Quatorze

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Naruto
Quando sai do carro, percebi que era o cretino do Toneri, com mais três caras, o covarde não aguentou me enfrentar no mano a mano e foi buscar reforços. Sem mais nem menos ele já foi vindo pra cima de mim e outros caras também, mas se pensaram que eu ia apenas apanhar sem resistir, pensaram errado, deferi vários golpes, eu usei mesmo o meu conhecimento, desviei de mais alguns, o que eu mais me liguei foi no cara com a barra de ferro, desse eu me desvencilhei o máximo possível, e se esses imbecis achavam que ia só me bater e sair ilesos se enganaram redondamente, pois estão todos com olhos roxos, costelas ferradas, e escorrendo sangue do nariz e da boca.
— Toma aqui seu desgraçado! - senti um golpe na minha nuca, o cavarde do Toneri me atacou por trás, e com isso eu caí, e aí foi a deixa para eles me encherem de pancadas.
— Tu não tem noção do quanto eu te odeio! Por sua causa eu perdi a Hina! E daí que eu tava sendo bruto com ela? Depois eu mandava um presente e ela me desculpava, mas não, tu tinha que aparecer e fazer escândalo. - ele dizia enquanto me chutava e me enchia de pauladas. — Eu queria romper com aquele selinho dela, se algum dia eu fosse largar dela, seria só depois que eu tirasse a virgindade dela.
Nesse momento meu telefone começou a tocar, mas eu nem tive forças pra ver quem era.
— Ai vamos vazar daqui! - um dos caras disse. — Já deram falta do cara, olha aí o telefone tocando.
— Já é, que eu não quero confusão. - outra voz se pronunciou.
— Eu ainda quero arrancar mais sangue desse infeliz. - o desgraçado do Toneri disse.
— Pois fica aí e te resolve com a polícia, eu tô vazando. - ouço passos deles se afastando.
— Deu sorte idiota, eu sei que você tá comendo a Hinata, te segui e vi vocês dois dentro do carro no dia da festa. - ele sussurrou no meu ouvido. — Eu vou te matar seu doente desgraçado, comedor de irmã, tu ainda vai morrer e eu vou ter a Hina de novo só pra mim, e se você contar disso pra alguém eu conto tudo sobre vocês dois.
Depois de uns minutos em que não recordo se fiquei dormindo ou acordado, escutei novamente meu telefone tocando, me dei conta de que estava sozinho e com muita relutância estiquei meu braço e consegui puxar o celular, e mesmo todo quebrado, eu sorri ao ver que era a Hina que estava me ligando todo esse tempo, ela quem me salvou de quase morrer espancado por esses caras, e foi ainda com um sorriso no rosto que eu vi tudo escurecer.
(....)
Acordei meio desnorteado, olhei ao meu redor e percebi que estava em um leito de hospital, passei meus olhos pelo cômodo e vi as paredes branca e sem vida, todo aquele cheiro de remédio e álcool que só nos hospitais tem, e mais ao lado, sentada toda encolhidinha em uma poltrona ao lado da minha cama estava ela, toda linda e fofinha dormindo.
A Hina é linda e perfeita! Ela é maravilhosa de todas as maneiras possíveis.
Senti um calor no coração e o mesmo começou a palpitar no instante em que a vi.
— Oi meu amor! - sussurrei sorrindo e ela abriu os olhos, e assim que me viu começou a sorrir e chorar e já veio pra cima de mim, e me abraçou.
— Meu amor, meu príncipe, você não sabe o quanto eu me desesperei, fiquei arrasada, preocupada, e quase morri quando fiquei sabendo do que fizeram com você. - ela disse soluçando com a cabeça encostada no meu peito. — Eu te amo Naruto, eu te amo muito, não sei viver sem você não.
— Eu também te amo princesa! Fica tranquila que eu tô bem, não aconteceu nada de mais grave comigo não, e os infelizes também tiveram o deles, eu quebrei eles na pancada também. - eu disse e ela levantou a cabeça.
— Foi ele né? Foi o Toneri. - ela disse e eu concordei.
— Ele sabe tudo sobre a gente, e disse que se eu contar que foi ele, vai nos entregar. - falei e ela arregalou os olhos. — Por isso eu vou dizer que não vi quem fez isso comigo, não posso arriscar a gente dessa maneira, e depois eu vejo o que fazer.
— Eu odeio o Toneri, ele conseguiu, eu o odeio com todas as minhas forças. - ela disse chorando e eu a abracei.
— Fica calma amor, a gente tá junto e é o que importa, esse imbecilidade do Toneri não vai conseguir te tirar de mim. - falei e ela me deu um selinho.
Nesse instante a porta abriu e ela deu um pulo pra trás, a enfermeira nos deu bom dia e começou a tirar minha temperatura.
Pouco tempo depois, chegou o médico e começou a me examinar, dizendo que eu estava liberado pra ir pra casa, mas que deveria ficar em repouso absoluto por uma semana, e eu concordei.
Meu pai e a Kushina assim que chegaram já ficaram felizes em saber que eu estava tendo alta, e então depois que eu assinei os papéis fui liberado pra ir pra casa.
— Nossa será que não tinha ninguém na rua, não é possível que um rapaz é espancado dessa maneira e ninguém vê nada. - meu pai dizia incrédulo quando veio me ajudando a subir as escadas. — Você não lembra de nada mesmo filho?
— Só de sentir que alguém me atacou por trás. - respondi olhando pra Hina, que ficou triste.
— Muito covardia, atacar um rapaz por trás. - Kushina disse inconformada.
— Pronto filhão, agora você fica aí e descansa. - meu pai me ajudou a deitar na minha cama e eu agradeci.
— Hina cuida bem do seu irmão, eu já deixei uma sopa pronta na geladeira, depois você esquenta e dá pra ele. - Kushina disse toda cuidadosa.
— Pode deixar mãe, Bom trabalho pra vocês. - Hina dá um beijo nos dois e os mesmo se retiram.
Depois de um tempo ela diz que vai lá embaixo trancar as portas e eu aproveito pra tomar um banho e visto apenas uma samba canção, me olho no espelho e vejo que tenho alguns hematomas no corpo todo, e estou com um olho roxo e um corte já costurado em cima da sobrancelha, os imbecis realmente fizeram um estrago em mim.
— O que você está fazendo fora da cama? - Hina disse entrando no quarto com um copo de suco na mão.
Eu me deitei e fiquei observando o biquinho lindo que ela faz quando está zangada.
— Fui só tomar um banho amor, eu já tô deitando de novo. - expliquei logo pra ela.
— Tá bom, toma aqui esse suco. - ela me deu e eu tomei, depois veio e se aconchegou ao meu lado.
— Eu senti tanto medo de te perder, eu te amo demais. - assim que ela disse isso eu fiquei todo derretido.
— Eu também te amo muito Hina.
(....)
O que a Hina prometeu pra mãe dela, está sendo mesmo cumprido. E agora estou aqui recebendo colheradas de sopa na minha boca por ela, a minha enfermeira gostosa.
Ouvimos a porta bater e meu pai entrou sorrindo.
— Muito bem! Estou gostando de ver, a Hina cuidando do irmão, tá vendo só amor? - meu pai disse olhando todo orgulhoso pra Hina.
— Tô sim, ela não sai mais desse quarto, eles estão muito fofinhos hoje. - a Kushina disse sorrindo.
— Deixa de coisa se não eu não cuido mais dele. - a Hina disse sorrindo, é muito marrenta mesmo.
— Tava demorando pra surtar. - a Kushina disse e todo mundo começou a sorrir, até que escutamos a campainha tocar.
Kushina desceu pra atender e meu pai ficou no quarto querendo saber como eu tava, se a Hina cuidou mesmo de mim, ou apenas piorou a situação, o que me fez dar risada e a Hina revirar os olhos irritada.
— Ele cuidou bem de mim sim pai, pode ficar tranquilo, inclusive foi uma boa companhia. - respondi pra ele.
— Naruto você tem visita. - Kushina disse e logo deu espaço na porta pra o Lee e o Sasuke passar.
— E aí cara! Matando os outros de susto. - Sasuke disse sorrindo e se aproximou de mim fazendo o toque de mão, e a mesma coisa fez o Lee depois dele.
— E aí irmão! Oi Hina! - o Lee disse piscando o olho pra Hina, e eu suspirei fundo pra não quebrar a cara dele e me meter em outra briga por causa dela.
— E aí Lee! - Hina disse toda tranquila e saiu do quarto com o prato vazio, ela nem faz ideia das safadezas que ele diz com ela, e depois disso meu pai meu pai e a Kushina também se retiraram e eu fiquei sozinho com meus amigos.
— Porra fala bem de mim pra ela, agora que o Toneri saiu de cena e o caminho está livre, quem sabe eu não possa ter uma chance? - ele disse com os olhos esperançosos e pela segunda vez no intervalo de cinco eu quis socar a cara dele.
— Cara vou tentar. - eu disse disfarçando.
— Mano eu nem acredito que o idiota do Toneri ia ter mesmo coragem de agarrar a Hina a força. - Sasuke disse com cara de nojo.
— Com certeza! Os caras estão todos com raiva dele. - Lee reforçou.
— Mano será que não foi ele que fez isso com você? - Sasuke perguntou pensativo.
— Se foi, ele é pior do que eu imaginava. - o Lee disse irritado.
— Digo o mesmo. - reforçou o Sasuke.
— Não mano, eu não vi quem fez isso comigo, os cavardes me atacaram por trás. - respondi irritado, por hora o desgraçado do Toneri estava conseguindo o que queria, mas a Hinata é minha e isso ele não vai conseguir mudar.
— Isso é que é foda! - Sasuke disse.
— Ele tá muito diferente, ninguém já não queria mais andar com ele, e ainda mais depois daquela idiotice no dia da festa. - Lee disse com raiva. — Se você não tivesse quebrado a cara dele eu mesmo faria, não suporto homem que força mulheres.
— Faz tempos que ele está andando com uma galera barra pesada de uma gangue, uns caras que só andam com barras de ferro, por isso que a gente pensou que pudesse ter sido ele, mas se você não viu quem foi não tem como acusar né? - Sasuke disse e eu concordei.
— É bom você evitar o Toneri e esses caras, você não vai querer conhecer eles. - Lee disse e eu sorri, na verdade eu já conhecia bem esses otarios.
— Tu não tá vendo o cara sorrindo idiota? - Sasuke falou com deboche. — Esse cara é faixa preta, acha que ele vai ter medo do bosta do Toneri. - ele disse e eu gargalhei.
— Mas se me pegarem desprevenido eu não posso fazer nada, olha aqui o resultado. - expliquei e eles concordaram.
— Verdade! Mas vai dar tudo certo irmão, logo logo você vai descobrir quem foram esses covardes que te atacaram por trás. - Sasuke disse.
— Até porque só pro trás mesmo, que alguém ia conseguir derrubar esse cara. - Lee disse e nós ficamos sorrindo.
Por mais  uns instantes nós ficamos, conversando, eles são bem legais quando não estão falando que a Hina é gostosa, e não estão querendo dar em cima dela, se bem que o Sasuke, agora está na dele depois que começou a pegar a Sakura, amiga da Hina, menos mal, menos um pra ficar babando na minha garota.
Depois de um tempo eles foram embora, e eu cochilei pois realmente estava cansado.
Acordei mais tarde sentindo a pele macia da Hina e o seu cheirinho bom de morango, olhei pro relógio e vi que já passava da meia noite.
— Mamãe e papai já foram deitar, eu tranquei a porta. - ela me disse e me deu um beijinho, encostou a cabeça no meu ombro e eu fiquei fazendo carinho no cabelo dela.
— Eu te amo Hina!
— Eu também te amo. - disse já fechando os olhos, e eu pude finalmente relaxar da  melhor maneira da vida.
Com minha princesinha em meus braços.
(...)
Duas semanas depois

Mais uma semana se passou e a notícia da morte do Toneri pegou todos de surpresa, ele devia dinheiro para alguns colegas de uma gangue rival, houve uma batalha sangrenta resultando na morte de vários integrantes, inclusive na dele.
Era o que todos comentavam lá na academia, sim, eu já voltei a trabalhar, pois já estou praticamente recuperado de tudo.
Assim que terminei o trabalho fui correndo pra casa, eu e a Hina estamos nos dando maravilhosamente bem, e eu sempre volto ansioso pra agarrar ela que a essa hora também já chegou do cursinho.
Assim que entro em casa começo a escutar vozes vindo da cozinha.
— Acho que não tem problema você ficar instalada no quarto dele não é amor? - meu pai pergunta.
— Não, claro que não! Ele já deve estar chegando! - meu pai e a Kushina estão falando sobre mim. — Ah olha ele aí! Naruto você tem visita.
Por pouco minha alma não sai do corpo, sentados na mesa estão meu pai, Kushina, Hina que está me fuzilando com os olhos, e Shion que se vira, vem em minha direção e me da um tapa que faz o meu rosto todo arder, o que faz todos se assustarem , até mesmo a Hina.
— Você não achou que ia terminar comigo por telefone e ia ficar por isso mesmo né?

Desejo Incontrolável - Naruhina Onde histórias criam vida. Descubra agora