Prólogo.

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No silêncio reverente do convento, onde a luz suave filtra-se através das janelas altas, um sussurro se ergue entre os muros sagrados.

Neste mundo, os ômegas não são meramente seres; são a própria essência da pureza e do milagre, por serem extremamente raros, a cada uma década, o mundo é agraciado por cinco ômegas apenas.

Desde o primeiro choro que ecoa ao nascer, são considerados portadores de um dom raro e precioso. Neles reside a possibilidade de gerar vida, um mistério reverenciado e temido, um fardo e uma bênção.

Assim que vêm ao mundo, são separados de suas famílias, para viver no convento, como flores delicadas arrancadas de seus jardins, para florescerem em um local onde o conhecimento e a devoção se entrelaçam.

No convento, os ômegas tornam-se estudiosos da filosofia, matemática e história, suas mentes brilhando como estrelas na vastidão da escuridão.

A sabedoria flui de seus lábios como água pura de uma fonte, e muitos vêm de longe em busca de conselhos, orações e milagres.

São venerados e adorados, os rostos ocultos atrás de véus, pois sua beleza é um crime; expô-los enquanto vivem sob o solo do convento, é uma ofensa à divindade que habitam.

Culturalmente, a crença se alicerça em que, se um ômega aceita compartilhar sua sabedoria, deve-se ouvir apenas ele, nenhum outro ômega depois.

Cada encontro é uma bênção, e aqueles que têm a sorte de se sentar à sombra de um ômega sentem-se agraciados pela luz que emana dele.

Mas a jornada de um ômega não é simples: ele só pode deixar o convento e tirar o véu do rosto, sob duas condições sagradas:

A primeira, quando o ômega na maioridade escolhe seu alfa, e bendito seja este alfa, como gratidão por ter sido escolhido por um ômega, este alfa deve servi-lo por toda sua vida como um servo, e ser completamente devoto ao ômega.

Um vínculo eterno, selado pela divindade do ômega, onde amor e devoção se entrelaçam em um destino compartilhado.

A segunda, é quando no ômega existe um desejo ardente de realizar um milagre, impulsionando-o a agir e criar com as próprias mãos, desafiando as limitações impostas por sua natureza sagrada.

E assim, enquanto a vida pulsa fora das paredes do convento, dentro delas, o mundo gira lentamente.

Cada ômega aguarda o momento de brilhar, de tocar a vida de alguém, ou de fazer um milagre que mudará o destino de todos.

Sob o véu Santo. Onde histórias criam vida. Descubra agora