O Perigo e a Perdição - Karine Teles

Se Fosse Certo

Na manhã seguinte, não se encontrara mais no sofá qual estava na noite anterior, e sim em quarto com mobílias modernas com cores neutras. A grande cama de casal, a estante com decorações minimalistas perto de uma sacada, uma televisão à sua frente e uma porta que indicava ser uma suíte, aquele quarto não era de hóspedes, era dela, da dona daquela casa.

Seguido deste rápido raciocínio ao acordar, viu-se a porta do banheiro abrir e revelar uma imagem de tirar o fôlego. Karine em uma toalha de banho.

Ao perceber que a jovem acordou, sentiu os olhares para si, havia acabado de tomar o banho matinal, o relógio marcava 9:30.

— Ah, oi! Que bom que você acordou, dormiu ontem no sofá e eu te trouxe pra cá.

— Obrigada, me desculpe ter dormido assim do nada.

— Fica tranquila, você é fofa dormindo. – passei as mãos no rosto –

— Vou me trocar e tomaremos café.

Já vestida, desceram para tomarem café juntas, enquanto mais conversas aleatoriamente surgiam. Karine demonstrou ser uma pessoa bem-sucedida porém simples, alguém que possuía inteligência para as áreas que tem preferência, lindo de se admirar e escutá-la falar, poderia ficar ali por horas.

— Meus pais tão ligando... provavelmente nossa festa do pijama acabou – ria –

— Você já vai me deixar?! – Fazia uma cara de triste acompanhando um bico manhoso –

— Tenho que ir... você sabe.

Guiando até a porta elas se despedem e deixam pra marcar outras vezes. No caminho de volta para casa, pensa-se o quanto sentiu conforto ao estar ao lado de sua nova amiga, foi escutada, não julgada e isso considerava ser muito especial para ela.

O que não pudera negar era como a via, tinham um vínculo, se enxergavam e tinham carinho que era mais do que suficiente para quem se conheceram de forma tão inesperada, mas aos olhos da adolescente, Karine era muito bonita, atraente e elegante, tenta ao máximo expulsar seus pensamentos já que são impossíveis de realizar-los.

Durante aquele dia, ficara pensando no momento em que a mais velha acabara de sair do banho e tentava discretamente olhar, seu corpo era uma perfeita curva, suas sardas por todo colo, seus seios aparentavam ser volumosos mesmo atrás do tecido e isso lhe dava certas vontades. Poder tocá-la, beijá-la estava constantemente em suas metas silenciosas; Era inapropriado.

Lendo um livro sáfico pela tarde, ela começou a se colocar na história, como seria se fosse permitido... sua mente voava longe, queria aquilo e sua determinação fará ela matar a curiosidade.

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