{Concluída} Emily Guedes é uma renomada médica esportiva, conhecida por sua habilidade, dedicação e paixão pelo futebol.Ela se consolidou como uma das melhores profissionais do Brasil e tem o privilégio de trabalhar no clube do seu coração: o Corint...
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A manhã no CT Joaquim Grava começou intensa. Era dia de jogo, e o Corinthians receberia o Bahia na Neo Química Arena. Para muitos, era mais do que uma partida, era uma revanche. A goleada sofrida no primeiro turno ainda estava viva na memória, e o elenco sabia que era hora de responder à altura.
Ramon e Emiliano coordenavam o treino final com precisão. Cada exercício tinha um propósito claro: movimentação, troca de passes e jogadas ensaiadas eram trabalhados com exaustão. Ramon estava elétrico.
— Quero intensidade, pessoal! Não é treino de luxo, é ajuste final. Quem der mole agora vai sentir falta na hora do jogo!
Emily, no canto do gramado, estava imersa em sua rotina. Com prancheta em mãos, fazia anotações detalhadas sobre os jogadores: desempenho físico, sinais de cansaço ou qualquer indício de desconforto que pudesse impactar no jogo.
— Yuri! — chamou, sem levantar os olhos da prancheta.
Ele se aproximou, secando o rosto com a camisa. — Que foi, doutora? Tô mal?
— Não diria mal, mas tá forçando demais a coxa direita. Tá sentindo alguma coisa?
Yuri coçou a cabeça, meio desconfiado.
— Só um incômodo, nada demais. Nem achei que dava pra perceber.
— Pois é, eu percebo. Quero você no gelo depois do treino e com menos intensidade na musculação essa semana. Sem desculpas.
— Tá bom, tá bom. Você manda — respondeu ele, rindo.
Enquanto Emily fazia mais algumas anotações, Memphis se aproximou com aquele jeito relaxado que a fazia revirar os olhos e sorrir ao mesmo tempo.
— Vai querer me colocar no gelo também ou tá de boa? — brincou, encostando-se ao banco próximo dela.
— Você merece, depois de insistir em treinar com a mesma intensidade que joga — respondeu, sem levantar o olhar da prancheta.
— Meu estilo, linda. Não dá pra ser meia-boca.
Ela enfim o encarou, um olhar ligeiramente desafiador. — Tornozelo tá tranquilo?
— Melhor impossível. Mas por que a preocupação? Tá pensando em me poupar?
— Só não quero correr no gramado pra te salvar. Se quiser fazer dois gols, faz inteiro, não no sacrifício.
Memphis sorriu de lado, aproximando-se um pouco mais.
— Dois gols? Tá subestimando meu talento. Hoje vai ter hat-trick.
— Se sobreviver, talvez eu te dê os parabéns — retrucou, rindo. Ele ergueu a sobrancelha, divertido. — Se eu fizer três, ganho o quê?
— A gente conversa depois — respondeu, já se afastando. — Agora volta pro treino, “craque”.