Treze

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Hinata
Já são quase uma da manhã e nada do Naruto chegar, ele nunca fez isso antes, mesmo antes da gente começar a..., bem, antes da gente começar com o nosso, o que nós temos, o fato é que ele nunca ficou tão tarde assim na rua em dia de semana. Durante todo esse tempo eu estive em seu quarto o esperando, pra gente ficar juntinhos, ou mesmo apenas dormir abraçados, mas a cada segundo que passa eu fico mais ansiosa, eu estou preocupada.
Levantei da cama dele, e sai de fininho no corredor, fui até a cozinha e bebi água, suspirei, liguei pra o celular dele e apenas chamava e caía na caixa postal.
Já chega! Meu pai precisa saber disso.
Fui até o quarto dos meus pais e bati na porta, poucos segundo depois minha mãe apareceu.
— Hina, está acordada a essa hora, o que aconteceu? - minha mãe perguntou sonolenta.
— Mãe eu passei em frente ao quarto do Naruto e a porta estava aberta, aí percebi que o mesmo ainda não voltou da rua, não acha estranho? Ele nunca fez isso antes. - tentei disfarçar, demonstrando apenas um pouco da minha preocupação.
— Hina, por mais que o Naruto seja um bom rapaz, ele é homem, ha essas horas ele deve estar com alguém. - ela disse sorrindo e já ia voltar pra cama, quando de repente meu celular começou a tocar e suspirei aliviada ao ver que era o número do Naruto.
— Alô! - disse disfarçando o meu sorriso bobo no telefone para a minha mãe não desconfiar.
— Alô, eu achei esse celular no chão, ao lado de um rapaz desmaiado, ele está todo machucado e ensanguentado, já chamei o socorro e uma ambulância está vindo. - congelei ouvindo todas as palavras que a voz desconhecida dizia do outro lado do telefone.
— MÃE! PAI MINATO!- gritei ainda no corredor, os dois se assustaram e correram ao meu encontro.
— O que aconteceu Hina? - meu padrasto perguntou preocupado e eu relatei tudo o que ouvi e passei o telefone pra ele.
A pessoa passou a localização para o pai Minato, rapidamente nós trocamos de roupa, e fomos para o local, mas ao chegar lá, só encontramos a pessoa que o encontrou caído, era um senhor de meia idade, que alegou tê-lo visto de longe e ao se aproximar o encontrou desacordado, e o celular ao lado dele.
— Então não foi assalto, pois não levaram o celular dele. - minha mãe disse pensativa enquanto meu pai dirigia desgovernado em direção ao hospital.
— Não foi mesmo, pois a porta do carro dele estava aberta e lá tinha carteira com documentos e até dinheiro, nada foi roubado. - Minato diz com raiva.
Ao chegarmos no hospital Minato foi na recepção levar a carteira com os documentos do Naruto e dar a entrada oficial, e eu e minha mãe corremos para a emergência, depois de um tempo aguardando na recepção, uma enfermeira aparece.
— Vocês são os parentes do Naruto? - nos perguntou seriamente.
— Sim! Como está o meu filho? - Minato perguntou desesperado.
— Ele está sedado indusivamente, por causa dos medicamentos e só acordará amanhã, mas ele não corre nenhum de risco de vida. - a enfermeira nos explica, e eu chego até a chorar de tanto alívio.
— Ah graças a Deus! - minha mãe diz e faz o sinal da cruz.
— Porém ele está muito machucado, e ficará pelos menos uns três dias em observação no hospital. - a enfermeira reforça e nós concordamos, depois ela se retira e ficamos apenas os três conversando na sala de espera.
— Se eu pego os desgraçados que fizeram isso com meu filho, eu juro que chego até a matar. - meu pai diz vermelho de raiva.
— Como assim desgraçados no plural amor? Nem sabemos ainda quem fez isso com ele. - minha mãe comenta e meu pai balança a cabeça.
— O Naruto é faixa preta, e ainda professor de artes marciais, acha mesmo que um qualquer no meio da rua ia causar esse estrago nele? No mínimo tinha mais de três pessoas. - o que meu pai diz faz todo o sentido, até parece vingança, mas o Naruto não tem inimigos aqui, ele não arrumou confusão com ninguém apenas com o....
— O Toneri, só pode ter sido ele. - digo com raiva.
— Filha você não pode sair acusando as pessoas sem provas. - minha mãe me adverte.
— O Naruto não tem treta com ninguém daqui mãe, pelo contrário, ele se dá bem com todo mundo, a única confusão que ele arrumou aqui depois que chegou foi com o Toneri. - digo já sentindo as lágrimas caindo ardentemente pelo meu rosto.
— Se foi isso mesmo o que aconteceu eu mato aquele garoto! -pai Minato disse com raiva e saiu meio surtado pelo corredor, com minha mãe atrás dele, tentando acalma-lo.
Eu me sentei na cadeira, e pela primeira vez na noite, me permiti relaxar, o Naruto estava mal, mas pelo o que a enfermeira disse logo pela manhã ele estaria acordado.
Assim que minha mãe e meu padrasto voltaram, eu disse pra eles que ficaria com o Naruto, já que eles precisariam acordar no cedo no dia seguinte para trabalhar.
— Tem certeza filha? - Minato perguntou mais calmo e bebendo um copo de água.
— Sim, ele só vai acordar amanhã, e vocês todos estaremos aqui quando ele acordar. - eu disse sorrindo, a real é que ninguém me tiraria de perto dele nesse momento.
— Tudo bem meu amor, te amo. - meu padrasto disse e me deu um beijo na testa.
— Tchau filha! Até amanhã! - minha mãe também se despediu.
Eu entrei na enfermaria, e o olhei, foi impossível não chorar, ele estava todo machucado, e pelas raladuras e manchas roxas, era visível que ele não foi ferido apenas com golpes manuais, os covardes que fizeram isso com ele, com certeza estavam com algum tipo de objetos nas mãos.
Ainda chorando eu me aproximei dele e lhe dei um selinho casto nos lábios.
— Eu te amo muito Naruto, me corta o coração te ver assim, mas saiba que estarei aqui ao seu lado, e não irei deixá-lo sozinho.
— Hinaaaa. - ele sussurrou dormindo, e eu mesmo acabada o meu coração palpita, a nossa ligação é muito forte, é coisa que vai além da vida.
Eu amo muito ele, e sei que ele também me ama.
Me sentei ao lado do leito dele, e fiquei ali zelando o seu sono.

Desejo Incontrolável - Naruhina Onde histórias criam vida. Descubra agora