Pablo Gavi

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No meio de um estádio lotado, a partida estava pegando fogo. Gavi, conduzia o meio-campo com a mesma paixão de sempre. Os gritos da torcida adversária, no entanto, eram ensurdecedores. Eles tinham um alvo claro: ele.

Enquanto o jogo corria, a arquibancada adversária não parava de provocar. Palavras duras cortavam o ar, chamando-o de "mimado", "arrogante" e até piores. A maioria dos jogadores tentaria ignorar, mas aquilo mexia com Gavi de uma forma diferente. Ele sentia cada palavra queimando sua pele, tentando se manter focado no jogo.

Na arquibancada principal, SN, a namorada de Gavi, assistia tudo, com o coração na mão. Vê-lo em campo sempre a enchia de orgulho, mas aquela noite era diferente. Ela percebia a tensão nos ombros dele, a forma como seus olhos se estreitavam a cada ofensa que vinha das arquibancadas. Tentava não se deixar abalar, mas a angústia transbordava em cada olhar que ela lançava para o campo.

O primeiro tempo terminou empatado, e quando Gavi caminhava em direção ao vestiário, os insultos se intensificaram. Ele apertou os punhos, mas manteve a cabeça erguida. SN o observava, sentindo uma mistura de raiva e tristeza. Ela queria defendê-lo, gritar de volta, mas sabia que isso só aumentaria o caos.

No intervalo, ela enviou uma mensagem para ele: "Não deixe eles entrarem na sua cabeça. Lembre-se de quem você é e joga por nós." Gavi leu a mensagem, fechou os olhos por um segundo e sorriu de leve. As palavras dela trouxeram um breve conforto, uma âncora em meio à tempestade.

Quando o segundo tempo começou, Gavi voltou ao campo com uma nova energia. A raiva e a frustração se transformaram em combustível. Ele driblava, desarmava e distribuía passes com precisão. Em um lance decisivo, ele interceptou uma bola e avançou até a área adversária, marcando um gol que silenciou boa parte dos torcedores.

Enquanto comemorava com os companheiros, ele olhou para a arquibancada e encontrou SN entre a multidão. Ela estava sorrindo, com lágrimas nos olhos, e mandou um beijo com a mão. Aquele gesto simples foi o suficiente para ele se lembrar de que não estava sozinho.

O jogo terminou 1 a 0, e a vitória era deles. Gavi sabia que os insultos não parariam tão cedo, mas, naquele momento, ele se sentia mais forte. Ao sair do campo, ele se dirigiu até onde SN o esperava e a abraçou apertado, como se ela fosse a única coisa que realmente importava no mundo.

— Eu te amo — ele murmurou em seu ouvido.

— E eu estou sempre aqui pra você — respondeu ela, segurando seu rosto com carinho.

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