013. caminho das bruxas

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Ao lançar um feitiço poderoso, Agatha conjura um portal que se abre diante dela, irradiando uma luz mística e intensa. Em uma mão, segura uma lanterna; na outra, uma chama viva que ilumina o caminho enquanto ela atravessa a passagem mágica. Do outro lado, encontra-se em uma estrada vazia e silenciosa. A floresta ao redor parece deserta, com árvores retorcidas que sussurram segredos obscuros. Um arrepio percorre sua espinha: ela sente-se observada.

- Quem está aí? Sinto sua presença - diz Agatha com uma voz firme e alerta, notando duas presenças à espreita. Uma sede pelo poder toma conta dela; ela sente a força de uma das figuras e deseja possuí-la.

Então, uma mulher misteriosa emerge das sombras com um sorriso sedutor nos lábios.

- Vai para a cidade dos desejos? - pergunta a estranha, sua voz suave e envolvente. - Há uma festa acontecendo lá, e alguém como você certamente seria bem-vinda.

Ela se aproxima, fixando o olhar nos olhos azuis de Agatha, como se tentasse decifrá-la.

- Seus olhos... são impressionantes - elogia, a voz carregada de admiração. - Tão azuis e profundos. E você emana uma força misteriosa. Ah, e esse perfume? É irresistível.

- Eu sei. - Agatha responde, fria e direta.

- Não deveria estar sozinha - continua a mulher, com um ar de preocupação insinuante. - As almas vagam pela cidade à procura de moças... frágeis, como você.

- E o que a faz pensar que sou frágil? - Agatha para e encara a mulher, desafiadora.

- Eu sinto sua energia. Está... enfraquecida. Mas posso ajudar. Posso fazer-lhe companhia.

Agatha a interrompe, sua expressão severa.

- Eu já tenho companhia - declara secamente, deixando claro que não busca aproximações.

Nesse momento, um vento repentino corta o ar, acompanhado por trovões que reverberam pelo céu. Agatha reconhece a assinatura de Rio Vidal e permanece em silêncio, observando de canto de olho enquanto a mulher recua, constrangida.

- Perdão... pensei que estivesse só. Não vi alianças ou um colar em seu pescoço.

- Então, peça desculpas a ela depois - diz Agatha, sem rodeios.

Em silêncio, ambas seguem para o bar. Agatha deixa sua lanterna à porta. Ao entrar, percebe os olhares voltados para ela.

Agatha observa o bar com um olhar atento. O ambiente é envolto em uma penumbra suave, com luzes tênues que se espalham por lâmpadas douradas pendentes do teto, criando sombras dançantes nas paredes. O cheiro de madeira envelhecida mistura-se com o de velas acesas e perfumes sofisticados. As paredes são revestidas por cortinas de veludo, com um tom profundo de bordô, que absorvem o som das conversas sussurradas ao redor. O bar, feito de um couro escuro e polido, reflete a luz suave que incide sobre os copos de cristal e garrafas de licor. Ao fundo, um palco pequeno, de onde uma música suave emana, dando o tom íntimo ao espaço. O murmúrio das pessoas se mistura com a melodia, criando uma sensação de mistério e atração, como se o bar fosse um lugar onde os segredos e desejos se encontram.
Sem se importar, dirige-se a um grupo de mulheres que sussurram sobre o lendário "Caminho das Bruxas".

- O Caminho das Bruxas? - Agatha pergunta, o sarcasmo evidente em seu tom. - Já estive lá mais vezes do que vocês podem imaginar.

As mulheres, intrigadas, trocam olhares. Uma delas, chamada Celeste, ergue as sobrancelhas com interesse.

- Sabe muito sobre ele, então? - pergunta com curiosidade.

Com um sorriso desafiador, Agatha sugere que façam uma roda, o que todas prontamente aceitam, fechando os olhos em preparação. Uma a uma, Agatha pergunta sobre os poderes de cada uma, enquanto elas respondem, revelando suas habilidades.

Celeste possui o poder de manipular o fogo.

Selene controla as sombras.

Astrid tem poderes de cura.

Erykah invoca animais.

Lyra manipula cristais.

Seraphine tem o dom da telepatia.

Ophelia comanda o vento.

Maia controla as águas.

Quando chega sua vez, Agatha sorri, disfarçando seu verdadeiro poder.

- Sou uma curandeira - mente, observando a confiança que suas palavras despertam nas outras.

Em seguida, começa a cantar uma melodia antiga, uma canção carregada de energia mística. Mas, quando nada acontece, uma das bruxas lança-lhe um olhar irritado.

- Está brincando conosco?

Agatha arqueia uma sobrancelha, divertindo-se.

- Talvez o problema seja com vocês.

Irritadas, as bruxas canalizam seus poderes contra ela. No entanto, Agatha absorve cada fragmento de energia com facilidade, drenando-as até o último suspiro de vida. Uma por uma, suas vítimas caem inertes ao chão.

Vários homens, ao perceberem a cena, tentam atacar Agatha, mas ela os derrota rapidamente, deixando mais cinco corpos espalhados pelo chão. Com um total de treze almas ceifadas, a figura de Rio Vidal emerge do vazio, atrás de Agatha. Ela a puxa pela cintura, colando seus corpos. Agatha, se assusta por um breve momento, reconhece sua amada. Joga a cabeça para trás, sentindo o cheiro fresco de ervas que emana de Rio - uma mistura de plantas com um toque sutil de hortelã. Agatha morde os lábios enquanto sente Rio aproximar-se de seu pescoço, a morte, e morder o lóbulo de sua orelha, provocando arrepios, dor e excitação. Agatha sabia que não podia perder o foco, mas a provocação de sua namorada era quase impossível de resistir.

Rio desliza a mão ao longo da cintura de Agatha, subindo lentamente até seu seios, inclinando-se para sussurrar em seu ouvido:

- Termine sua missão, meu amor. Eu estarei esperando do outro lado para trazer ele de volta para você. E, por último... - Rio sorri, a voz carregada de promessas. - Vamos comemorar. Quero você para mim a noite inteira.

Agatha retruca, um brilho de desafio nos olhos, e as duas começam a trocar provocações. Em um movimento intenso, Agatha segura Rio pela gola de sua blusa, fazendo Rio sorrir com a intensidade de sua amante. Sem hesitar, Agatha a beija, e Rio corresponde, sorrindo entre o beijo antes de desaparecer.

Com um sorriso satisfeito, Agatha sente as almas das bruxas abandonando o lugar, enquanto os ecos de seu beijo com Rio ainda permanecem na escuridão.

𝐒𝐨𝐛 𝐨 𝐯é𝐮 𝐝𝐚 𝐦𝐨𝐫𝐭𝐞-𝐀𝐠𝐚𝐭𝐡𝐚𝐫𝐢𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora