Kriscya/Katrina:
Sentada no banco da praça, eu esperava ansiosamente meu pai. Nós havíamos marcado para nos encontrar às 19h00, e eu já o esperava há uns 15 minutos. Meu coração batia forte, e minhas mãos estavam frias.
Olhava em volta, observando as pessoas que passavam. A praça estava tranquila, com apenas alguns casais e crianças brincando.
Onde ele estava? Será que havia esquecido?
Respirei fundo, tentando acalmar meus nervos. E se ele não viesse?Justo quando começava a duvidar, vi uma figura familiar se aproximando. Era meu pai.
Meu coração pulou de alegria. Ao mesmo tempo, senti uma mistura de emoções: alívio por ele ter vindo, ansiedade pelo que iríamos conversar e uma ponta de decepção pelo atraso.
— Desculpe o atraso, filha — disse ele, abrindo os braços para me abraçar.
Eu me aninhei em seu abraço, sentindo-me segura e amada.
— O que houve? — perguntei, me afastando para olhar para ele.
Meu pai sorriu. — Fiquei preso no trânsito. Mas estou aqui agora.
Seus olhos castanhos brilhavam com sinceridade, e eu sabia que ele estava dizendo a verdade.
— Pai, posso te perguntar uma coisa? — digo enquanto olhava para ele com curiosidade.
— Claro, filha. Pergunte o que quiser. — respondeu ele, com um sorriso encorajador.
— Por que você foi embora? — perguntei, minha voz quase um sussurro.
Meu pai hesitou por um momento antes de responder. — Eu errei, Kriscya. Errei muito. Mas eu sempre amei você e sua mãe. — disse ele, olhos brilhando de emoção.
Eu senti um nó na garganta, mas continuei. — O que aconteceu? Por que você não voltou?
Meu pai respirou fundo antes de começar a contar. — Foi uma combinação de coisas...fui ameaçado, pressão, medo... Eu me senti perdido e não sabia como lidar.
Ele fez uma pausa, olhando para o chão. — E então, eu fugi. Minha única solução era fazer isso. Mas me perdoe, por tudo!
Começamos a reconstruir nossa relação, passo a passo. Meu pai começou a me contar sobre sua vida nos últimos anos, sobre seus erros e acertos. Eu ouvi atentamente, tentando entender.
À medida que conversávamos, eu percebi que meu pai não era mais o homem que eu lembrava. Ele estava mais velho, mais sábio e mais humilde.
— Pai, você mudou demais. — isso me assustava de certa forma.
— Sim, filha. A vida me ensinou lições difíceis. Mas estou aqui agora, e quero fazer as coisas certas — respondeu ele.
Nós continuamos conversando, compartilhando histórias e risos. Era como se estivéssemos redescobrindo um ao outro.
a confiar completamente nele.
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Algoz. - Pedro bala.
RandomKriscya Ferreira, mais conhecida como katrina, garota de 15 anos que cresceu em uma família pobre no subúrbio de Salvador foi abandonada pelo seu pai quando ela tinha 8 anos, morando apenas com a mãe, mas a mesma trabalhava como empregada e passava...