- Amor? - Edward me chama.
- O que?
- Você está bem?
- Sim.
- Mamãe quer conversar com você. - Ele me entrega seu telefone e eu o coloco no ouvido.
- Kat?
- Olá, mamãe.
- O que houve?
- Nada.
- Ok... Temos que conversar.
- Pode falar.
- Seu pai e eu decidimos passar mais tempo aqui.
- Tudo bem. Quanto tempo?
- Esse mês e próximo inteiros.
- Tudo bem. Espero que se divirtam.
- E seu pai ordenou que os amigos de Edward ficassem assim para cuidar de você.
- Tudo bem.
- Não vai reclamar? Espernear? Dizer que odeia os amigos do seu irmão?
- Não. Tudo bem.
- Você está bem amor?
- Sim, mamãe. - Minhas lágrimas caem e tampo minha boca para não soltar um grito ou algo assim. - Porque a pergunta? - Digo soltando minha boca.
- Está com uma voz de choro.
- Não. Está tudo bem.
- Certeza?
- Sim. Só estou gripada.
- Tudo bem, melhoras. Te amo.
- Também mamãe, obrigado. - Ela desligou e eu devolvi o celular para Edward.
- Você está bem? - Ele pergunta.
- Sim. - Sorri em meio as lágrimas. - E-Eu estou bem.
- Não. Você não está.
- Estou. Só... Me deixe sozinha, por favor. - Ele beijou minha testa e saiu. Eu sinceramente quero morrer. Porque estou com pensamentos suicidas? Que estúpido.
{...}
Levanto-me e desço as escadas, todos me olham.
- Minha cara está inchada, não é? - Pergunto e todos dão risada.
- Um pouco. Talvez muito. - Xiumin disse.
- Posso imaginar, Xiumin. - Meu celular começa a vibrar, quando vejo é o Alan me ligando.
- Quem é?
- Um idiota qualquer. - Meus olhos se enchem novamente.
- Seus olhos estão brilhando.
- Ah? Ah! Não é nada. Apenas lacrimejou.
- Tem certeza?
- S-Sim.
- Esta gaguejando porque?
- Eu não sei, Kai.
- Você está bem? - Kris pergunta.
- Querem a verdade?
- Claro!
- Meu namorado, fingiu por seis meses que me amava. Minha única amiga nesse mundo, também. Fingiu esse tempo todo. Era tudo mentira, mas em uma coisa eles tem razão, eu sou uma ignorante, como eu pude pensar que alguém me amaria? Quem poderia amar uma estúpida ignorante como eu? Eu fui burra... E acreditei. Sabe, eu pensei que alguém pudesse me amar do jeito que eu sou. Mas para alguém me amar, tem que ser realmente cego e burro. - Soluço entre as lágrimas, coloco a mão no rosto e começo a chorar mais ainda.
- Kat... Não fale assim de si mesmo.
- Qual é, Sehun? Até você sabe que eu sou um lixo humano. - Viro-me para que eles não me vejam chorando. Sinto duas mãos rondando minha cintura e me abraçando por trás, imaginei que fosse Sehun mas não era Tao, me viro para abraça-lo. Ele beija minha cabeça.
- Não fique assim. Você sabe que nós te amamos.
- Amam mesmo?
- Claro que sim.
- Mesmo com sua chatice, sua ignorância, sua frieza. - Sehun disse, rindo.
- Eu te odeio, Sehun. - Eu digo, sorrindo. Tao limpou minhas lágrimas com seus dedos e beijou minhas bochechas. - Obrigado.
- Esse idiota não merece suas lágrimas.
- Tao, você é incrível.
- Eu sei, querida. - Ele ri. - Promete ficar melhor?
- Prometo. - Ele pega minha mão e sentamos.
- Suas bochechas estão mais inchadas que a do Xiumin. - Dou risada.
- Minhas bochechas não são inchadas, Sehunnie.
- São sim, Xiumin. - Eu digo, ainda rindo.
- Vocês são tão maus. - Xiumin faz biquinho.
- Vamos jogar? Verdade ou desafio?
- Vamos! - Eu digo, animada. Sentamos em uma roda, meu irmão pega uma garrafa a coloca no meio de nós.
- Eu começo. - Edward disse, girando a garrafa. Parou exatamente em Sehun.
- Sehun, desafio ou verdade?
- Desadio. - Ele disse, confiante.
- Eu duvido você colocar as roupas da Kat. - Dou risada imaginando Sehun com minhas roupas.
- Vamos nessa, Sehun?
- Desafio aceito. - Subimos para meu quarto, eu mesma escolhi as roupas, mas eu tirei muito com a cara dele, peguei logo umas roupas velhas que eu jogaria no lixo por serem rosas, e estranhas. Ele se veste e eu caio na gargalhada vendo ele.
- Estou bonito?
- Esta ótimo. - Descemos as escadas rindo, assim que todos viram Sehunnie, começaram a rir.
- Olá, sou a Kat.
- Hey! Eu não sou assim. - Empurro ele. Continuamos a descer e sentamos nos nossos lugares novamente.
- Minha vez! - Diz Sehun, girando a garrafa. E assim parou em Suho. - Suho! Verdade ou desafio?
- Hm... Verdade.
- É verdade que você acha o corpo da Kat bonito?
- Porque estão me envolvendo tanto nisso?
- Responda!
- Ahn... - Ele me olha e sorri. - Talvez.
- Não existe essa de talvez.
- Eu não sei, cara. Eu não esperava essa pergunta.
- Responde.
- Sim. Eu acho sim.
- Hm... Meu corpo não é bonito.
- É sim. - Ele diz, envergonhado.
- Tudo bem, isso foi bem estranho. - Suho dá de ombros e gira a garrafa, que para em Kai...
{...}
Depois de horas e horas a garrafa nem tinha parado em mim ainda e isso já estava me irritando.
- Tudo bem, essa é a última vez. - Xiumin diz, girando a garrafa, que parou em Chanyeol. - Channie, verdade ou desafio?
- Desafio.
- Eu desafio você beijar a Kat.
- O que? - Eu grito junto com Edward.
- Eu não vou! - Eu digo.
- Quem tem que aceitar o desafio é o Chanyeol. Então Chanyeol...?
- Hm... - Ele começou.
