A propriedade que Edward citara era realmente discreta, uma pequena casa, luxuosa o suficiente para um homem solteiro, mas certamente pequena para um casal ou família em South Kensington. Por sorte, apesar de ainda próxima das residências nobres, o local era longe e discreto o suficiente para uma jovem noiva arruinada não fosse notada com o objeto de sua ruína. A casa, de fachada estreita, erguia-se em três andares de tijolos avermelhados suavemente desbotados pelo tempo, com janelas emolduradas por delicados detalhes de ferro forjado. Uma porta pintada de verde escuro, com uma discreta aldrava de bronze, dava as boas-vindas de maneira silenciosa, quase imperceptível, para quem passasse apressado pela calçada de pedra. Um pequeno jardim frontal, emoldurado por uma grade baixa de ferro, abrigava roseiras de tons suaves e uma hera que subia por um dos lados da fachada, como se camuflasse a propriedade entre as outras.
Ao entrar, Charlotte foi recebida por um vestíbulo modesto, mas cuidadosamente decorado. O chão, de madeira polida, emitia um brilho cálido sob a luz suave das lâmpadas a gás, estrategicamente posicionadas para evitar qualquer ofuscamento direto. Um espelho de moldura dourada pendia sobre uma pequena mesa de carvalho, onde um único vaso de lírios brancos contrastava com o ambiente acolhedor, mas sem excessos. O aroma de cera de abelha e o leve perfume das flores pareciam um convite à quietude e ao segredo.
Antes que ela pudesse reparar em mais detalhes, Edward, que a tinha tomado pela mão desde a mansão dos Beaumont girou-a para si, tomando os lábios da garota com força, ele estava sedento, e ela pode sentir o corpo dele quente junto ao seu, o que a fazia ficar de pernas bambas, além disso, ela podia sentir o desejo dele, pulsando, duro, desesperado por ela.
Quando ele a deitou no sofá de tons azuis como os olhos dela, Charlotte sentiu um arrepio correr por todo o corpo, ela sabia o que estava por vir, pelo menos na teoria.
— Edward, eu nunca.... — ela se interrompeu enquando ele carinhosamente deslizava as saias do vestido para cima e acariciava e beijava suas pernas, ela sentia algo dentro de si explodir cada vez que os lábios dele encostavam em sua pele.
— Eu sei. Vai ficar tudo bem. Eu não farei nada que você não queira, mas preciso confessar que eu te quero muito. — a voz dele saia num sussurro rouco e sensual e ela tomou os lábios dele.
Enquanto suas bocas e línguas dançavam em um beijo intenso, Charlotte jogou o colete de Edward longe, ela queria senti-lo, queria o calor do seu corpo, queria sentir seus músculos nas mãos. Ele por sua vez, desabotoou o corset do vestido dela, deslizando o vestido para baixo, exibindo a camisola e seus mamilos excitados demarcando o tecido.
— Charlotte, — sussurrou ele, em um tom quase reverente, — você é mais deslumbrante do que eu jamais poderia imaginar.
Ela sentiu as bochechas arderem com o elogio, mas não havia como negar o que estava acontecendo ali. Aquela era a entrega que, em algum lugar de seus sonhos, ela sempre quis, mesmo que temesse confessar a si mesma. Os dedos de Edward seguiram o contorno do decote da camisola, traçando o caminho com uma lentidão torturante, enquanto ele se inclinava, cobrindo cada centímetro exposto de pele com beijos ardentes e suaves. Até que por fim, ele retirou a camisola e abocanhou com delicadeza os seios expostos, sugando, passando a língua, se deliciando, e a cada vez que o hálito e a lingua quente de Edward encostavam em seus mamilos, Charlotte arfava e se contorcia num prazer que ela jamais imaginara ser possível de sentir. Cada sensação intensificada, cada toque de Edward, fazia Charlotte se perder um pouco mais naquilo que tinha tão ferozmente negado a si mesma. Ele a segurava com um misto de paixão e reverência, suas mãos e lábios explorando-a com uma paciência que só fazia aumentar o desejo que os consumia.
Charlotte cedeu ao momento, seus dedos deslizando pela pele quente das costas de Edward, sentindo cada músculo tenso sob o toque, ela desabotoou a camisa expondo o corpo perfeito e musculoso dele, que naquele momento era dela, ele era completamente dela. Com um pouco de coragem ela abriu os botões da calça e as roupas íntimas, libertando o desejo dele. Ele a envolveu ainda mais, até que estavam tão próximos que o próprio ar entre eles parecia rarefeito, saturado com a eletricidade que o desejo cria.
Edward a deitou com todo o cuidado, os lábios dele percorrendo o caminho de sua pele arrepiada até parar em seu rosto, enquanto seus olhos não desviavam dos dela. Charlotte sabia que aquele instante mudaria tudo, que atravessar aquela linha era como cruzar um limiar sem retorno. Mas também sabia que, ao lado dele, ali, naquele momento, não havia lugar para dúvidas.
— Charlotte — Edward sussurrou, como se cada sílaba fosse uma promessa, um juramento. — Não há volta, sabe disso, não é?
— Eu quero você Edward! — ela arqueou o corpo para senti-lo, não sabia exatamente o que estava fazendo, mas ela tinha urgência, e quando sentiu ele próximo a entrada úmida entre suas pernas, ela sentiu uma urgência jamais imaginada.
— Lottie, isso pode doer um pouquinho. — ele roçava entre as pernas dela seu membro duro, sentindo-a úmida, desejando por ele.
Ele interrompeu a frase, como se finalmente compreendesse que o desejo era tão insuportável para ela quanto para ele. Edward estava à beira da autocontenção, sabendo que cada segundo que passava sem tomá-la por completo era uma tortura autoimposta, mas ao mesmo tempo, queria assegurar-se de que ela tivesse a liberdade de recuar se quisesse.
— Você me deixa louco — sussurrou, os lábios roçando o pescoço dela, enquanto suas mãos exploravam com ternura as curvas expostas. — Mas se eu tiver que esperar uma vida para que me tenha da mesma forma, eu o farei.
— Por favor....por favor Edward me faça sua...
Charlotte apertou os ombros dele, os olhos brilhando de uma maneira que mesclava paixão e um pouco de medo. Aquele desejo que se transformava em uma fome irresistível entre eles queimava qualquer vestígio de resistência. Ela se entregou ao momento, sem mais palavras, apenas o corpo junto ao dele, como se cada toque fosse uma confissão secreta.
Ele entrou nela com lentidão, como se reverenciasse o momento, a intensidade do contato os elevando a um novo nível de intimidade. Cada movimento era uma troca, uma dança sem passos planejados, onde o corpo de Charlotte respondia ao dele com a mesma urgência e intensidade. Os sussurros abafados e os murmúrios de Edward preenchiam o silêncio da sala, os corpos entrelaçados criando um ritmo próprio, como se todo o universo tivesse se resumido àquele instante, àquela fusão.
Quando finalmente cederam ao êxtase do momento, o tempo parecia suspenso, e Charlotte sentiu-se ao mesmo tempo perdida e encontrada. No fundo de sua mente, uma pequena voz ainda tentava recordar-lhe das consequências, da ruína, mas ali, nos braços de Edward, tudo o que importava era o calor e o conforto de estar com ele.
Ele a segurou contra o peito, deslizando os dedos pelos cabelos dela em um gesto de pura devoção, como se já soubesse o que aquilo significava. Charlotte fechou os olhos, deixando-se envolver pelo aroma dele, pelo som do coração batendo contra o seu rosto. Sabia que, quando aquele momento passasse, enfrentaria uma nova batalha, mas, por ora, desejava apenas permanecer ali, onde não havia julgamento ou escândalo — apenas o sentimento avassalador e profundo que sentia por ele.
— Isso foi maravilhoso. Eu realmente não esperava que fosse tão bom. É sempre assim? — ela perguntou enquanto ele observava seus longos cabelos loiros ondulados bagunçados, mesmo levemente desgrenhada, ela permanecia perfeita.
— Nem sempre, parece que isso é exclusivo com você. — Edward beijou-a na testa, o que fez a jovem corar. — Entretanto, apesar de eu querer ficar aqui e fazer amor com você pelo resto do dia, da noite, da semana, nós temos algo importante para resolver.
Charlotte suspirou profundamente, havia se esquecido do problema que estava metida, e agora mais do nunca provocaria um escândalo.
— Meu casamento com Pet....
— Não! — interrompeu ele de forma seca — seu casamento comigo!

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Para sempre seu Duque
RomanceCharlotte Lancaster, nunca se considerou uma mulher bonita, sendo muito mais curvilínea e rechonchuda que as outras mulheres, nunca houve um pedido de sua mão em casamento. Após o casamento de sua melhor amiga com um Marquês, ela está segura que seu...