15. outbreaks of a reincarnated

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Quando finalmente se acomodou em seu novo quarto e ficou sozinha, Alma enterrou o rosto em um travesseiro enquanto soltava um grunhido frustrado.

"Não era pra ser assim!" ela exclamou, jogando o travesseiro de lado e sentando-se, as mãos nos cabelos. "Essa história tinha uma protagonista clara. Diana. Ela é linda, inteligente, a mulher perfeita para um Imperador. E quem tá aqui? Eu! Uma reencarnada sem um pingo de sorte!"

Ela começou a andar pelo quarto de um lado para o outro, gesticulando para o vazio.

"Eu só queria dançar, tá bom? Eu não pedi pra ser arrastada pra esse palácio, com aquelas concubinas me olhando de cima como se eu fosse uma intrusa. E agora o Claude... o CLAUDE quer que eu dance pra ele todos os dias? Por quê? Ele não tem um harém inteiro pra isso?!"

Alma parou abruptamente, olhando para as mãos como se esperasse encontrar respostas ali.

"Ah, claro, Alma. Claro que ele não ia se contentar com a protagonista da história original. Ele tinha que olhar pra você. Porque é assim que funciona quando você reencarna. Nada nunca dá certo." Ela suspirou, dramática, e se jogou no chão. "Eu vou de F."

O silêncio foi quebrado por sua própria voz novamente, pois sua mente ansiosa se recusava a deixá-la em paz.

"E por que eu?! É porque eu sou afrontosa? Porque eu falo o que penso? É isso que atrai o cara? 'Ai, que divertido, ela me desafia, vou estragar a vida dela.' Porque, olha, se for, parabéns, tá conseguindo."

Ela começou a chutar o ar como uma criança birrenta, e o movimento exagerado a fez bater o tornozelo na borda da cama.

"AI!"

Enquanto massageava o tornozelo com uma expressão de dor, ela sussurrou: "Isso é culpa dele também."

A voz de Claude ecoou em sua memória: "Quero você dançando para mim todos os dias. No palácio."

"QUEM MANDA ALGUÉM MORAR NO PALÁCIO PRA ISSO?!" ela gritou, olhando para o teto como se fosse a causa de todos os seus problemas. "Diana, por favor, venha buscar o seu homem! Ele tá perdido, coitado, achando que eu sou algum tipo de prêmio. Eu sou um desastre ambulante!"

Ela caiu de costas no chão, braços abertos, encarando o teto mais uma vez.

"Eu sei como isso vai acabar. Ele vai me usar como passatempo até cansar, e aí me descartar. E eu vou acabar com fama de destruidora de lares, de furadora de olho da Diana, enquanto o Claude vai seguir firme e forte como o Imperador Perfeito."

Ela respirou fundo e fechou os olhos, tentando se acalmar.

"Ok. Plano. Plano A: sobreviver. Plano B: dançar só o necessário pra não ser presa. Plano C: arrumar uma forma de fugir antes que esse homem decida que eu sirvo pra mais alguma coisa."

Então, um pensamento intruso passou por sua mente: e se ela ficasse e desse um jeito de mostrar a ele que não era uma peça no tabuleiro dele?

"Ah não, de jeito nenhum," ela sussurrou para si mesma. "Eu sou boa em dançar, não em lidar com Imperadores psicopatas."

Ela fechou os olhos, murmurando baixinho: "Diana, amiga, onde quer que você esteja... Reze por mim."

𝐁𝐀𝐌𝐁𝐈, 𝑤𝑚𝑚𝑎𝑝Onde histórias criam vida. Descubra agora