Yoko Apasra vive sob o peso do luto pela irmã, as cobranças severas do pai e a pressão do atletismo. Sem refúgio em casa, encontra liberdade nas corridas ilegais, enquanto enfrenta conflitos constantes com Faye Peraya, sua professora rigorosa. Entre...
Olá a todos, espero que estejam bem. O capítulo de hoje está repleto de surpresas, e agradeço imensamente a todos que estão acompanhando teoria do caos.
Fiquem à vontade para me seguir no twitter (X), (@hey_lana3) e compartilhar suas opiniões e críticas. Agradeço muito pelo apoio e pela interação de todos.
Logo abaixo o capítulo de hoje.
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Sempre foi assim: as pessoas ao meu redor, as situações... todas elas se dobravam à minha vontade, como se eu tivesse o poder de manipular o mundo à minha maneira, eu sabia como fazer as coisas acontecerem, como atingir onde mais doía, sem sequer sujar as mãos.
minha vida sempre foi um jogo de manipulação, de controlar tudo, sem jamais perder o controle de minha própria imagem, as pessoas jogavam o que eu dizia, se adaptavam às minhas palavras, e eu, como uma maestra, orquestrava tudo da maneira que me convinha.
Mas então, veio Yoko. Ela entrou na minha vida como uma tempestade imprevista, um vento forte e indomável que fez minha terra firme tremer, ela me desafiava, me provocava, me exasperava de maneiras que eu nunca havia conhecido.
Eu sempre tive controle, sempre tive as rédeas, mas com Yoko, era diferente, ela não me respeitava, não se importava com minha opinião, e isso me desestruturava de uma forma que eu não conseguia compreender.
Eu sabia, desde o começo, eu sabia, sabia que não podia simplesmente ignorar, não quando a situação estava se tornando mais intensa a cada dia, não me refiro à Yoko, claro, ela era apenas mais uma estudante indisciplinada, arrogante e irritante, não, o que eu não podia ignorar era o que ela despertava em mim.
Sempre fui a professora imbatível, a mulher que comandava a sala com mão de ferro, sem espaço para fraquezas ou distrações, mas então, Yoko apareceu e desde o início, o olhar dela, os gestos, a forma como falava... tudo me desestabilizava, no fundo, eu sabia que havia algo ali que eu não podia controlar, algo que não queria admitir, a atração que sentia por ela. Era visceral, e isso me incomodava mais do que qualquer coisa, até que aconteceu algo inesquecível...
Eu me lembrava daquela noite como se ela tivesse acontecido ontem. Um erro. Um ferimento mal curado que eu tentava esquecer, mas que latejava toda vez que via Yoko.
[14 de fevereiro de 2022]
{passado}
A sala estava vazia, exceto por ela. Sempre tão organizada, tão dedicada, terminando os preparativos para o debate. Eu entrei sem pensar. Não tinha motivo algum para estar ali, mas a verdade é que, desde que a conheci, Yoko tinha o poder de me atrair como um ímã - mesmo quando eu queria odiá-la.
- Ainda está aqui? Não cansa de ser a preferida dos professores? - Minha voz saiu mais cortante do que eu esperava. Uma parte de mim queria provocá-la; outra queria saber se ela sentia o mesmo incômodo que eu sentia perto dela.
