Capítulo 11

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[Penúltimo]

O mundo do bebê Jimin era ainda uma colcha de retalhos de memórias confusas, de toques e de cheiros que ele não sabia decifrar.

Lembrava-se do calor, do cheiro doce de leite e do bater de um coração contra seu ouvido enquanto seus olhinhos cansados, quase sempre entreabertos, encontravam uma figura suave e próxima.

Era aquela mulher que o amamentava, sem palavras, com uma presença tão familiar que ele se sentia no seu próprio lugar quando estava em seus braços.

Mas, naquele dia, tudo parecia diferente. Ele não sabia que seria o último dia em que sentiria o aconchego de sua mãe, a última vez que ouviria as batidas de seu coração.

Os murmúrios preenchiam o ar com um tom grave, e o bebê Jimin, com apenas dois anos, segurava um brinquedinho de madeira enquanto observava confuso as figuras altas em trajes escuros e longos.

Não entendia por que o pegavam no colo com uma certa reverência.

Logo, aqueles homens desconhecidos o ergueram em direção ao céu, e Jimin fica com medo, então ele estendeu os bracinhos para a figura da mulher que o alimentava, esperando que ela o alcançasse e o envolvesse de novo naquele calor tão certo e constante.

Mas ela não fez, apenas ficou para trás, junto ao homem que às vezes também o embalava.

Ele viu quando ambos caíram de joelhos, os olhos vermelhos, o rosto molhado por lágrimas silenciosas.

— Adeus, filho querido, que os céus o tenha. — Pela primeira vez o pequeno ouviu a voz da mulher.

Ela nunca pôde demonstrar amor ao bebê, porque ele nunca seria dela, e o bebê também teria que entender isso.

Ele não compreendia aquelas lágrimas.

O que significavam?

Por que eles não se aproximavam para pegá-lo de volta?

Jimin, ainda nos braços do sacerdote, virou a cabecinha para olhar uma última vez. A mulher e o homem que o alimentavam estavam de cabeça baixa, as mãos unidas como se implorassem.

Os sacerdotes seguiram em frente com ele nos braços, e o pequeno Jimin, confuso, apertou com força o brinquedo de madeira, enquanto o som do choro contido se dissipava na distância.

Naquele momento, o mundo lhe parecia vasto e solitário, mas ele ainda não sabia que estava destinado a algo maior, um destino tão sagrado que o distanciaria de qualquer vínculo terreno — até que ele encontrasse um caminho de volta a algo que o fizesse sentir, finalmente, o calor de um lar.

Os primeiros dias no convento foram um misto de estranheza e descoberta para o pequeno Jimin, ainda agarrado ao seu cavalinho de madeira, um brinquedo simples mas precioso.

Vestido apenas com sua fralda de pano e pequenos chinelos de bambu que faziam um som suave ao tocar o chão de pedra, ele caminhava curioso pelos corredores amplos e silenciosos.

Não havia outras crianças ao redor — ele era o único ômega nascido naquela década, tornando-se um símbolo raro e precioso para a comunidade.

Nos primeiros dias, as senhoras ômegas mais velhas o observavam com um misto de fascinação e ternura, cuidando para que ele nunca se machucasse. Ele, no entanto, era incansável.

Corria pelo pátio, tocava o sino em horários aleatórios, espiava as janelas e as portas, curioso sobre o mundo que parecia tão vasto e misterioso.

As senhoras suspiravam, abanando a cabeça enquanto ele explorava todos os cantos que podia alcançar.

Sob o véu Santo. Onde histórias criam vida. Descubra agora