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𝔇epois de muito pensar, Alex decidiu por uma composição única. Rosas vermelhas, representando paixão e poder, foram o centro do arranjo. Ele as combinou com lírios brancos, que traziam um contraste de pureza e uma sensação de equilíbrio. Adicionou pequenas flores de lavanda, cujas cores suaves ofereciam um toque de tranquilidade, e galhos de eucalipto para dar uma textura mais rústica.

Enquanto finalizava o trabalho, seus dedos delicados passavam com cuidado pelos caules, amarrando o buquê com uma fita preta de cetim. Ele olhou para o resultado com uma pontada de orgulho. Era perfeito.

Assim que terminou, Alex chamou um dos garotos locais para fazer a entrega. Ele escreveu um pequeno cartão - algo simples, mas direto:

"𝓔𝓼𝓹𝓮𝓻𝓸 𝓺𝓾𝓮 𝓮𝓷𝓬𝓸𝓷𝓽𝓻𝓮 𝓪 𝓫𝓮𝓵𝓮𝔃𝓪 𝓺𝓾𝓮 𝓭𝓮𝓼𝓮𝓳𝓪. - 𝓐𝓵𝓮𝔁 𝓓𝓾𝓹𝓸𝓷𝓽"

Quando o garoto saiu com o arranjo, Alex sentiu uma mistura de ansiedade e excitação. Ele sabia que Thomas não era um homem fácil de agradar, mas algo em seu instinto dizia que ele tinha acertado.

Mais tarde, Alex estava organizando algumas novas flores que haviam chegado quando ouviu o sino da porta tocar. Ele virou-se, esperando um cliente, mas seu coração parou por um segundo ao ver Thomas Shelby parado ali, com o arranjo em mãos.

Thomas avançou alguns passos, deixando o buquê sobre o balcão. Ele não disse nada por um momento, apenas olhou para Alex, como se estivesse tentando decifrá-lo.

- Foi... diferente do que eu esperava - disse Thomas finalmente, sua voz baixa e carregada de algo que Alex não conseguiu identificar de imediato.

- Diferente bom ou diferente ruim? - Alex respondeu, mantendo o tom suave, mas não escondendo o leve tremor na voz.

Thomas inclinou a cabeça levemente, observando-o.

- Você fez isso parecer pessoal.

Alex sorriu de leve, seus dedos brincando com uma pétala de flor no balcão.

- Talvez porque seja.

Thomas ergueu uma sobrancelha, claramente surpreso com a resposta direta. Ele não estava acostumado a ser desafiado, muito menos por alguém como Alex - pequeno, delicado, mas surpreendentemente firme.

- Não está preocupado em se envolver demais? - perguntou Thomas, cruzando os braços, seu tom agora mais provocativo.

Alex deu de ombros.

- Talvez devesse estar. Mas há algo no senhor, senhor Shelby, que me faz acreditar que não sou o único que corre esse risco.

Thomas permaneceu em silêncio por um longo momento, seus olhos cravados em Alex. Então, sem aviso, ele pegou o arranjo novamente e deu um pequeno sorriso.

- Vou aceitar isso como um presente, Dupont. Mas saiba que, quando alguém me dá algo, eu costumo retribuir.

Alex não teve tempo de responder antes que Thomas saísse pela porta, deixando o sino tilintando atrás dele.

No dia seguinte, Alex estava abrindo a loja quando viu algo inesperado. Bem na frente da porta, havia uma pequena caixa de madeira, amarrada com uma fita preta. Ele se ajoelhou, pegou a caixa e abriu com cuidado. Dentro, encontrou um broche dourado em forma de rosa - simples, mas incrivelmente detalhado.

Havia um bilhete junto:

"𝕻𝖆𝖗𝖆 𝖖𝖚𝖊 𝖛𝖔𝖈𝖊̂ 𝖑𝖊𝖒𝖇𝖗𝖊 𝖖𝖚𝖊 𝖘𝖚𝖆 𝖇𝖊𝖑𝖊𝖟𝖆, 𝖉𝖎𝖋𝖊𝖗𝖊𝖓𝖙𝖊 𝖉𝖊 𝖋𝖑𝖔𝖗𝖊𝖘, 𝖓𝖆̃𝖔 𝖉𝖊𝖘𝖆𝖕𝖆𝖗𝖊𝖈𝖊 𝖈𝖔𝖒 𝖔 𝖙𝖊𝖒𝖕𝖔. - 𝕿.𝕾."

Alex sentiu o rosto esquentar enquanto segurava o broche entre os dedos. Ele sabia que, com Thomas Shelby, nada era feito sem intenção. Aquilo era mais do que um presente; era uma marca, um lembrete de que agora, de alguma forma, ele fazia parte do mundo de Thomas.

Mais tarde naquele dia, enquanto Alex atendia um cliente, ouviu novamente o sino da porta. Ele não precisou olhar para saber quem era. O ar ao seu redor parecia mudar com a presença de Thomas.

- Vejo que recebeu meu presente - disse Thomas, observando o broche preso ao avental de Alex.

- Não tinha como não usar - respondeu Alex, sentindo seu coração disparar enquanto levantava o olhar. - É lindo.

Thomas inclinou-se levemente sobre o balcão, seus olhos nunca deixando os de Alex.

- Bom. Porque agora ele é um aviso.

Alex franziu a testa, confuso.

- Aviso?

Thomas sorriu de lado, mas havia algo perigoso em sua expressão.

- Para qualquer um que se aproxime demais.

Alex ficou sem palavras, sentindo um misto de nervosismo e fascínio. Ele sabia que Thomas Shelby era um homem perigoso, mas, naquele momento, ele também parecia ser o único capaz de protegê-lo de tudo - e talvez, de todos.

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ᶦⁿˢᵗᵃᵍʳᵃᵐ: @me_d0minick
ᵗᶦᵏᵗᵒᵏ: @me_d0minick

Entre Flores E Balas - THOMAS SHELBY × OC MASCOnde histórias criam vida. Descubra agora