O Delírio De Kimori - Tokyo Revengers

17

Depois que a verdade pareceu cobrir os olhos dos presentes ali, resolvi que já tinha cansado dessa brincadeira.

— Bom, o negócio é o seguinte — Abro um sorrisinho — Acabem com eles.

Nem os Haitanis, nem Kakucho, se seguraram. Em poucos segundos os Kawatas estavam no chão assim como Chifuyu, todos apanhando sem parar, socos, chutes... Takemichi olhava horrorizado, ele tentou ir na direção de Chifuyu e eu estendi a katana barrando ele.

— Parado.

Ele engoliu em seco e não se moveu. Quando finalmente notei que eles pararam de lutar, disse que já estava bom. Os irmãos e Kakucho saíram de perto deles e ouvi o som de motos chegando.

— Eu sei que você não luta nada, Takemichi, então você vai ser meu mensageiro — Olho pro loiro que chorava — Avise ao Manjiro, que teremos guerra.

Ele assente se afastando, ele tira força sabe se lá de onde pra colocar Chifuyu nas costas, Angry estava acordado, mas Smiley não, o primeiro carrega o irmão nas costas também e eles saem do galpão enquanto os membros da Tenjiku entram, recoloco minha máscara. Vejo Hanma chegando com Kisaki na moto e sorrio, agora a brincadeira ia ficar mais divertida.

— Estou vendo esse sorrisinho aqui — Izana fala e me abraça de lado — Vai lá dar um showzinho.

Caminho até o meio do galpão e todos os membros vêem minha aproximação, logo todos estavam em um grande circulo ao meu redor.

— Todos foram muito bem hoje! — Aponto — Mas agora temos um último show hoje.

Todos se entreolham ansiosos.

— Terra Kisaki, Shuji Hanma, venham aqui.

Eles se olham antes de vir na minha direção e parar a frente, os dois se curvam e antes que possam levantar, dou um chute no estômago de cada um, eles caem pra trás e eu me aproximo.

— Nós geralmente não temos... Como se chama? Testes, sabe? Pra provar a lealdade — Falo com suavidade — Mas vocês vem da nossa gangue rival, e mesmo que afirmem estar ao nosso lado, eu sei que são como animais peçonhentos que só ligam pra si próprios.

— Estamos do lado da Tenjiku — Kisaki fala ficando de joelhos.

— Se eu bem me lembro, quando estavam na Valhalla vocês tinham um... Rito de passagem, certo? Kazutora está aqui? — Olho ao redor e este aparece se aproximando — Perfeito. Me recorde Kazutora, como era a prova de lealdade de vocês?

— O membro que queria entrar precisava surrar uma pessoa importante pra mostrar que nada estava acima da gangue.

— Ótimo! — Sorrio, chamo ele com o dedo, ele engole em seco e se aproxima, eu apoio meu braço em seu ombro — Me conta Kazutora, quem é importante pra esses dois?

Ele me olha por alguns segundos e eu ergo uma sobrancelha.

— Ninguém, só eles mesmos — Kazutora fala por fim — Eles só tem um ao outro.

— Ah que pena... — Faço uma expressão chateada e solto então um risinho — Acho que eles vão ter que espancar um ao outro então.

— O que? — Kisaki olha confuso, eu Inclino meu corpo em sua direção.

— Acha muito? Eu posso fazer o teste de vocês ser levar um soco de cada membro da gangue, o que preferem?

Ele fica quieto e engole em seco abaixando a cabeça.

— Como achar melhor.

Dou um sorriso de canto e ergo meu corpo.

— Ótimo, então, quem quer começar?

Os dois se entreolham nervosos e levantaram, eles pareciam conversar pelo olhar até que Hanma soltou um riso e virou na minha direção.

— Eu recebo — Fala, meu cenho se ergue — Pelos dois.

— Será que você aguenta? — Minha cabeça pende pro lado.

— Porque você não vem aqui e descobre? — Ele deu um daqueles sorrisos cafajestes que me faziam ter raiva dele — Eu amava quando você ficava bravinha, me deixava todo excitado...

Rangi os dentes com raiva.

— Ran! — Berro pra ele sem olhar — Me trás uma barra de ferro.

Vejo o olhar de Hanma vacilar.

— Que foi? Achou que eu ia dar pra trás? Sabe quanto tempo tô esperando pra te dar uma surra?

— Então vai lá. Faz o que você tanto quer.

O Haitani mais velho jogou a barra de ferro no ar e eu peguei, Kisaki se afastou rapidamente quando eu fui até Hanma e acertei a lateral de seu corpo com a barra. Ele cambaleou pro lado e os homens ao redor gritaram, eu tinha acertado bem eu suas costelas.

Quando ele ficou de pé de novo, acertei o outro lado, ele resmungou e ficou parado, chutei seu estômago enquanto ouvia os gritos ao redor me deixando extasiada com o sam, Hanma caiu pra trás e a cabeça bateu no chão, mas ele levantou ficando de joelhos, então ficou em pé de novo.

— Fique no chão.

Dei a volta nele e acertei a parte de trás de seus joelhos com a barra de ferro, ele não levantou mais dessa vez. Soltei a barra no chão e acertei seu rosto com o primeiro soco, o rosto virou pra lado com um som forte, a boca estava já ensanguentada.

— Só isso que você tem?

Dei mais um soco antes que ele terminasse de falar. O rosto virou pro outro lado, continuei desferindo socos até que seu rosto estivesse todo cortado e ensanguentado, parei por um minuto e ele cuspiu sangue.

— Continue amor, me dê toda a sua raiva.

Grunho com mais ódio ainda. Porque nada do que eu fazia afastava ele? Ele tinha me machucado, queria que ele sofresse como eu sofri, ou pior ainda.

— Haitanis! — Os dois aparecem no mesmo segundo que eu chamo — Segurem ele no chão.

Os irmãos seguram ele contra o chão de barriga pra baixo, ele até tenta resistir um pouco mas para, seu rosto fica virado pro lado da mão que estava escrito "pecado".

— Lembra que me chamavam de demônio? — Pego a barra de ferro que estava ali perto e coloco a porta em cima de sua mão apertando, ele fez uma careta de dor — Demônios adoram pecados, mas principalmente, amam aplicar punições — Vou até o outro lado, na mão que estava escrito "punição", ele vira o rosto naquela direção tentando ver oque eu ia fazer — Espero que você seja forte, Hanma, vou quebrar você como fez comigo.

Ergo a barra de ferro e com toda força desço ela sobre a sua mão, ouço os gritos dele e repito o movimento, sua mão fica torta e amassada. Faço mais uma vez antes de parar quando vejo as lágrimas vertendo de seus olhos e ele se debatendo enquanto os Haitanis faziam o possível para mantê-lo parado.

— Eu avisei que você não tinha mais o direito de tocar em mim, está excitado agora? — Sussurrei e me levantei, estralo o pescoço e olho ao redor encontrando Kisaki que tinha uma expressão impassível na minha direção — Missão pra você Kisaki. Tire o lixo.