Marc Giui

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Marc Guiu, jovem promissor jogador de futebol, vivia um dos melhores momentos da sua carreira. Com apenas 17 anos, já brilhava nos treinos e nos jogos, destacando-se pela sua habilidade e dedicação. Mas, fora do campo, havia algo que mexia com ele de uma forma que nenhum golo ou vitória poderia comparar: a relação indefinida que mantinha com Sn

Sn era uma rapariga linda e inteligente, sempre presente nos momentos importantes da vida de Marc, seja nas vitórias ou nas derrotas. Apesar de todos os sinais de que havia algo mais entre eles, nunca tinham oficializado a relação. As saídas frequentes, as longas conversas até tarde e o carinho evidente que sentiam um pelo outro não passavam despercebidos, mas oficialmente, nada estava definido.

Marc gostava de sentir que tinha Sn por perto, mas nunca tinha sentido a necessidade de rotular o que tinham. Talvez por medo de perder o que já era tão bom, talvez por orgulho. Contudo, essa segurança foi abalada num dia inesperado.

Era uma tarde tranquila no centro de treinos do clube, quando Marc estava a sair do balneário após mais um treino puxado. Ao passar pelo cacifo de um dos seus colegas, reparou numa conversa que lhe chamou a atenção, um dos médios da equipa, estava a falar com outro jogador, rindo enquanto mencionava algo sobre flores que tinha enviado. O nome de Sn surgiu no meio da conversa.

Marc parou imediatamente, o coração a bater mais rápido. Flores para Sn? A sua mente começou a trabalhar a mil à hora. A ideia de outro jogador se aproximar de Sn, especialmente alguém da equipa, deixou-o num turbilhão de emoções que ele não soube bem como controlar. Um misto de ciúmes e possessividade começou a crescer dentro dele.

Sem pensar duas vezes, Marc saiu rapidamente do balneário e pegou no telemóvel. Mandou uma mensagem curta para Sn: "Preciso de falar contigo. Agora."

Sn, sempre atenta às mensagens de Marc, respondeu em poucos minutos, dizendo que estava em casa e que ele podia passar por lá.

Ao chegar à casa dela, Marc foi direto ao ponto. Com o olhar tenso e a voz séria, perguntou:

— Recebeste flores?

Sn, um pouco surpreendida pela pergunta, sorriu ligeiramente.

— Recebi, sim. Foi uma surpresa engraçada — disse ela, sem dar grande importância.

Marc sentiu o sangue a ferver nas veias. A ideia de Sn a sorrir com um gesto de outro homem, especialmente um dos seus colegas de equipa, mexia com ele de uma maneira que ele não sabia descrever.

— De quem? — insistiu ele, sem conseguir esconder o tom de ciúmes na voz.

Sn, percebendo o desconforto dele, cruzou os braços e olhou-o nos olhos, avaliando a situação.

— De um colega teu. Mas o que interessa? Não tem nada de mais, Marc. São só flores.

Ele respirou fundo, tentando manter a calma, mas o ciúme era visível no seu rosto. De repente, sem pensar duas vezes, aproximou-se de Sn, segurando-a pela cintura e olhando-a com intensidade.

— Eu não gosto de joguinhos, Sn. E não quero mais dúvidas sobre nós — disse, a voz baixa, mas firme. — A partir de agora, és minha. Oficialmente.

Sn, apanhada de surpresa, olhou para ele com uma mistura de choque e divertimento.

— Tua? — perguntou ela, desafiando-o com um sorriso atrevido.

Marc assentiu, sem quebrar o contacto visual.

— Minha. Só minha.

Sn riu-se levemente, levantando uma sobrancelha.

— Isso soa um pouco possessivo, não achas?

— Talvez. Mas já não consigo mais ver-te a receber flores de outro homem. Não sou feito para partilhar o que é meu.

Ela abanou a cabeça, ainda a rir-se, mas no fundo sentiu o coração a aquecer. A verdade é que ela também queria que as coisas fossem claras entre eles há algum tempo, mas esperou que fosse ele a dar o primeiro passo. Agora que o momento tinha chegado, a intensidade de Marc apenas confirmava o que ela já sabia: ele sentia o mesmo.

— Está bem — disse ela, finalmente. — Vamos oficializar.

Marc sorriu, aliviado e, ao mesmo tempo, orgulhoso. Aquele gesto, talvez um pouco ciumento e possessivo, tinha-lhe permitido finalmente garantir o que ele sempre quis, mesmo que até há pouco tempo não o quisesse admitir.

— E, já agora — acrescentou Sn, com um brilho nos olhos —, as flores eram só para ser simpáticas. Ele sabe bem que eu não sou de ninguém... a não ser tua, claro.

Marc sorriu de volta, puxando-a para um beijo

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