Bônus

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Ei, vamo lá
Primeiro bonus e penúltimo capítulo.

12 de Setembro de 2024. - New York, NY.

Rancho Romanoff Maximoff.

O dia era chuvoso no lado de fora do rancho da pequena família. Apesar de três anos terem se passado, poucas foram as coisas que realmente mudaram no lugar onde tudo começou, de certa forma. Havia agora uma piscina de fibra com cerca no fundo da mansão, uma casa na árvore construída na antiga árvore de Harry e Sarah, próxima ao lago. Havia um novo cavalo também e seu nome era Rex.

Acho que vocês podem imaginar de quem era o cavalo.

O antigo carro de Wanda fora substituído por uma SUV enquanto o Mustang fora mantido também na garagem. Algumas coisas simplesmente não precisavam serem mudadas.

A vida de casadas não havia caído na rotina como grande parte dos casais reclamam após o matrimônio, mas seria mentira dizer que não havia suas discussões acaloradas onde até mesmo o divórcio chegava a ser mencionado. Natasha era uma pessoa difícil de lidar, e Wanda uma mulher sentimental demais para suportar certos momento. Somando oito e oitenta, elas descobriram que o amor nem sempre se trata de bons momentos. Mas havia algo que as trazia de volta à órbita sempre que as cosias saiam do controle: um pequeno garoto de cabelos cacheados, agora com sete anos.

Além de que, a parede vermelha sempre estaria lá para lembra-las do porquê de estarem juntas.

Então, é disso que se trata o amor. Reconhecer os próprios erros e ceder até mesmo quando você estiver certo. Trata-se de escolhas, trata-se de escolher entre deixar-se levar pelos maus momentos a lembrar-se dos bons.

E como sempre, Wanda e Natasha sempre encontravam equilíbrio uma na outra. É assim que almas gêmeas são.

A chuva crepitava na madeira antiga do telhado da mansão. As luzes da casa estavam parcialmente apagadas dando à pequena família privacidade para a soneca da tarde. Wanda precisava disso agora que havia retornado de uma turnê de duas semanas em Londres; ela precisava de sua família e um belo dia de descanso.

Quando abriu os olhos, não se conteve em suspirar apaixonadamente com a primeira visão que teve: Natasha Romanoff dormia serenamente de bruços bem diante de seus olhos, como um anjo lindo que nunca perderia sua auréola.

É incrível que, mesmo após todos esses anos, juntas e separadas, a sokoviana mantinha consciência de que nunca se acostumaria a presença daquela mulher de presença forte. Natasha era uma advogada muito requisitada em New York, uma ótima amiga que sempre fazia questão de manter nosso círculo de amizade por perto, uma mãe coruja e uma maravilhosa companheira.

Mas, para Wanda, ela sempre seria todas essas coisas e muito mais. Natasha sempre seria a garota insegura que temia ao pai e se importava com as opiniões alheias. Mas ela também sempre seria a garota altruísta que desistiu do próprio amor pela felicidade da pessoa amada. Muitas pessoas a chamariam de covarde; Wanda a chama de sua heroína. Se não fosse pela mulher de olhos de esmeralda, ela teria desistido de Juilliard e talvez nunca tivesse mais tempo com seu pai. Seu sonho se afundaria, seu coração seria levado com seu pai, e não restaria nada para ela no final, apenas o que sobraria de uma Wanda quebrada.

Haveria dor de uma forma ou de outra, e ela fez a escolha dela. E, por mais que o destino tenha feito com que se cruzassem novamente anos mais tarde, a sokoviana sabia que ela também fez a coisa certa ao desistir de tudo pela segunda vez, pensando na segurança de Ethan. Ela não entendeu isso na época, mas hoje seus olhos estão abertos, e ela se pergunta se teria coragem de colocar outras pessoas em primeiro lugar como Natasha costuma fazer.

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