Luna

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rodo meu corpo na cadeira giratória de Vincent ainda esperando por ele para poder informá-lo que já tenho algumas opções de possíveis lugares onde as drogas podem estarem sendo fabricadas.

estamos no fim do expediente já, praticamente todos foram embora da agência, ficou somente eu e Vincent, mais alguns funcionários de limpeza, ainda não tinha chegado ninguém do próximo turno.

ele foi trocar de camisa e pegar sua bolsa, mas isso já faz 5 minutos
e eu quero ir embora, estou com tanta dor de cabeça que sinto que posso explodir a qualquer momento.

me levanto e caminho pelo longo corredor da agência até chegar no vestiário masculino, não ouço barulho algum vindo de dentro, então bato na porta duas vezes para chamar a atenção do homem.

- Vincent? - chamo logo após bater e aproximo minha orelha da porta de madeira para escutar caso ele me responda, mas sem sucesso.

estranho a situação e abro a porta com cuidado, olhando em volta e vendo que não tem ninguém aqui.

de repente Vincent aparece saindo de dentro da porta dos chuveiros, vestindo apenas uma toalha na sua cintura, com os cabelos loiros molhados.

ele revela todos os seus músculos perfeitamente desenhados, junto com suas variáveis tatuagens e leva um pequeno susto ao me ver mas age normalmente.

- eu demorei muito? - ele pergunta e eu entro em pânico.

eu não posso ficar aqui, eu preciso ir embora, não sei se vou conseguir vê-lo dessa forma e não relembrar dos meus sonhos no coma.

sinto meu pulmão não conseguir puxar o ar e começo a me desesperar, sacudindo de leve minha mão.

pisco meu olho a procura de ar no ambiente mas parece não haver mais.

meu corpo formiga e eu me viro em direção a porta, andando desengonçada em sua direção, para sair logo daqui.

meu braço é agarrado e puxado de volta, meu corpo colide com o de Vincent, e ele me segura com força, me olhando nos olhos parecendo preocupado.

- o que você tem? - pergunta encarando minha face, que queima de vergonha pela situação.

- eu não posso ficar aqui. - falo sem conseguir respirar mais uma vez.

- pode sim, não é só para homens esse lugar. - ele me informa.

- eu não posso ficar aqui com você! - afirmo.

- Luna, eu respeito você, jamais faria qualquer coisa. - ele me acalma e eu nego.

o problema é que eu não quero que você me respeite.

sinto seu corpo quente colado ao meu e me arrepio, seus braços ainda enrolam a minha cintura me mantendo presa a ele.

- não seria você a pessoa a desrespeitar alguém aqui. - digo baixo e vejo seu semblante mudar, parecendo muito surpreso com a minha fala.

- olha só, está tudo bem, ok? você nunca ligou de me ver de toalha antes, nem qualquer outro colega de trabalho daqui, é super comum nós tomarmos banho aqui, cansamos muito durante o dia, dependendo da operação. - ele me conta e eu prendo meus lábios com força, descendo meus olhos para o seu peitoral músculoso e tatuado.

- desculpa, não estou tão acostumada ainda. - digo falhado, ainda encarando seu físico e ele percebe, dando um sorriso e levantando sua cabeça.

- você veio até aqui porque precisava me falar alguma coisa? - pergunta sério.

- acho que encontrei algumas opções de lugares onde as drogas podem estar sendo feitas. - explico e ele concorda com a cabeça.

- me conta mais, pode se sentar, eu vou me trocar. - ele me solta de seus braços e sinto que falta algo em mim.

MINHA RUÍNA - VINNIE HACKEROnde histórias criam vida. Descubra agora