19 • Expondo sentimentos

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Um mês depois...
NAMJOON

Acordei aflito. Com uma sensação estranha.
Hoje faz exatamente 6 meses que eu e a Selena nos casamos e 6 meses que não cumprimos nenhum requisito daquele contrato porque decidimos
levar a sério um ao outro.
Mas, até então... Eu era o apoio e suporte que ela precisava para tocar a empresa. Mas, ela disse que vai desistir de tudo. Da empresa... Da presidência... Da herança... E de mim?!... Será que disso, ela não vai abrir mão?!
Estou na biblioteca resolvendo algumas coisas, quando recebo uma ligação da Sra Cha.

- Alô? - Eu atendo.

- Oi Sr Kim. Hoje saiu os resultados daquela reunião da Selena... - Ela fala com a voz tensa.

Eu me arrumo na cadeira.

- E aí? Ela conseguiu os investimentos? - Eu pergunto ansioso.

- Não... Ela conseguiu só um, mas precisava de três... - Ela fala.

- DROGA!!! Se eu não  tivesse esquecido aquela reunião... - A Sra Cha me interrompe.

- Sr Kim, será que pode vir até a empresa conversar com ela? Não quero lhe deixar nervoso, mas ela já quebrou dois vasos e se trancou na sala. Não quer me ouvir. Estou aflita. - Ela fala com a voz trêmula.
Eu me levanto rapidamente.

- O QUE??? Meu Deus!!! Eu estou indo Sra, não deixa ela fazer nada. - Eu falo, enquanto pego as chaves do carro e corro para a empresa.

Eu chego às pressas e pego um elevador. Fico apertando aquele botão desesperado e nada de a porta abrir. Resolvo subir pelas escadas.
É no sétimo andar, mas pela demora para eu chegar, parecia no último.
Chego no andar onde fica a sala da Selena e corro para a recepção.
A Sra Cha estava ali na frente da porta, tentando abri-la. Eu chego ofegante.

- Oi... - Eu falo quase sem ar.

- Ai Sr Kim... Ela está descontrolada, gritando... Nunca a vi desse jeito... - A Sra Cha fala nervosa.

Eu vou até a porta e bato.

- Amor??? Abre a porta, por favor... - Eu falo, enquanto batia na porta.

- SELENA??? ABRE ESSA PORTA. - Eu aumento o tom da voz.

Eu estava ficando nervoso com ela trancada lá dentro e os barulhos das coisas se quebrando.

Eu estava ficando nervoso com ela trancada lá dentro e os barulhos das coisas se quebrando

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- SAI! EU QUERO FICAR SOZINHA. - Ela grita e ouço mais coisas se quebrando.

- VOCÊ VAI QUEBRAR A  SALA INTEIRA??? O QUE É ISSO SELENA??? ABRE ESSA DROGA DE PORTA! - Eu falo, dando um chute, mas nada.

Eu escoro minha cabeça e punhos fechados, na porta, tentando respirar fundo.

- Por favor amor... Eu to preocupado com você. Não me faz arrombar. Abre a porta... - Eu tento manter a calma.

Um silêncio paira no ar e uns segundos depois, ouço barulho no trinque da porta e me afasto.
Ela abre a porta e me dá as costas.
Eu lhe puxo e lhe abraço por trás.
Ela chora. Grita. Me dá tapas nos braços.
Mas, não me importo.
Ela precisa liberar o que sente ao invés de guardar tudo para si.
Olho ao redor e estava tudo uma bagunça.
Tudo quebrado.
Os papéis e pastas da mesa, estavam todos no chão...
O vaso também, estava espatifado no chão...
Os livros na estante estavam no chão...
Nada estava no lugar. Vejo sua mão cortada.
Meu coração aperta mais ainda.

- Você não vai brigar comigo? - Ela fala, com voz de choro, porém estava se acalmando.

- Não tem porque eu brigar com você... Só quero que fique bem... - Eu falo, lhe abraçando mais forte.

Ela se vira para mim e encosta sua cabeça no meu peito. Eu lhe abraço.

- Eu não consegui... Não saiu como eu queria... - Ela fala chorando.

- Amor... Nem tudo sai como planejamos... E está tudo bem... Você pode tentar de novo... - Eu falo, acariciando seu cabelo.

- Eu não quero mais saber... Eu não quero mais nada disso. Eu to exausta. Eu cansei de sorrir quando quero chorar. Eu não aguento mais fingir ser forte quando eu só quero desabar. - Ela fala se soltando de mim.

Eu me calo. Logo eu, nesse momento não sei o que dizer. Me escoro no sofá, já que não tem como eu sentar nele por conta da bagunça e observo ela, chorar enquanto olha na janela.
Seu pai aparece na sala.

- O que aconteceu aqui???? Vocês brigaram??? - O pai dela pergunta, me olhando arregalado.

- Que?? Não Sr, isso jamais. - Eu falo, tenso.

- Selena? - Sr Choi lhe chama.

Ela se vira para ele de braços cruzados.
O rosto inchado e molhado de tanto chorar, mas o choro já havia cessado.

SELENA

Me viro para meu pai com os braços cruzados e decidida.

- Eu desisto pai. Não precisa passar nada para meu nome. Eu falhei e não fui capaz de dar continuidade no seu bom trabalho. - Eu falo, pressionando os lábios para não chorar outra vez.

Vejo meu pai respirar fundo.

- Selena... Tudo sempre esteve no seu nome. - Meu pai fala e eu franzo a testa confusa.

- Como?? - Eu pergunto.

- Não tem mais nada que eu possa passar para você...
- Ele fala.

- Isso foi apenas um pretexto para você conhecer alguém Selena... Sair do seu mundinho isolado e conhecer o amor. E pelo estado dessa sala, vejo que o Namjoon te ajudou muito bem a expor seus sentimentos ao invés de conte-los. - Ele fala na maior calma do mundo.

- O Que??? - Eu falava sem acreditar. Com os olhos vertendo lágrimas outra vez.

- Você sabia disso?? - Eu olho para Namjoon.

- O Que??? Claro que não Selena... - Ele fala, surpreso.

- Eu não acredito nisso... Quer dizer que tudo isso foi em vão???? - Eu falo, perplexa.

- Me diga você filha. Conhecer e casar com o Namjoon... Foi em vão? - Meu pai pergunta, cruzando os braços.

Eu paro virada para eles. Olho para o Nam.
Ele estava me olhando com um olhar ansioso, mordendo o canto inferior da boca.

CONTINUA...

ALÉM DO QUE MEUS OLHOS PODEM VEROnde histórias criam vida. Descubra agora