05. keeping an eye on the fairy

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Claude's point of view

Claude olhou ao redor antes de suspirar. Homens e mulheres andavam pela rua com roupas coloridas e sorrisos enormes no rosto, as crianças corriam felizes e em todos os lados tinham atrações e lojinhas.

"O senhor está perdido?" Perguntou um menino que deveria ter no máximo sete anos, sentado atrás da pequena bancada que vendia seus biscoitos caseiros.

Antes que Claude pudesse respondê-lo, sua atenção se desviou do menino ao olhar de soslaio para o lado e flashes do que pareciam ser fios de algodão doce aparecerem no seu campo de visão. Seu coração martelou com força contra o peito.

Quase como se automaticamente, ele caminhou sob suas pernas, indo em direção ao trono improvisado que os responsáveis pelo festival tinham feito para ele, sentando-se, mas sem nunca tirar os olhos da cena gloriosa em sua frente.

Claude sentiu o ar ficar mais denso, como se a multidão ao seu redor desaparecesse e restasse apenas ela — a dançarina. Um calor inesperado subiu pelo seu pescoço, e ele mal percebeu o quanto seu coração batia acelerado.

A garota — a mesma de antes, que tão vulgarmente o chamou de "sugar daddy" — que estava no meio da multidão dançava lindamente, seu cabelo voando ao seu redor como uma cortina. Claude podia ver apenas suas costas, mas ela parecia muito atraente aos seus olhos. E como se sentisse que estava sendo observada, ela deu um giro e se virou graciosamente.

Ele, com sua postura ereta e olhar frio como sempre, agora parecia quase deslocado na rua movimentada. Nada no festival parecia ser tão vívido quanto aquela dançarina, e ele não conseguia desviar os olhos dela.

Ela... Ela é linda como uma fada.

A garota tinha um sorriso suave nos lábios vermelhos-cereja. Seus olhos estavam fechados, mas ela parecia tão serena. Tudo nela mostrava sua paixão pelo o que fazia.

Quando ela abriu os olhos, algo dentro dele se rompeu, como se o encanto que a envolvia tivesse sido de repente interrompido.

Claude piscou, sentindo um leve desconcerto, como se tivesse sido arrancado de um sonho em que jamais desejaria acordar.

O que...?

Balançando a cabeça, Claude esperou que mais outras dançarinas se apresentassem, antes de se levantar e ir embora, sua mente ainda cheia de pensamentos sobre a tal dançarina.

"Mas que po– Sua Majestade?"

O berro de Felix foi escutado por todos. Claude olhou com tédio para o ruivo, tendo se teletransportado para atrás do mesmo.

O Imperador ergueu a sobrancelha com uma cara de 'sim, sou eu, sua vadia estúpida'.

O ruivo colocou a mão sobre o coração e suspirou. Ele às vezes se perguntava como ainda não estava morto.

"Sua Majestade não ia para o festival?" Ele perguntou com uma expressão confusa.

"Eu estava lá." Claude disse simplista.

Silêncio se seguiu.

Felix gaguejou. "E-e estava bom?"

Claude o olhou como quem diz 'é sério isso?'

"Quero que você faça algo por mim. Tem uma dançarina que vai se apresentar hoje no festival. Eu a quero no banquete imperial."

Felix piscou.

"Aaah... Tudo bem!"

Claude assentiu, satisfeito.

"Bom."

𝐁𝐀𝐌𝐁𝐈, 𝑤𝑚𝑚𝑎𝑝Onde histórias criam vida. Descubra agora