Me Abrace Pela Eternidade

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No sábado, depois de uma semana corrida e exaustiva por conta de desgastes mentais e problemas escolares. Fez com que a adolescente aceita-se o convite da loira e fosse até sua casa, precisava conversar, espairecer, desabafar seus problemas e sentimentos.

Ninguém a escuta em casa, para seus pais todos os seus feitos são drama ou vitimismo e ela estava cansada daquilo, ninguém estava vendo ela.

Por outro lado, ela agradecia por ter encontrado a moça na livraria e não ter perdido contato, esta mulher estava lhe ajudando psicologicamente, quando estavam se falando ela se sentia escutada, acolhida e amada... se aquilo era recíproco ela não sabia e pouco lhe importava, em meio aos traumas familiares ela tinha para onde ir e um ombro amigo para deitar.

Ela disse aos pais que era uma festa do pijama na casa de amigas, e assim conseguiu chegar ao casarão todo branco que mostrava no endereço que fora passado. 

A brisa noturna começou a se intensificar, enquanto a menina passava pelo portão e adentrava à residência. Não havia ninguém para recebê-la, os pais já tinham saído do local pois confiaram que a família da amiga estaria em casa e seria apenas um divertimento.

Na porta principal, estava ela, Karine Teles, a mulher vestia um macacão preto, com salto na mesma cor e seu marcante batom vermelho nos lábios carnudos.

— Oi, linda! Entra, fica à vontade! Que bom que conseguiu vir.

– Meus pais acham que é uma festa do pijama, Karine, com as meninas da escola

— Hahaha. Compreensível suas invenções, sou sua amiga, não sou? Estamos aqui como incríveis conhecidas.

— Casa bonita a sua, parabéns!

— Agradeço, mas para ser honesta, não é mérito meu, é herança, meus pais viveram aqui, eu passei a minha vida aqui... e como sou a única filha que permaneceu na cidade fiquei com o imóvel.

– Lindo! Adorei!

— Não sei até quando consigo sustentar isso mas estou tentando, as economias não estão estáveis ultimamente e posso falir os negócios da família a qualquer momento.

— Nossa, eu sinto muito, não sei como te ajudar porque não tenho condições financeiras alguma mas no que puder ajudar estarei aqui.

— Não, pequena! Não se preocupe com isso, estou bem. Vem, preparei um jantar para nós. Espero que goste.

Ela guia até a sala de jantar onde haviam pratos e talheres acompanhados de duas taças de vinho.

— Sente-se, não sabia se era apropriado mas pessoas da sua idade já bebem, não?

— Fique tranquila, eu bebo socialmente.

— Bom, sendo assim, fiz uma massa gratinada para comermos.

Ela coloca a comida à mesa e serve os pratos, enche as taças e senta-se à frente. No primeiro momento ela usa o charme dos olhos verdes e apenas encara, esperando que prove de sua culinária, assim faço.

A comida estava saborosa e muito bem temperada, parabenizo a chefe e começamos a conversar, atualizar-nos das novidades da vida.

Quando já passava da meia-noite, aconchegamos no sofá e assim ficamos, suas mãos acariciando meus cabelos enquanto eu me acalmava, chorava e me sentia abraçada.

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O Perigo e a Perdição - Karine TelesOnde histórias criam vida. Descubra agora