"𝐀𝐥𝐦𝐚𝐬 𝐠ê𝐦𝐚𝐬"

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JUNG HOSEOK

O barulho da televisão preenchia a sala enquanto eu observava Lumy brincar no tapete, suas risadas iluminando o ambiente. Luciane estava sentada no sofá, aparentemente distraída, mas seu olhar vez ou outra se perdia em algo distante, provavelmente no passado que ela ainda não conseguia deixar completamente para trás.

Suspirei, ajustando a posição no sofá. Era difícil ignorar a sensação de que, mesmo estando aqui comigo e com Lumy, uma parte dela ainda estava presa em algo que não pertencia a este momento.

Jung:Tá tudo bem?

perguntei, minha voz baixa, sem querer assustá-la com minha preocupação.

Ela piscou algumas vezes, como se estivesse voltando à realidade, e sorriu de leve.

Luciane:Tá, sim. É só... às vezes eu me pego pensando em coisas que já deveriam ter ficado para trás.

Eu assenti, compreendendo.

Jung:O passado tem esse jeito estranho de aparecer quando a gente menos espera. Mas você sabe, né? Aqui, você tá segura.

Luciane olhou para mim, e por um momento eu vi algo que parecia ser alívio em seus olhos. Ela assentiu, inclinando-se para frente para brincar com Lumy, que agora mostrava um de seus brinquedos com entusiasmo.

Enquanto as duas interagiam, meu olhar vagueou pela sala e pela janela que dava para o condomínio. Sete casas, cada uma com histórias únicas, cheias de risos, discussões e momentos que formavam o que éramos agora.

Jin e Yoongi, os dois mais quietos e introspectivos, viviam sozinhos, mas eu sabia que, em algum lugar, suas almas gêmeas estavam esperando para aparecer. Talvez não soubessem disso ainda, mas estava escrito. Todos nós tínhamos alguém, e o tempo se encarregaria de uni-los.

Luciane:Hoseok, o que você tá pensando?

a voz de Luciane me trouxe de volta.

Jung:Nada demais. Só na sorte que eu tenho de ter vocês aqui.

Ela riu, mas não parecia forçado desta vez. Era uma risada genuína, e isso me fez sorrir também.

Luciane:Você fala como se fosse o único sortudo.

Ela balançou a cabeça.

Luciane:Mas eu também sou.

Lumy soltou um grito animado e pulou para o meu colo, interrompendo qualquer outra coisa que pudesse ser dita. Eu a segurei firme, rindo junto com ela.

No final, o que importava mesmo eram esses pequenos momentos. Não importava o que o passado tivesse trazido ou o que o futuro reservava. O presente, com sua simplicidade e suas risadas, era suficiente.

LUCIANE

Estava tudo tão tranquilo. Eu estava sentada no sofá, com Hoseok de um lado e Lumy no outro. A pequena insistia em mudar de posição a cada cinco minutos, ora deitada no meu colo, ora agarrada ao hoseok. Agora, estava aninhada nos braços dele, quase adormecendo.

O som da televisão preenchia o ambiente, mas a verdade é que eu não estava prestando atenção no que passava. Meu foco estava nas pequenas coisas: no jeito que Lumy segurava o dedo de Hoseok, como se ele fosse sua âncora, e na respiração calma dele enquanto brincava com o cabelo dela.

Sem perceber, meus braços se apertaram ao redor dos dois. Era como se, nesse instante, tudo estivesse onde deveria estar.

Jung:Tá confortável?

Hoseok perguntou, me lançando um sorriso de canto, enquanto ajeitava Lumy nos braços.

Luciane:Muito,

respondi, sorrindo de volta.

Luciane:Acho que eu poderia ficar assim pra sempre.

Ele soltou uma risada baixa, aquele som caloroso que sempre me fazia sentir em casa.

Hoseok:Não precisa pedir duas vezes.

Lumy se mexeu, murmurando algo em meio ao sono, e ambos rimos baixinho. Eu me inclinei um pouco, ajeitando uma mecha do cabelo dela que cobria o rosto, e senti Hoseok me observar.

Jung:Você tá bem?

ele perguntou, a preocupação evidente na voz.

Eu assenti, encostando minha cabeça no ombro dele.

Luciane:Eu tô bem. Só... agradecida.

Jung:Por quê?

ele perguntou, sem tirar os olhos de mim.

Respirei fundo antes de responder.

Luciane:Por vocês. Por me darem um lugar onde eu posso me sentir segura de novo.

Ele não disse nada, mas o braço que ele passou ao meu redor foi resposta suficiente. Ficar ali, cercada por esse amor genuíno, me fazia perceber que, às vezes, a vida nos surpreendia de formas inesperadas.

O passado ainda estava lá, em algum lugar, mas nesse momento ele parecia tão distante. Tudo o que importava era isso: a calma, o calor, e a certeza de que eu tinha encontrado algo que valia a pena guardar para sempre.

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Vocês acreditam em almas gêmeas...? Eu, não, eu só acredito em money, dinheiro! Kk tô brincando
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💕𝐁𝐚𝐛á 𝐃𝐨 𝐅𝐢𝐥𝐡𝐨 𝐃𝐨 𝐂𝐡𝐞𝐟𝐞 𝐃𝐚 𝐌á𝐟𝐢𝐚❤️‍🔥Onde histórias criam vida. Descubra agora