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Eu nunca fui uma garota que pensou em relacionamentos ou mesmo em ficar com alguém. Eu realmente tinha coisas demais pra me preocupar antes, então nunca tinha me vindo a mente a ideia de algum garoto ideal.

Hanma realmente não era ideal.

Ele era de uma gangue. Fumava. Bebia. Tinha tatuagens. E tendências possivelmente psicóticas.

Por que isso só me deixava mais excitada em relação a ele?

— Acho que precisamos ter aquela conversa — Ele murmura, vai até a janela e acende um cigarro.

— Não é como se você precisasse ficar comigo a partir de agora — Falo, por mais que eu realmente quisesse, ele me olha — Foi só... Uma noite. Não precisa se sentir obrigado, eu sei que não sou a garota mais ideal.

Ele vem na minha direção e leva a mão livre até minha nuca me fazendo olhar diretamente pra ele que se curvava levemente devido a diferença de altura.

— Você quer isso ou só estava bêbada?

Engulo em seco e minha boca se entreabre, eu não sabia o que eu queria. Só tinha uma certeza naquele momento e é a de que a boca dele deveria estar contra a minha.

Apenas assinto e ele puxa o cabelo onde sua mão estava me fazendo soltar um som dolorido, ele se aproxima da minha orelha e sussurra.

— Diga. — Sua voz escorre como um doce veneno — Diga com todas as letras que você quer continuar com isso.

Respiro profundamente antes de criar coragem, Shuji Hanma me destruiria e isso era um fato, eu sabia que nunca mais seria a mesma depois que ele passasse pela minha vida.

— Eu quero isso. Quero você. — Ele não esperou nem mais um segundo antes de juntar nossos lábios.

Ele não era delicado e isso eu já imaginava, a sua outra mão desceu até minha cintura me puxando contra ele, minhas mãos subiram por seu peito enquanto um beijo intenso ocorria entre nós dois.

Hanma tinha gosto de pecado e punição. Era quente como o inferno e tinha certeza que era tão doce que chegava a ser viciante. Ele me beijava com intensidade, explorando cada canto de mim que talvez eu nem conhecesse antes daquele dia.

Ouvi o ranger da porta e nos afastamos no susto.

— Ei, só tinha... — Kisaki olhou com uma sobrancelha erguida e quando pareceu entender, o que não demorou muito, ele soltou uma risadinha — Eu não vi nada.

Soltei uma risada.

— Vocês são um mau caminho! — Sorrio.

— Eu?! — Exclama Kisaki entrando e fechando a porta — Quem tava se pegando são vocês!

— Não fala isso! Credo! — Coloco as mãos no rosto com vergonha, nunca tinha lidado com isso, ouço a risada dos dois e logo Hanma me abraça.

— Aí que fofa, droga, você tinha que ser insuportável garota — Ele fala e eu o olho confusa.

— Porque?

— Por que aí eu não ia querer ficar perto de você.

— Ai que grudentos — Kisaki revira os olhos — Você vai me emprestar uma toalha — Ele me aponta e eu assinto.

Kisaki logo vai pro banheiro e escuto ele iniciar seu banho. Hanma se senta na cama e fica me observando um tempo.

— A Toman não pode saber, nem ninguém — Franzi o cenho diante dele — Mikey não vai gostar de saber que eu tô pegando a prima dele.

— Manjiro nem liga pra mim — Dou risada, mas era verdade, Hanma fica sério.

— Confia em mim, Kimori, melhor que ninguém saiba, exceto nós e o Kisaki.

O Delírio De Kimori - Tokyo RevengersOnde histórias criam vida. Descubra agora