sócrates

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"O realmente importante não é viver, mas viver bem. E viver bem é, além das coisas boas da vida, viver de acordo com seus princípios."

- Sócrates.

Após mais de dezoito horas de um desconfortável voo, os, agora casados, Dr. Reid e Dra. Donovan, que mantiveram seus sobrenomes por razões acadêmicas, finalmente aterrissaram em Atenas. Antes mesmo de chegar à Grécia, eles descobriram o quão alto os gregos falam normalmente, já que o avião estava lotado deles.

Durante boa parte da viagem, duas senhoras de Mykonos ficaram especialmente interessadas no casal, e a cada pergunta que os doutores respondiam, cochichos em grego eram produzidos pelas mais velhas, que riam entre si. Enquanto desembarcavam, as idosas clamaram que, se não estivessem muito ocupados, com ênfase na última palavra, as visitassem em sua ilha, dizendo que ficariam mais que felizes em os ceder um dos quartos de sua pousada.

Era mais de meia noite quando finalmente chegaram ao seu hotel, estrategicamente escolhido pela proximidade aos pontos de seu maior interesse na cidade. A exaustão do casal era tanta que se deitaram imediatamente após retirarem as roupas que usaram na viagem e tomarem longos banhos, porque, apesar do cansaço, a germofobia de Spencer ainda era extremamente presente.

Foi uma noite quente, em boa parte pelo fato de que eles não se incomodaram ao ponto de acenderem as luzes para procurar pelo controle do ar condicionado. Apesar disso, o casal dormiu tranquilamente, e Reid só foi capaz de perceber que havia amanhecido porque sua esposa observava, da sacada do quarto, os últimos raios de sol passarem entre as colunas do Parthenon, finalizando o amanhecer. O agente então, levantou o mais silenciosamente que pôde, e sorrateiramente se esgueirou até a morena, abraçando-a pôr trás, e com isso provocando um suspiro surpreso e um consequente sorriso no rosto da dama.

"Sem sono?" ele perguntou em baixo tom.

"Eu queria ver o sol nascer" ela disse, sem desviar seu olhar do fenômeno, "Eos fez um trabalho belíssimo hoje"

"Eos?"

"Não conhece o mito grego do nascer do sol?"

"Não" mentiu o jovem, que adorava ouvir o entusiasmo que sua esposa possuía ao falar de seus interesses.

"A deusa Eos é quem nós conhecemos como a aurora," ela segurou as mãos de seu marido, "O mito diz que ela deve abrir caminho para que Hélio, a personificação divina do Sol, pudesse trazer o dia, montado em sua carruagem e viajando de leste a oeste."

Maeve havia se virado, agora frente a frente com o moreno, que sorria de orelha a orelha.

"Muito nerd pra-" ela procurou o relógio, "Sete e trinta e quatro da manhã?"

"Talvez um pouquinho" ele riu e voltou seu olhar para a camisa de botão azul clara, que cobria com displicência o corpo da morena, "Eu ia usar essa camisa hoje, sabe?"

"Ah, ia?" ela deslizou suas mãos pelos ombros despidos de Spencer, fazendo com que ele inconscientemente se arrepiasse. Suas pupilas estavam claramente dilatadas, cobrindo grande parte de sua pálida íris.

"Pode usar ela- Fica melhor em você"

"Isso, ou.." ela se desvencilhou do perfilador, "Você pode tirá-la de mim."

"Por que eu- Oh. Oh!" uma risada escapou dos lábios da morena.

-

Após trocar todas as fechaduras de seu apartamento, Hotchner se preparava para ter uma conversa que provavelmente não estava pronto para ter com seu filho. Quando o chefe de unidade foi informado de que a seção "B" da sua lista telefônica havia sido roubada, ele soube que George Foyet voltaria, dessa vez tendo como alvo sua ex-esposa, Haley Hotchner, antes Brooks.

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