Colisão.

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Ponto de Vista:Minho

Eu saí do quarto e dei uma última olhada para Jisung antes de fechar a porta. Ele ainda estava lá, sendo monitorado pelos médicos, com os olhos fechados, tentando descansar depois da crise intensa que teve. Eu sabia que ele precisaria de tempo, e mais do que isso, precisava de apoio.

Na recepção, os meninos estavam agitados, trocando olhares nervosos. Eles estavam todos ali, sentados, esperando por alguma notícia, e a expressão no rosto de cada um dizia tudo: estavam apreensivos, mas também aliviados por saberem que ele ainda estava vivo, mesmo depois da crise tão forte.

Quando me viram, Seungmin foi o primeiro a se levantar, olhando para mim com um misto de ansiedade e preocupação.

– E aí, Min, como ele está? – Seungmin perguntou, as palavras saindo apressadas.

– Ele vai ter que ficar internado – eu falei, sem rodeios, tentando ser direto. – A crise foi forte demais, a falta de ar... Ele desmaiou, e os médicos disseram que ele precisa de mais cuidados. Vai ficar aqui por um tempo.

Os meninos ficaram em silêncio, tentando processar as palavras. Felix foi o primeiro a reagir, passando a mão pelo cabelo, um gesto nervoso.

– Puta merda... Era só uma festa do pijama – ele murmurou, sem acreditar no que estava acontecendo. – Não pode ser...

Eu vi a frustração e a dor nos olhos deles. Eu também sentia, não era fácil ver um primo passar por algo tão devastador. Mas, ao mesmo tempo, eu sabia que Han precisava de tempo para se recuperar.

– Ele está estável agora – eu acrescentei, tentando amenizar um pouco a tensão. – Mas a crise foi muito forte. O médico disse que ele vai precisar de descanso, e só deve ter alta depois de algum tempo.

Seungmin olhou para o chão, respirando fundo, tentando se recompor.

– Não é justo... – ele sussurrou, com a voz embargada. – Tudo estava tão bem... e agora isso...

Eu não sabia o que mais dizer. Não havia palavras que pudessem consertar a situação. Eu só olhei para eles, esperando que, de alguma forma, pudessem encontrar alguma forma de lidar com isso.

– Vamos ficar aqui com ele, não vamos deixar ele sozinho – Changbin disse, segurando a mão de jeongin, que já estava chorando ao seu lado, tentando trazer um pouco de alívio para o grupo.

Eles concordaram em silêncio, todos sabendo que o apoio de todos seria essencial para o Han. Eu só pude balançar a cabeça, confirmando. A última coisa que ele precisava agora era se sentir sozinho. Eu sabia que, com os meninos ao redor, ele iria se recuperar, por mais difícil que fosse.

-Horas atrás-...

Ponto de Vista: Han

Após o café da manhã, nos espalhamos pela sala, jogando conversa fora e rindo como se tudo estivesse perfeito. Mesmo enquanto tentava me concentrar no que Seungmin e Changbin estavam dizendo, minha atenção continuava escapando para Minho. Sempre que eu me aproximava de Felix, ele se mexia para ficar mais perto de mim, quase como se estivesse marcando território. Era um comportamento que ele tentava disfarçar, mas seus olhos nunca deixavam de me observar com aquele brilho intenso. Eu sabia que os outros não notavam, mas eu sentia a tensão entre nós dois, um fio invisível que parecia puxar Minho para mim sempre que eu me afastava.

Enquanto conversávamos, o celular de Seungmin começou a tocar. Ele verificou o visor e seu rosto imediatamente ficou sério.

– É minha mãe – ele disse, se levantando rapidamente e saindo para atender. Nós trocamos olhares curiosos, mas logo voltamos a conversar, sem imaginar que algo terrível poderia estar acontecendo.

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⏰ Última atualização: 5 days ago ⏰

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Ondas De Amor Ou De Ódio? - Minsung ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora