Ondas De Amor Ou De Ódio? - Minsung ABO

Maldita Perdição~

Han Jisung

-Eu faço as perguntas aqui.- disse sério e com raiva.

O vi assentir.

-Jisung, quero que saiba que eu..- o interrompi.

Jesus, esperei tanto por isso, mas não queria que fosse nessa situação.

-Eu falo e faço as perguntas Lee, você fica quieto e só fala se for para respondê-las, entendeu?

Assentiu levemente com a cabeça.

Pau mandado.

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Ficamos cerca de quase meia hora em completo silêncio, eu estava definitivamente sem perguntas para Minho.. e claro que ele estava em silêncio pois sabia que se falasse alguma coisa iríamos brigar feio.

Ouvi um suspiro irritado, como se algo disso fosse minha culpa.

-Jisung, olha- segurou meus dois pulsos- Primeiro de tudo, quero saber se posso passar esses dias na sua casa. Posso?

-Pode. Mas eu acho que-

-Não, agora eu falo- apertou meus pulsos mais forte- E.. obrigado por deixar.

Assenti.

-Você quer mesmo cuidar desse filhote?

-Claro! Ele não tem culpa de nada e - reprimi um rosnado quando senti a força em meus pulsos novamente apertar.

-Sim ou não?-perguntou me encarando.

-Sim..

-Pretende falar com seus pais sobre isso?

-Ainda não..

-Vai comprar as coisas necessárias para o ou a filhote?

-Sim.

-Como?

-Não sei..

-Exato. É sobre isso que precisamos conversar.

-Olha Minho, por mais que tudo isso aconteça, não posso matar esse filhote, não viveria com isso.

-Eu sei.

-Como se você não entende? Não é um Ômega.

-Ouvi seu lobo chorar, parece que já se apegou ao filhote.. mas preciso saber se você e seu lobo vão cuidar dele depois que seu período de carência passar ou se é apenas interesse momentâneo.

-Tá me chamando de interesseiro? Não sou igual a você!

-Eu não disse isso Jisung, se acalma.

-Olha Minho, eu posso não conhecer aquele filhote totalmente mas eu jamais faria algo como você descreveu com um ser vivo!-puxei meus pulsos com força, finalmente ficando livre e longe de suas mãos.

-Han Jisung!- Praticamente gritou quando comecei a andar até a cozinha.

Senti passos rápidos até mim logo sentindo uma mão em meu ombro, o ambiente estava calmo mas meu coração apertava a cada batida, Minho estava certo, não tenho dinheiro, não posso fornecer uma vida boa ao filhote.

Mas isso não poderia me fazer desistir.

Quando se estuda medicina, você aprende que cada vida conta. Respira Jisung.

Se eu tive o direito de nascer e poder viver "livremente", porque ele não? Nada é culpa dele.

-Jisung.. Não seria melhor a gente considerar a ideia de que..

-Não Minho! Não não e Não!- virei, ficando de frente para ele.- Olha, você pode saber lidar com essa dor e despedida, mas eu não sei ok?

-E como você quer ser um cirurgião se não consegue aceitar despedidas Jisung? Me diz.- se aproximou fazendo meu quadril se encostar com o balcão da pia.