Disseram uma vez que seres malignos não amavam.
Mentira.
Percebeu isso assim que seu sapato social tocou o piso daquela igreja.
Desejou ver o corpo daquele homem por baixo da batina.
Realmente, Las Vegas era a cidade do pecado, e Atlantic, estava di...
Lembrando que temos livro físico de It's Pink, Honey ano que vem e estou com uma shortfic de Dark Romance especial de Halloween no perfil.
Boa leitura <3
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Jimin encarava o intenso tom de azul das luzes ofuscantes daquela sacada.
Gotas de chuva ameaçavam cair, mas ele não ligava. Sentiu a primeira atingir seu rosto, e a pele, antes quente, se esfriou parcialmente.
Focava sua atenção em pequenas coisas, mesmo sabendo que não era realmente isso que queria fazer. Primeiro, observou toda a movimentação na avenida iluminada e barulhenta de Las Vegas. Por mais alto que estivesse, ainda conseguia ver as pessoas adentrarem o cassino prontos para gastarem.
Depois, observou os tons de azul diferentes que pareciam se misturar com sua visão embaçada. Era algo como azul-claro e um azul de tom mais escuro e mais intenso... mais prazeroso.
E na frente disso tudo, bem próximo a si, havia outra coisa ainda mais chamativa.
Todos os elementos presentes em sua visão sumiram e o escuro tomou conta de tudo quando fechou os olhos e jogou a cabeça para trás ao sentir os lábios quentes e úmidos em seu pescoço.
Eram beijos leves que logo se transformaram em mordidas fracas, mas suficientes para deixar marcas.
Jimin era dele, totalmente dele e apenas dele. Faria quem quer que o olhasse entender isso. Foi o que Atlantic pensou naquele momento ao sentir o aroma doce e delicado do homem tão entregue em seus braços.
Sonhou com isso por noites seguidas, se iludiu com a ideia de que apenas uma vez seria o suficiente. Nunca mentiu tanto para si mesmo.
O corpo atraente correspondia aos seus toques delicados. Fazia o menos de força possível e sabia que deveria pegar leve, por mais que seu desejo fosse vê-lo destruído após gozar inúmeras vezes. Ele poderia fazer isso com facilidade, mas ainda não.
Jimin apenas teria uma breve noção do que aconteceria quando ele estivesse totalmente pronto.
Leva seus lábios ao lóbulo da orelha do padre, deixando uma mordida leve antes de assoprar o local que continha agora um pouco de saliva. As mãos pequenas se prendem em seus cabelos e agradeceu mentalmente por eles serem compridos o suficiente para isso.
A chuva agora estava mais forte e não conseguia evitar pensar na ironia da tempestade sempre ser sua amiga.
Estava chovendo quando ele caminhou e permaneceu por horas em frente à igreja antes de desmaiar. Estava chovendo quando encontrou Jimin em frente ao cassino, uma noite após o primeiro beijo. E agora chovia enquanto o padre alcançava seu orgasmo pela primeira vez sem usar as próprias mãos ou os sonhos eróticos.
