021. tudo tem o seu preço

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A mulher, ainda com um sorriso sereno, apontou para o corredor à esquerda. Sua voz, suave, cortou o silêncio que tomava o ambiente.

— Siga por esse corredor, Agatha Harkness. Tire os sapatos antes de entrar e se sente na cadeira de madeira. O próximo teste está à sua espera.

Agatha não hesitou. Ela tirou os sapatos com um movimento rápido, seus pés descalços tocando o frio do chão. O som de seus passos ecoava à medida que ela avançava pelo corredor estreito. Ao chegar ao final, a porta de madeira se abriu com um som suave, revelando uma sala simples e iluminada apenas por velas.

No centro da sala, uma cadeira de madeira estava disposta diante de uma mesa onde um grande tabuleiro de tarô estava montado. Sentou-se, suas mãos descansando sobre o braço da cadeira enquanto ela observava, atenta, o que aconteceria a seguir.

A porta atrás dela se fechou com um estalo, e Agatha sentiu a tensão aumentar. De repente, uma figura apareceu à sua frente. Era uma mulher, alta e imponente, com uma túnica escura que refletia a luz das velas. Seus olhos eram penetrantes, carregados de uma sabedoria que parecia atravessar o tempo. Ela sorriu levemente ao ver Agatha sentada na cadeira.

— Eu sou a Guardiã dos Tarôs — disse a mulher com uma voz suave, mas que carregava uma força inegável. — E você, Agatha, está prestes a enfrentar um teste que desafiará sua intuição e sabedoria. O tarô revelará o que você precisa saber, mas as cartas podem ser traiçoeiras. Você deve seguir as regras, sem pressa, sem hesitação.

Agatha se endireitou na cadeira, seus olhos agora fixos nas cartas que estavam dispostas sobre a mesa. Ela sabia que nada ali era simples, mas estava preparada para o que vinha.

A guardiã continuou, sua voz agora mais grave, como se estivesse preparando Agatha para algo grande.

— As regras são claras. Você deve tirar três cartas, uma por vez. Cada carta trará uma escolha, uma verdade que será revelada. Você deve escolher com sabedoria. Cada escolha será uma pista para o seu desejo, mas se errar, o preço será alto. Se você confiar demais nas cartas ou ignorar suas próprias intuições, poderá pagar um preço que não pode ser revertido.

A guardiã deu um passo para o lado, permitindo que Agatha olhasse para o tabuleiro de tarô com mais clareza.

— Lembre-se, Agatha — disse a mulher com um olhar profundo — o tarô não mentirá, mas você também deve ser honesta consigo mesma. As respostas que você buscará não serão fáceis, e a jornada para entender as cartas será difícil. Mas você deve seguir.

Agatha respirou fundo. Ela sabia que esse teste seria diferente de tudo o que já havia enfrentado. Mas, como sempre, ela estava pronta para enfrentar o que viesse. Ela olhou para as cartas e, com a calma que sempre teve, estendeu a mão para tirar a primeira carta.

Agatha estendeu a mão, sentindo a energia ao redor de cada carta, como se todas estivessem esperando por sua escolha. O ambiente se tornava mais tenso, como se o ar estivesse carregado de um poder que só ela e a Guardiã podiam perceber. Com um movimento tranquilo, Agatha retirou a primeira carta e a virou.

A carta mostrou A Morte.

Agatha franziu a testa por um momento. Não era uma carta que temesse, mas sabia que seu significado era profundo e muitas vezes confundido. A morte não era necessariamente um fim, mas uma transformação, uma mudança radical que trazia novos começos. A Guardiã observava, atenta, enquanto Agatha refletia sobre o significado da carta.

— A Morte, você escolheu uma carta que fala de mudança, Agatha. Isso significa que algo em sua vida precisará ser deixado para trás, algo que não pode mais seguir com você. O que você está disposta a perder para alcançar o que deseja?

𝐒𝐨𝐛 𝐨 𝐯é𝐮 𝐝𝐚 𝐦𝐨𝐫𝐭𝐞-𝐀𝐠𝐚𝐭𝐡𝐚𝐫𝐢𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora