XII

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LUCERYS

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LUCERYS

A mesa brilhou como brasas, com as formas dos sete reinos refletindo na madeira escura enquanto o fogo dançava nas tochas ao redor. Todos estávamos ali a pedido de minha mãe, a Rainha Rhaenyra. O concelho em completo silêncio, todos os olhares fixos nela. Daemon, no fundo da sala, parecia mais descontraído que o normal, um sorriso travesso no rosto. Sabia de algo, provavelmente algo que eu fizera na caverna. Ele não disfarçava a expressão de quem tem um segredo que ninguém mais conhece.

— Temos algumas ideias sobre o próximo movimento contra os Verdes — disse Rhaenyra, seus olhos pesados de preocupação, mas com um brilho determinado. — Aegon e seus seguidores estão tentando ganhar o Norte. Se conquistarem a lealdade dos senhores de lá, nossa posição ficará mais fraca.

— Jaecerys já está indo para Winterfell — interrompeu Daemon, com impaciência na voz. — Ele vai garantir a aliança com os Stark, e até agora, não temos razão para acreditar que Eddard Stark nos trairia.

— Mas isso não basta — Corlys interveio, inclinando-se para a frente. Sua mão apontou para uma joia azul sobre o mapa, indicando o Mar Estreito. — Os Hightower estão enviando reforços por mar. Se não interceptarmos suas forças, Pedra do Dragão estará cercada.

— Podemos usar o meu dragão — sugeriu Daemon, o brilho selvagem nos olhos, quase luminoso. — Caraxes pode dar conta de qualquer frota que eles mandarem.

Rhaenyra balançou a cabeça, contrariada. — Se você for para o Mar Estreito, quem ficará para proteger a ilha? — Sua pergunta pairou no ar, e por um momento, o silêncio tomou conta da sala.

— Precisamos de Harrenhal — disse Daemon, a voz cortante. Ele batia a mão na mesa, impaciente, os dedos ágeis ressoando sobre o mármore. — Lord Strong controla a região, e não podemos deixar que ele mantenha a fortaleza. Se a perdemos, ficaremos vulneráveis aos ataques de Aemond e seus aliados no Oeste. Seria como deixar uma porta aberta para a destruição.

Os olhares na sala eram calculistas. Não era preciso muito para perceber que ninguém ali estava confortável com a ideia de atacar Harrenhal. A própria fortaleza era uma sentença de morte para quem se atrevesse a se aproximar por muito tempo. Um lugar amaldiçoado, um lembrete do quão longe a violência e a traição podiam chegar. Uma lembrança viva de como um antigo senhor fora dilacerado pelos próprios fantasmas de sua ascensão ao poder.

E então, senti os olhos da minha mãe em mim.

Rhaenyra estava reclinada em sua cadeira, seus olhos fixos em mim com mais intensidade do que eu gostaria. A tensão em seu rosto era clara, e a preocupação não se escondia em seus gestos. Ela queria ser firme. Queria ser forte. Mas sabia, assim como eu, que não havia mais como fugir. O peso de uma casa inteira estava sobre seus ombros, e, em certos momentos, parecia que ela estava prestes a se quebrar sob o fardo.

𝐀 𝐒𝐄𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐃𝐑𝐀𝐆𝐀𝐎 | LUCERYS VELARYONOnde histórias criam vida. Descubra agora