━━ 𝐀 𝐒𝐄𝐌𝐄𝐍𝐓𝐄 𝐃𝐄 𝐃𝐑𝐀𝐆𝐀𝐎| John, o garoto capaz de se transformar em um dragão negro, e Lucerys Velaryon , herdeiro de um legado manchado por sangue, enfrentam um destino incerto. Unidos por amor e divididos por escolhas, eles precisam...
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LUCERYS
— M-meu senhor, eu... — o lorde gaguejou, as palavras morrendo na garganta quando o encarei. O pátio , frio ficou em silêncio absoluto. Atrás de mim, Drogon bufou, soltando uma baforada quente que fez a luz das tochas tremer. O som ecoou como um trovão abafado, e o lorde deu um passo instintivo para trás, o rosto já pálido ficando ainda mais branco.
— O pequeno príncipe forte não sabe tratar um lorde, pelo que vejo. — Aemond estava encostado em uma das colunas, uma sombra alta e arrogante contra a pedra. Seu sorriso era fino como o fio de sua espada, um gesto que parecia cortar tanto quanto.
Sua voz era grave, carregada de escárnio, mas seus olhos, ou melhor, seu olho único, brilhavam com algo mais. Desdém? Provocação? Talvez apenas o prazer perverso de me ver no centro de tudo, sustentando um peso que ele, em sua mente torta, achava que eu não poderia carregar.
— Um olho a menos realmente tornou sua cabeça mais lenta, Aemond — retruquei, minha voz cortando o ar como uma lâmina afiada. — Mais uma palavra, e Drogon o queimará até sobrar apenas suas cinzas.
Meu tom era firme, calculado. Eu sabia que não podia me permitir fraquejar, não diante dele. Não depois de tudo que ele havia feito. Não depois daquele dia.
O sorriso dele se alargou, mas o brilho em seu olho escureceu. Ele ergueu as mãos em um gesto de rendição teatral, como se toda a situação fosse um jogo. Para ele, talvez fosse. Mas não para mim.
— O jovem príncipe está mesmo tão amargo? Não sabe brincar? — disse ele, com uma leve risada.
O lorde diante de mim caiu de joelhos, tremendo como uma folha ao vento. O suor escorria por seu rosto redondo e avermelhado, e ele mal conseguia erguer os olhos para mim.
— Eu... eu juro lealdade à rainha dos Sete Reinos. Eu e meus homens lutaremos ao lado dela — gaguejou, a voz quase inaudível e nada confiável.
— E você acha que isso basta? — murmurei, frio.
Minha espada ainda estava embainhada, mas minha mão descansava sobre o punho. Drogon, atrás de mim, abaixou a cabeça lentamente, suas narinas emitindo um leve brilho vermelho como brasas. O pátio parecia mais quente de repente, mas não o suficiente para descongelar a raiva que fervia dentro de mim.
Aemond deu um passo à frente, puxando sua espada com um movimento fluido. O som do aço contra o couro preencheu o pátio , seguido de um silêncio tão pesado que parecia sufocar. Meu corpo se moveu antes mesmo de eu pensar, e minha lâmina estava em minha mão, apontada diretamente para ele.
Ele parou, a ponta de sua espada baixa, como se não tivesse intenção de atacar. Mas eu sabia melhor.
— Não acho que precisamos de sangue hoje, sobrinho — disse ele, com um tom que mal escondia a provocação. Ele girou sua espada no ar e a soltou, deixando-a cair no chão com um clangor que ecoou pelas paredes. — Você tem o que quer... desta vez.
Eu sorri, mas não foi um sorriso de alegria. Foi um sorriso carregado de desprezo, um aviso silencioso.
— Está com medo, Aemond? — perguntei, minha voz tão fria quanto o vento que soprava lá fora, carregado do gelo do inverno. — Drogon o assusta, não é? A ideia de se tornar nada além de cinzas o mantém acordado à noite?
Vhagar, sua dragão imensa, estava lá fora, observando tudo. Sua sombra cobria parte do pátio como uma nuvem escura. Mas ela não era nada para mim. Não depois de Drogon. Não depois de John. Ele já estava morto, John me prometeu.
Aemond inclinou a cabeça, seu sorriso desaparecendo por um instante. Mas então ele o recuperou, como se não pudesse permitir que eu visse qualquer fraqueza.
— Vá embora, príncipe caolho — eu disse, minha voz dura como aço. — E da próxima vez que nos encontrarmos, não haverá conversa. Minha mãe sentará no Trono de Ferro, e você estará morto.
Ele me encarou por um longo momento, o silêncio entre nós tão tenso quanto a corda de um arco. Então ele se virou e caminhou para fora do pátio, a capa negra balançando atrás dele.
Quando ele desapareceu na noite, soltei a respiração que não percebi que estava prendendo.
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