Já imaginou fazer parte do eletrizante universo da Fórmula 1, vivendo momentos intensos ao lado dos maiores pilotos do mundo? Neste livro, você terá a chance de mergulhar em histórias únicas e inesquecíveis, onde cada página o leva para os bastidore...
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"Às vezes, a vida nos testa com os maiores desafios logo de cara, mas a verdadeira prova de força está em como escolhemos responder a eles."
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Eu sabia que o meu primeiro dia como engenheira-chefe da Mercedes seria difícil, mas nunca imaginei que começaria assim. No fundo, uma parte de mim achava que, como engenheira, tinha um pouco mais de controle sobre as coisas. Mas a vida tem uma forma peculiar de me lembrar que a engenharia não pode prever tudo — especialmente quando o caos envolve um trânsito de Brackley, um carro batido e um senhor muito, muito irritado. Eu estava a caminho da fábrica da Mercedes, super ansiosa, revendo mentalmente todos os detalhes da reunião que teria mais tarde. Não era apenas uma reunião qualquer, era com Niki Lauda, meu avô e Toto Wolff, o chefe da equipe. Eu sabia que isso não seria só uma conversa técnica; era o meu momento de mostrar que estava pronta para o cargo. E por um acaso, também seria o meu momento de impressionar minha família. Todo o peso da expectativa estava sobre os meus ombros.
Mas como nada é fácil na vida, o destino tinha outros planos para mim naquele dia.
O trânsito em Brackley estava um caos absoluto. Eu já estava parada há pelo menos 15 minutos, vendo carros se espremendo e buzinando. Olhei para o relógio e senti um nó na garganta. Não era um atraso qualquer — era o meu primeiro dia como engenheira-chefe na Mercedes, a primeira reunião com meu avô e com Toto Wolff. E eu, presa nesse trânsito infernal.
Foi então que, como se o destino quisesse rir da minha cara, o carro à minha frente freou de forma brusca e sem qualquer aviso. Não tive tempo de reagir. No segundo seguinte, o carro atrás de mim colidiu com força, fazendo um estrondo que parecia anunciar o fim do mundo. O impacto me jogou contra o volante, e, por um momento, só conseguia ouvir meu coração martelando.
Saí do carro pronta para descarregar toda a minha frustração. E lá estava ele: o motorista do outro carro, um homem alto e de expressão arrogante, com uma postura que parecia já pronta para a briga. Ele me encarou com um olhar frio e calculista.
— Você só pode estar de brincadeira! — ele rosnou, cruzando os braços. — Entrou na minha frente e parou do nada! Tá achando que isso aqui é pista de teste, mocinha?
Respirei fundo, tentando controlar a raiva, mas ela explodiu.
— Pista de teste?! Quem entrou na minha frente foi você, freando sem mais nem menos! Acha que é dono da rua, é?
Ele deu um passo à frente, inclinando-se para me encarar ainda mais de perto, com aquele olhar afiado.
— Se você estivesse prestando atenção, nada disso teria acontecido. Mas não, preferiu ficar distraída, e agora estamos aqui.
— Distraída? Você não sabe o que tá dizendo, seu... seu idiota! Estava só tentando chegar ao meu trabalho, diferente de você que parece só querer atrapalhar a vida dos outros!