💕𝐁𝐚𝐛á 𝐃𝐨 𝐅𝐢𝐥𝐡𝐨 𝐃𝐨 𝐂𝐡𝐞𝐟𝐞 𝐃𝐚 𝐌á𝐟𝐢𝐚❤️‍🔥

"𝐀𝐜𝐡𝐨 𝐪𝐮𝐞 é 𝐚𝐥𝐠𝐨 𝐝𝐚 𝐦𝐢𝐧𝐡𝐚 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐩𝐚𝐬𝐬𝐚𝐝𝐚"

PARK JIMIN

Acordei meio zonzo, algo que pra mim não é normal, me levantei da cama, e fui em direção ao banheiro fazer minhas higienes.

Após terminar, saio do banheiro e desço para a sala. Elisa graças a Deus, está conseguindo andar sozinha sem cadeira de rodas ou ajuda de alguém

Eu por outro lado, estou... Perdido.

A ideia de que sou pai de dois, e perdir o crescimento de um, e nascimento de outro. Eu me sinto péssimo.

Depois daquele dia, eu me afastei um pouco de Elisa... Só pra pensar.

Vou em direção cozinha, vejo o Emanuel hesitante na porta da geladeira.

Park:Emanuel....?

Paro ao seu lado.

Emanuel:Ah, oi... Me desculpa eu só vim pega um pouco de água, mais eu não pedir a sua permissão... Me desculpa.

Ele parecia com medo, de mim.

Park:Emanuel, escuta,

Me ajoelhei à sua altura, tentando parecer menos intimidador. Ele ainda evitava me olhar diretamente, as mãos pequenas tremendo levemente.

Park: Você não precisa pedir permissão para beber água, Emanuel....

Minha voz saiu mais suave do que esperava.

Park:Está casa também é sua.

Ele hesitou por um momento, os olhos finalmente encontrando os meus. Eles eram familiares… tão familiares que aquilo me incomodava de um jeito que não sabia explicar.

Emanuel:Desculpa... é que eu não quero incomodar

ele murmurou, a voz quase sumindo.

Meu coração apertou. Como um garoto tão pequeno poderia carregar tanto medo e tanta hesitação? Algo nele despertava memórias que eu não conseguia agarrar por completo. Era como se estivesse olhando para uma versão mais nova de mim… ou de alguém que eu já conheci.

Respirei fundo e sorri de leve, tentando deixá-lo mais à vontade.

Park:Não está incomodando, ok? Sempre que precisar de alguma coisa, pode pegar.

Me levantei e abri a geladeira, pegando uma garrafa de água.

Park:Aqui, pega.

Ele aceitou com cuidado, como se estivesse segurando algo valioso demais.

Emanuel:Obrigado...

Observei enquanto ele bebia, seus olhos sempre atentos a qualquer movimento meu. Quando ele terminou, voltei a falar:

Park:Emanuel, você pode me contar uma coisa?

Ele me olhou desconfiado.

Emanuel:O quê?

Park: Por que você acha que precisa pedir permissão para tudo?

Ele apertou a garrafa entre as mãos, desviando o olhar mais uma vez.

Emanuel:Tyson... ele...

Emanuel parou, respirou fundo, mas continuou.

Emanuel:Ele dizia que eu era um problema, que ninguém ia gostar de mim se eu atrapalhasse...

As palavras dele caíram como uma pedra no meu peito. Aquela sensação voltou, como um eco distante de algo que eu não conseguia lembrar.

Park:Escuta, Emanuel

me aproximei, colocando uma mão em seu ombro.

Park:Ninguém aqui pensa assim, muito menos eu.

Ele me encarou com os olhos grandes e assustados.