A todo Poder

capítulo 11

🥀 Adam 🥀

Três semanas se passaram e ainda não recebi nenhuma resposta de Tate. Nem com Benjamin eu conseguia conversar direito. Tudo o que ele tinha a me dizer vinha em e-mails curtos e evasivos.

Por sorte, hoje haveria uma oportunidade de falar com ele. Graças ao sistema de ar-condicionado que havia quebrado por causa de uma fiação solta, Benjamin teria que aparecer. Nunca me interessei por esses problemas técnicos, mas desta vez não me importaria em lidar com algo entediante, só para ter a chance de conversar com aquele teimoso.

14:09

Vejo-o entrar como se esperasse que algo estivesse prestes a explodir. Sem muita escolha, dou-lhe um ultimato e o chamo para a minha sala.

— Precisamos conversar. — digo diretamente.

— Pra ser sincero, eu não quero falar nada com você. — Ele responde, olhando para o relógio e depois para mim. — Uma hora você diz que não quer se casar, e na outra quer se casar com a minha irmã.

— Ela não sairá prejudicada, eu garanto!

— DINHEIRO NÃO ME IMPORTA! — Ele explode.

— Você mesmo disse que eu precisava arranjar alguém...

— Sim, mas não da minha família! Arrume outra. Se algo acontecer, não quero que seja alguém que eu tenha que chorar por ela. — Ele me encara, sério.

— E onde fica aquele discurso de segurança? — Pergunto, provocando-o.

Eu sabia que o que ele dizia era o amor de irmão falando mais alto. Mas eu precisava assumir o controle da máfia. As ameaças contra mim estavam aumentando, mas isso era algo que Benjamin não precisava saber, pelo menos por enquanto.

— Ben, eu poderia arranjar outra mulher, mas nenhuma seria ideal para isso. Os advogados e os capofamiglias perceberiam imediatamente que o casamento é uma farsa. Já com Elizabeth, todos sabem que ela vem de uma boa família e que não se casaria por dinheiro.

O que, de fato, era verdade. Inclusive, já havia de beijá-la publicamente, só para reforçar a ideia de que nosso relacionamento seria genuíno.

— Ela vai correr perigo, Adam. — Sua voz soa melancólica.

— Não vai. Eu garanto. Se ela aceitar, vou protegê-la com a minha vida, mas será por apenas seis meses.

Já podia ver em seu rosto que ele começava a ceder.

— Independente de qualquer coisa, você vai protegê-la a qualquer custo! — Ele exige.

Com isso, Benjamin finalmente concorda com a ideia.

— Mas, só por hipótese, você viu como ela te atacou da última vez, quando tomou as dores dela? — Ele ri com a lembrança.

— Sei disso, mas também sei que ela está com problemas. Parece que o proprietário da livraria 'lembrou' que o segundo andar do prédio está incompleto, o que aumentará os custos. Cedo ou tarde, ela pensará no assunto.

— Tomara...

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Passo a mão pelo tecido justo de seu vestido preto, sentindo o calor crescente entre nós. Me aproximo de Camilla, tomando seus lábios num beijo que mistura desejo e provocação. Seguro seus cabelos ruivos enquanto ela me envolve, a atmosfera do escritório nos consumindo.

A boate estava a todo vapor, mais lotada do que nunca desde a inauguração.

Deixando-me levar pelo momento, exploro cada sensação. Camilla suspira e segura minha nuca, conduzindo nossos movimentos em perfeita sincronia. Tudo parecia perfeito até ouvir a porta se abrir. Meu coração dispara ao ver quem está ali parada. Linda, usando um moletom lilás, Tate me observa com uma expressão enigmática.

— Tate... — Ofego, afastando-me de Camilla.

— Mas que porra é essa, Adam? — Ouço a voz irritada da ruiva, enquanto tenta ajeitar o vestido, mas minha atenção está completamente focada em Tate.

Qualquer outra mulher ficaria constrangida naquela situação, mas não ela. Admito que isso só me deixou exitado.

— Saia, por favor. — Digo para Camilla, sem desviar os olhos de Tate.

— Eu não posso... estou sem calcinha. — Camilla sussurra, mas ao perceber que eu não insistiria, deixa a sala rapidamente.

— Parece que você está gostando de me ver pelado. — Me ajeito no sofá, tentando manter a compostura.

— Não, eu não gosto. — Ela responde, me encarando com firmeza.

— Então por que está aqui, se não gosta de me ver desse jeito?

— Vim saber se a proposta ainda está de pé.

Merda. Agora sim, tudo se encaixaria. Ela era a peça que faltava. A mulher perfeita para a farsa.

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Me diz aí, você está gostando da história?