava. Ele estava mais velho, mais sábio e mais humilde.

— Pai, você mudou demais. — isso me assustava de certa forma.

— Sim, filha. A vida me ensinou lições difíceis. Mas estou aqui agora, e quero fazer as coisas certas — respondeu ele.

Nós continuamos conversando, compartilhando histórias e risos. Era como se estivéssemos redescobrindo um ao outro.
a confiar completamente nele.

Algoz. - Pedro bala.Onde histórias criam vida. Descubra agora