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Eu deveria ter visto isso chegando, né? Oscar Piastri sempre foi do tipo que adora se desafiar

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Eu deveria ter visto isso chegando, né? Oscar Piastri sempre foi do tipo que adora se desafiar. E eu, bom, quem me conhece sabe que não sou exatamente a pessoa mais fácil de lidar quando o assunto é provocação. Então, depois das trocas de mensagens, os desafios no kartódromo e todo o clima de brincadeira que ele vinha criando, parecia que estávamos caminhando para algum lugar... ou melhor, para uma curva bem fechada.

Mas, como qualquer boa geminiana faria, eu não posso simplesmente deixar as coisas serem óbvias. Eu tinha que dar aquela bagunçada, ainda que fosse no meu próprio interesse. E foi o que eu fiz. Quando vi que ele estava se aproximando para mais um desses encontros casuais que ele adorava, uma parte de mim pensou: "Talvez seja hora de deixar as coisas um pouco mais interessantes". Ou, se eu for sincera, talvez eu tenha apenas sentido que precisava colocar um pouco mais de emoção nessa equação.

── Então, Piastri, está pronto para mais uma corrida mental ou você já está sem combustível? ─ perguntei, com aquele sorriso que sabia que ele não resistiria. Eu sabia que ele adorava quando as coisas se tornavam um jogo de estratégia, mas como qualquer aquariano, ele adorava se manter um passo à frente. Só que eu estava pronta para virar o jogo.

Ele me olhou com aquele olhar ligeiramente desafiador que ele tinha ─ uma combinação de calma e inteligência calculada. Era como se ele estivesse me analisando, talvez até mais do que eu o analisava. Eu sabia que ele gostava de me provocar, mas eu também sabia que ele estava começando a perceber que eu não era fácil de engolir.

── Eu diria que, se você está falando de combustível, você definitivamente está se referindo a algo além de uma pista de corrida ─ ele respondeu, com aquele tom de voz que parecia suave, mas estava carregado de algo mais. Ele sabia o que estava fazendo. Ele sempre sabia.

Eu ri, mas sabia que não podia dar muita vantagem a ele. Não se fosse para manter as coisas interessantes. Se ele queria jogar, eu também tinha minhas cartas na manga.

── Ah, mas será que você consegue manter o ritmo? Porque, entre você e eu, não é só na pista que você tem que ser rápido ─ fiz uma pausa dramática, só para ver como ele reagiria. Eu sabia que ele não ficaria quieto.

Ele riu. Algo me dizia que ele estava se divertindo tanto quanto eu, e isso só tornava tudo mais divertido. Ele nunca foi o tipo de pessoa que se deixaria intimidar facilmente, e isso era... digamos, atraente. No fundo, a parte mais interessante era tentar descobrir o que ele realmente pensava sobre mim, sem ele mesmo perceber o quanto estava deixando claro.

── Ah, eu adoro uma boa curva, principalmente quando a pista fica interessante ─ ele respondeu, sem perder o ritmo. Eu podia ouvir o sorriso na voz dele.

Típico. Oscar Piastri sempre tinha uma resposta pronta, como se soubesse exatamente como navegar pelas minhas palavras. E, em algum ponto, comecei a me perguntar: será que ele estava só jogando comigo ou realmente começava a ver algo além da diversão?

Eu não ia deixar ele ter a última palavra dessa vez.

── Ah, então você acha que sou apenas mais uma curva para você? ─ perguntei, já imaginando que ele iria seguir a linha do "não, não é isso" ou qualquer outra desculpa esfarrapada.

Mas ele me surpreendeu.

── Não. Você é uma curva que eu quero explorar. ─ O tom de sua voz era sério, mas sem perder aquela leveza.

Eu parei por um segundo, tentava processar as palavras e, ao mesmo tempo, saborear a reação interna. Era impossível não perceber a mudança de tom, como se as coisas estivessem começando a sair da zona de pura diversão e flerte para algo... mais real.

Eu, sendo quem sou, não ia deixar que isso me afetasse, nem que ele visse que ele havia me deixado sem palavras, então me recompus rapidamente.

── Não fique pensando que vai conseguir me controlar, Piastri. A última curva é sempre minha ─ desafiei, tentando voltar ao jogo, mas, ao mesmo tempo, me perguntando onde exatamente ele estava me levando.

Ele apenas sorriu. Sabia que essa era a minha maneira de dizer que estava disposta a brincar, mas que não ia deixar as coisas saírem do meu controle. Eu sempre poderia dar a última palavra, mas ele também sabia como me tirar do meu eixo. E, no fundo, ele gostava disso.

── Vamos ver, Verstappen. Vamos ver ─ ele respondeu, com uma confiança que só aumentou a tensão que, de alguma forma, se estabeleceu entre nós.

E, ao me afastar dele, sentindo aquele calor estranho se espalhando por dentro, percebi que talvez já estivesse muito tarde para voltar atrás. A primeira curva fechada foi só o começo.

𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒 𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐁𝐄𝐍𝐄𝐅𝐈𝐓𝐒, Oscar PiastriOnde histórias criam vida. Descubra agora