22. Natasha Romanoff

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09 de Janeiro de 2015. – Primeiro ano da faculdade.

POV Natasha.

Chegamos ao destino final daquele presente. Eu tinha vendado os olhos de Wanda no meio do caminho para que ela não descobrisse a surpresa antes que estivéssemos chego mesmo sob suas reclamações. Estacionei o carro o mais próximo possível do lugar e desliguei os faróis suspirando pelo cansaço da corrida de poucos minutos atrás. Estava ventando um pouco, então peguei minha jaqueta de couro no banco de trás e a deslizei pelos ombros de minha namorada com cuidado. Ela sorriu em resposta e virou a cabeça como se olhasse para mim.

- Onde nós estamos? Sei que é no meio do mato, sinto cheiro das árvores e de água, o que indica que tem algum rio aqui perto.

Dei uma risada sonora com a esperteza dela. Wanda era uma garota extremamente inteligente e com os instintos aguçados para coisas importantes.

Desci do carro e dei a volta abrindo a porta para ajudá-la a sair também.

- Ok. Você acertou a primeira parte. Agora me diga, quais são os lugares desse tipo que conhecemos? – fiz com que ela entrelaçasse seu braço no meu para guiá-la até o destino.

Ela pareceu pensar um pouco, ou sentir uma conexão com a natureza, quem sabe? Ela poderia ter poderes mágicos e não ter me contado.

- Tem a casa dos meus pais, mas não acho que você me levaria de volta para lá. – ela ficou em silêncio enquanto eu a ajudava a subir os degraus da varanda. – É uma casa no campo, então pode ser o chalé de Diana... Não, você não dirigiu o suficiente para estar lá. – arqueei as sobrancelhas com a astúcia dela. – Oh, não! – ela abriu a boca e soltou meus braços para tirar a venda. Eu não tinha deixado, mas quando Wanda quer uma coisa... – Natasha!

Eu não pude conter a risada com a expressão que Wanda fez quando nos viu paradas diante da casa abandonada de seus sonhos.

- Você comprou? – ela quase gritou.

- O que? Não! Jesus, Wanda. – eu ri com a ideia, meu pai com certeza ia amar ver o tamanho do buraco na conta dele para a compra de uma casa como aquela. – A surpresa está lá dentro.

- Ah, imaginei. Mas, sei lá... Vai que né? – ela brincou segurando minha mão.

Eu apenas dei de língua, pois estava acostumada as gracinhas dela.

Entramos na casa que estava um breu total. Liguei a lanterna que carregava na mochila e a guiei escada acima até o quarto principal onde um dia teríamos nossa tão estranha parede vermelha. Eu precisei soltar sua mão e me afastar alguns passos para observar a reação que ela teria, e como sempre, foi adorável. Wanda cobriu a boca e ficou estática com o que viu. E não era de menos, Carol, Diana e Kate precisavam de uma boa recompensa pelo trabalho bem feito.

O quarto tinha sido totalmente limpo e agora cheirava a incenso de citronela. A iluminação tinha sido improvisada por velas em torno do quarto que terminava na porta da sacada. No chão, logo em baixo do enorme buraco no teto, havia um edredom grosso forrado como colchão, quatro travesseiros e outro edredom dobrado para nos cobrirmos. Carol tinha deixado seu rádio à bateria com adaptador USB perto da sacada para que meu plano funcionasse melhor.

Olhei novamente para Wanda que ainda não tinha proferido nenhum som. Ela continuava na mesma posição, olhando tudo como se esperasse acordar de um sonho. Então me aproximei e entrelacei meus braços em torno de sua cintura acomodando sua cabeça em meu peito.

- Eu realmente preciso saber se você está bem ou se preciso levá-la para um médico, Wands. – pedi acariciando seus cabelos.

Wanda afastou o rosto do meu peito e segurou meu rosto com as duas mãos. Os olhos dela brilhavam apaixonadamente e o sorriso que se formou naqueles lábios perfeitos foi o que bastou para que minha preocupação fosse mandada embora.

The Red Bow - Wantasha Onde histórias criam vida. Descubra agora