Fede Valverde

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Era uma tarde tranquila em Madrid, mas na casa de Fede Valverde e SN o clima estava longe de ser calmo. O casal andava a discutir com frequência nos últimos dias. A tensão parecia crescer cada vez mais, e o motivo central era o ciúme, tanto da parte de Fede quanto de SN.

Fede chegou em casa depois do treino, e mal fechou a porta, encontrou SN na sala, de braços cruzados, com uma expressão séria.

— Onde você estava? — perguntou ela, direto ao ponto.

— No treino, claro — respondeu ele, suspirando. — Onde mais eu estaria?

— No treino... é sempre treino — retrucou SN, com um tom irônico. — Mas e aquela mensagem que vi no seu telefone? Quem é essa tal de Carla?

Fede revirou os olhos, claramente exasperado.

— Já te expliquei, SN! Ela é uma amiga do meu amigo do time. A gente estava conversando sobre um evento que todos vão... não tem nada demais!

— Nada demais? — retrucou SN, aumentando a voz. — Então por que você apagou a mensagem? Se era tão inofensiva assim, por que apagar?

— Apaguei porque sabia que você ia fazer um drama desnecessário, e veja só, aqui estamos... — Fede tentou manter a calma, mas a irritação já era visível. — Não apaguei por causa dela, apaguei para evitar essa briga boba.

— Boba? — SN parecia incrédula. — Então agora eu sou a dramática, é isso?

Fede respirou fundo, tentando controlar-se.

— Olha, SN, você está sendo injusta. Sempre fico vendo você falar com seus amigos do passado, aqueles com quem você já teve alguma coisa... e eu nunca te questionei!

— Não é a mesma coisa, Fede! — rebateu SN, defensiva. — Você sabe que eles são só amigos! Você é que começou a esconder as coisas de mim.

A discussão parecia sem fim. Ambos já estavam num ponto onde qualquer palavra parecia apenas alimentar mais o fogo. Depois de alguns instantes de silêncio, Fede soltou um longo suspiro e baixou a cabeça, olhando para o chão.

— Isso não está nos fazendo bem, SN... — ele disse, em um tom mais suave. — Eu te amo, você sabe disso. Mas essas brigas estão a nos desgastar. O que aconteceu conosco?

SN também parecia mais calma ao ouvir a vulnerabilidade na voz dele. Aproximou-se e segurou a mão de Fede, suspirando.

— Eu também te amo, Fede... é só que, às vezes, sinto que vamos nos afastando. Tenho medo de te perder.

Ele olhou-a nos olhos e acariciou o rosto dela, deixando um pequeno sorriso se formar.

— Então, vamos tentar confiar um no outro, certo? Eu prometo que serei mais transparente, mas você também tem que confiar em mim. Podemos fazer isso?

SN assentiu, tentando sorrir.

— Vamos, sim. Só não me deixe de lado... e nem me esconda nada.

Fede a puxou para um abraço, e ficaram assim por um tempo, aproveitando o silêncio que, pela primeira vez em dias, não era pesado, mas reconfortante. Eles sabiam que ainda teriam desafios, mas, naquele momento, ambos estavam dispostos a fazer dar certo.

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